Há um momento na vida das pessoas em que se faz necessário um recolhimento profundo. Esse recolhimento deve ser acompanhado de um silêncio total. É o escopo primordial para um exame que atinja o cerne da alma. Comigo acontece essa necessidade, mas confesso não consegui-lo em sua plenitude. Fico apenas numa espécie de meditação superficial. Quando o recolhimento é bem feito, o silêncio que se busca vem de dentro para fora envolvendo o ser numa paz refazedora de energias e autocontrole. Estamos, então, nos comunicando com o nosso mundo interior, com as nossas verdades e com os nossos segredos.
Nessa fase, exige-se silêncio absoluto. Torna-se, ele, a própria alma do recolhimento. Porém há um silêncio - ou vários deles - que nos incomoda demais. É o silêncio da solidão; o da indiferença e o da negação. Para qualquer deles, o remédio se faz difícil e quase inacessível. O primeiro, da solidão, é relativo. Podemos nos encontrar no meio de uma multidão e ainda assim nos sentir sozinho como numa ilha deserta, carente de vozes e de calor humano. Isso não acontece algumas vezes a você? O da indiferença torna-se uma coroa de espinhos na fronte sofrida – uma coroa espinhenta dolorosa, além de nossas forças – para suportá-la. Apresenta-se como nossa “via-crucis”. É a mais cristalina evidência de que há um esquecimento imposto ao ser abrindo sempre mais e mais ferida na alma.
Inquieta-nos interiormente, mexe com o nosso amor próprio, com o nosso orgulho, deixando seqüelas profundas. É realmente difícil suportar. Desnorteia-nos e abate-nos sobremaneira. Sentimo-nos vazios até à morte. E este, o da indiferença, se complementa e transborda com o da negação. Você, então, se sente um zero sem significado algum para outro ser, para uma comunidade, para uma sociedade inteira, para o mundo e para a Vida! Você simplesmente existe sem ser, e é um ser sem existência. Mergulha num um vazio imensurável, abismal, aonde nem a luz da piedade chega! Você é o próprio silêncio, que incomoda; um início que nunca se dará, um fim que jamais se configura. É, digamos, o caos antes do pensamento criador de Deus. É como as trevas antes do “Fiat-Lux”.
Aquela introspecção deverá servir exclusivamente para que nos encontremos conosco mesmos e construamos um novo ser capaz de não se isolar, ou de se sentir isolado de outros seres, por mais abjetos possam nos parecer, sem nada sentir. Deverá, ainda, nos ensinar à comunicação constante a outras pessoas e a amar o próximo como a nós mesmos. Aprendamos a não nos negar, a não nos dividir, mas a de nos somar, e a de nos transformar num elo entre muitos, até completarmos uma corrente humana com capacidade de assimilar todos os problemas; unos na dor, na angústia, no desamparo e no desencanto comum.
Então, que maravilha! Um milagre acontece, não para o nosso espanto, mas para a nossa ressurreição como seres humanos.
Sentimos um foco de Luz; sentimo-nos esse foco de Luz penetrante a todas as entranhas da alma; esta Luz sublime nos mostra a Vida palpitante, a fraternidade em toda sua grandeza, como um bálsamo que perfuma, que nos totaliza na unidade ao Criador, no silêncio manso de uma doçura incomparável - um verdadeiro cadinho de êxtases!
Estamos revestidos, então, da couraça impenetrável da Paz! O silêncio já não nos atemoriza. Faz parte de nós, de nosso íntimo, de nossa existência que começa a aflorar entre tantas outras. Somos silêncio consciente, e o dominamos. Tornamo-nos mais receptivos e mais indulgentes, porque mergulhamos dentro de nós mesmos. E o momento que se fez necessário, e tão difícil no inicio da abordagem, se completa com toda a sua força, com toda a sua beleza e com todo o seu transbordamento.
Somos seres humanos! Somos Luz! Somos unos e parte da fração perene da Divindade: somos deuses, finalmente!
Morani
DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014
Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.
O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.
O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
terça-feira, 24 de junho de 2008
ELEVADA HONRA
Nova Friburgo, 25 de maio de 2008
Amigo Hudson:
Sinto-me guindado a uma honra não merecida. Sou um simples e humilde colaborador aos debates corajosos em seu "blog no qual o amigo nos brinda com os seus comentários e com os de outros colaboradores assaz importantes. Saudáveis, e ao mesmo tempo contundentes, são esses textos de verdadeiros patriotas incomodados com a situação do Brasil e, de sobra, a do mundo. Lembra-me o pequeno exército de homens valorosos que combatiam ao lado de Fidel Castro para derrubar um "esbirro" - joguete fácil e dócil às mãos imperialistas dos norte-americanos; esses mesmos que hoje se voltam para o nosso Continente, pois o deles se exauriu por dissídia generalizada seguida de causas naturais; o dos europeus se desgastou, salvo exceção, por milênios e milênios de exploração sem termo, e por diversas guerras, revoluções, levantes e batalhas cruentas empapando os chãos de sangue inocente e dilapidando as juventudes que seriam, e serão sempre, os pilares de um Novo Mundo se permitirem que vivam sem mais sobressaltos. Enquanto isso nós, deste lado do planeta, e em um hemisfério relativamente novo, vamos combatendo com as nossas armas que não ferem nem matam, mas constroem um portal de esperança guardados numa expectativa e nos corações de milhares de jovens que desejam, apenas, um lugar ao sol num Continente amplo, livre e de nações latinas colimadas num só objetivo: o de não se render jamais às forças alienígenas que porventura acreditem poder nos calcar com suas botas, e nos vencer pelo terror as suas armas, ou, ainda, pela diplomacia sediciosa e envolvente. Um grande e fraterno abraço.
Morani
Amigo Hudson:
Sinto-me guindado a uma honra não merecida. Sou um simples e humilde colaborador aos debates corajosos em seu "blog no qual o amigo nos brinda com os seus comentários e com os de outros colaboradores assaz importantes. Saudáveis, e ao mesmo tempo contundentes, são esses textos de verdadeiros patriotas incomodados com a situação do Brasil e, de sobra, a do mundo. Lembra-me o pequeno exército de homens valorosos que combatiam ao lado de Fidel Castro para derrubar um "esbirro" - joguete fácil e dócil às mãos imperialistas dos norte-americanos; esses mesmos que hoje se voltam para o nosso Continente, pois o deles se exauriu por dissídia generalizada seguida de causas naturais; o dos europeus se desgastou, salvo exceção, por milênios e milênios de exploração sem termo, e por diversas guerras, revoluções, levantes e batalhas cruentas empapando os chãos de sangue inocente e dilapidando as juventudes que seriam, e serão sempre, os pilares de um Novo Mundo se permitirem que vivam sem mais sobressaltos. Enquanto isso nós, deste lado do planeta, e em um hemisfério relativamente novo, vamos combatendo com as nossas armas que não ferem nem matam, mas constroem um portal de esperança guardados numa expectativa e nos corações de milhares de jovens que desejam, apenas, um lugar ao sol num Continente amplo, livre e de nações latinas colimadas num só objetivo: o de não se render jamais às forças alienígenas que porventura acreditem poder nos calcar com suas botas, e nos vencer pelo terror as suas armas, ou, ainda, pela diplomacia sediciosa e envolvente. Um grande e fraterno abraço.
Morani
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