DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


sexta-feira, 26 de setembro de 2008

CRISTOVAM BUARQUE PEDE VOTOS...

Cristovam Buarque pede votos para candidato que ameaçou fechar escola

Não recomendei a ninguém e menos ainda votei em Cristovam Buarque nas últimas eleições presidenciais, no entanto não podia deixar de enxergar em seu discurso sobre a educação virtudes, e esperançava que essa retórica sensibilizasse parte da classe média, hoje preocupada exclusivamente com segurança e economia não entendendo ser a educação o caminho por onde se inicia a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática ou minimamente aceitável. Acreditava ser Cristovam Buarque um homem público coerente, embora não comungasse da maioria de suas idéias, principalmente no campo econômico.

Todavia Cristovam Buarque apareceu no programa eleitoral da coligação “Poços no Caminho Certo” para declarar apoio e pedir votos para o atual vice-prefeito e candidato da coligação a prefeitura de Poços de Caldas. Tudo estaria conforme o script, afinal de contas a bisonha coligação tem entre outros partidos o PDT do senador brasiliense, os Demos, os verdes, os tucanos, além de na cabeça-de-chapa o ridículo PPS dos liqüidacionistas – dá para notar a impossibilidade de traçar um perfil ideológico para tal coligação. O que não está no script é o fato de Buarque ter ganhado certa relevância no cenário político nacional por defender apaixonadamente a educação e a citada coligação por sua vez defender com unhas e dentes a atual administração de Sebastião Navarro Vieira Filho.

Nessa administração é patente à perseguição aos servidores municipais, o professorado incluso. O desprezo pela educação está registrado no número de vagas em creches estar abaixo da demanda do município, na terceirização da merenda escolar, na ameaça de cerrar as portas da escola municipal Mamud Assan – projeto demovido após pressão da sociedade e moradores dos bairros adjacentes.

A atual administração, da qual Paulinho Courominas orgulha-se em fazer parte, também abandonou muitas escolas na periferia da cidade como no caso da E.M. Mariquinhas Brochado, onde foi encontrado há poucos dias um suposto foco do mosquito da dengue num terreno baldio em frente à escola e usado por moradores como lixeira a céu aberto. Ou como no caso da E.M. Irmão José Gregório, escola com instalações precárias e onde direção, professores, alunos e comunidade há anos vêm suplicando por uma reforma só iniciada agora no final da gestão Navarro/Courominas, num claro e desavergonhado intuito eleitoreiro. Por esse motivo as crianças tiveram o início do segundo semestre atrasado em uma semana e desde então têm tido horário reduzido de aulas (em uma hora diária). Agora com as fortes chuvas do último fim-de-semana parte da escola foi interditada deixando os alunos mais uma semana inteira sem aulas, sem contar outros malefícios causados por tanto descaso – uma criança chegou a cortar-se graças às ferragens da demorada reforma.

O descaso com a educação teve como ápice o ano passado, quando professores da rede municipal tiveram muitas aulas cortadas do dia para noite graças a uma portaria proibindo a extensão dessas. O resultado catastrófico foi a contratação as pressas de novos educadores para dar conta das aulas que haviam “sobrado” e a adaptação da grade de horário das escolas gerando uma completa balburdia, da qual alunos perderam praticamente um semestre inteiro.

Durante a campanha em vigor Courominas decretou a impossibilidade de implantação do passe livre no transporte público para estudantes desde o fundamental até o ensino superior, mesmo com dados da secretaria de Fazenda mostrando o contrário.


Falta ainda dizer que o mesmo grupo político que hoje controla a cidade e tem Courominas como o candidato da vez, em 1996 privatizou parte Autarquia Municipal de Ensino, justamente a parte contendo sete cursos superiores, entregando-a de mão beijada a PUC.

Um pouco mais sobre a política poços-caldense e o grupo que Buarque apóia nesse rincão das Minas Gerais pode ser dito aqui, como por exemplo o fato de o atual prefeito ser um digno representante dos tempos da ditadura militar. Ditadura a qual apoiou de modo enfático como deputado federal. Poços de Caldas só passou a ter eleições para prefeito após a derrocada da ditadura, até então éramos obrigados a conviver com prefeitos biônicos por tratar-se de uma estância hidromineral e o prefeito Sebastião Navarro é ligado umbilicalmente àqueles tempos de prefeitos biônicos.

Paulinho Courominas, fez história na política como opositor a Navarro – certa feita encenou o enterro político do hoje prefeito – mas há cinco anos saiu do PT – tendo razões para tanto – filiando-se ao ridículo e liqüidacionista PPS. Para espanto de muitos – mas nem todos – pulou a cerca rumo ao grupo de Navarro.

É difícil levar Courominas a sério conhecendo seu passado. O que ele diz no almoço pode desmentir no jantar. Assim como ficou difícil para eu levar Cristovam Buarque a sério depois de tamanha patotada.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas às 10:49 2 comentários
SEGUNDA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2008

O IMBROGLIO DE CRISTOVAM BUARQUE EM POÇOS DE CALDAS,MG

O IMBROGLIO DE CRISTOVAM BUARQUE EM POÇOS DE CALDAS


Assim como o titular deste blog não sufragou nas urnas o nome do senador acima mencionado para a presidência da república, também me neguei fazê-lo por motivos puramente partidários embora me considere sem simpatia por qualquer agremiação política, e se o candidato é ligado de forma umbilical ao governo central do Sr. Lula, que acaba de “decretar” o fim do neoliberalismo, mais distância quero ter dele; não é nada pessoal. Tanto é que o meu candidato a vereador em Friburgo, onde vivo, pertence ao PT! Pode? Pode, se o postulante a uma cadeira na Câmara Municipal for pessoa íntegra, trabalhadora, inteligente, sempre amiga – como é comigo há mais ou menos 30 anos – e disposta a mudar, dentro de suas prerrogativas como edil, algumas situações embaraçosas e assaz comprometedoras em nosso Legislativo. Trocamos e-mails há mais de dois anos; ele, como presidente do Sindicato dos Bancários de Nova Friburgo – agora afastado – tem demonstrado seriedade e preparo para exercer a edilidade em nosso município, como vinha exercendo aquela função com bastante propriedade e desassombro perante o poderio dos banqueiros.
Voltemos, contudo, ao assunto tratado pelo digno Sr. Hudson em seu blog. Desconheço os bastidores políticos naquele município mineiro, mas dou todo o crédito que me seja possível dar à dialética sempre palatável desse sociólogo e educador daquele pujante rincão de Minas Gerais.
Ora, acompanho os debates no Senado até a hora de seu encerramento. Todo brasileiro deveria voltar seus olhos e suas atenções àquela augusta casa – berço das Leis e da ética que deveriam guiar a trajetória de nossa pátria por caminhos supostamente honestos e isentos de simulacros. No entanto, e apesar dos esforços de alguns sérios parlamentares, a didática ali praticada, por uma grande maioria, assume contornos apenas de uma retórica fraudulenta. E isto eles levam, como arautos da verdade e da lisura, aos municípios onde haja interesses apenas políticos. Quero dizer que não se desviam de seus caminhos facciosos para assumirem seus papéis de legisladores com seriedade a apuro. Não se pode aceitar parlamentar que assuma um posicionamento na tribuna do Senado usando, cá fora, um impressionismo disfarçado. Lá, o senador em pauta defende a classe dos educadores – é o seu único trampolim político – mas leva aos munícipes da pujante cidade que é Poços de Caldas uma outra conjuntura, um outro perfil, totalmente dissociado àquele que demonstra em seus discursos patéticos no Senado. E que mistura meu amigo de partidos notavelmente díspares em seus objetivos e em suas estruturas políticas! Se formos traçar o perfil ideológico dessa coligação teremos, diante de nós, uma pantomima de arrancar risos aos mais sérios dos cidadãos tornando-se inaceitável por parte do eleitor consciente de seu papel. Não podemos nem devemos nos ombrear a esses atores do risível repudiando tais conluios entre iguais que venham prejudicar professores e educadores já tão sacrificados e pouco valorizados em suas elevadas missões. E faz bem o senhor Hudson: não levar a sério, daqui para diante, a posição que assume na tribuna esse Sr. Cristovam Buarque, senador da República, que se revestiu de seu verdadeiro papel ao entrar na campanha de elementos perniciosos apoiando, depois de desastrada gerência municipal, elementos como o vice-prefeito Paulinho Courominas e o atual chefe do executivo Sebastião Navarro Vieira Filho, antes inimigos fidalgais. CONSUMMATUM EST!
Morani

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A SITUAÇÃO NA BOLÍVIA SE COMPLICA?



Em 19/09/08

Dá de alguma maneira para entender os ultimatos lançados contra Evo Morales. Só Santa Cruz de La Sierra abarca, de uma só braçada, o resto dAS PREFEITURAS bolivianAS que apóiaM seu Presidente. Juntando a prefeitura dissidente às de Pando, Beni, Chuquísaca e Tarija, envolvidas nos mesmos objetivos, a visão a uma pessoa desavisada sobre a questão seria a favor dos oposicionistas. Se fosse possível aceitar a questão do tamanho só da Santa Cruz, São Paulo e Rio Grande do Sul teriam os mesmos direitos de se desligarem do resto do país. A Bolívia é a soma de todas as suas prefeituras com sua gente produzindo, com suas riquezas, com suas dívidas para com o capital federal e com os seus direitos, mas nunca independentes de La Paz. Há um governante democraticamente eleito por maioria absoluta e, ainda, confirmado pelo último plebiscito, o que deu na revolta geral das prefeituras do Médio Luna. Pressupõe que essas prefeituras acreditavam poder abafar o clamor dos demais nativos bolivianos. O prefeito de Pando ainda continua detido em prisão, e aqueles que participaram da chacina covarde aos indígenas vieram se refugiar em nosso território, provavelmente sem o devido pedido de asilo político, porque a fuga não foi por esse motivo e, sim, por crime de assassínio. O presidente Lula foi conclamado pelo governo boliviano a expulsar essa grei de antipatriotas o mais urgente possível. Se houve um pedido de asilo político oficial, então o Brasil, que deve ter um Tratado para essas circunstâncias com o país vizinho, numa quase guerra civil, tem a obrigação de permitir suas permanências em nossas terras. Atendendo ao pedido do ministro de Estado boliviano estará enviando todos esses refugiados para as mais duras penas, se não à morte. Difícil tarefa ao nosso governo que precisará de muita diplomacia para, por seu lado, não entrar em choque com o estadista Evo Morales e, quiçá, com o presidente da Venezuela. Parece, porém, que alguns dos dissidentes estão aceitando conversar democraticamente à mesa de debates para medida acauteladora com o fim precípuo de evitar derramamento de sangue – bastando o dos indígenas massacrados – numa guerra civil de perfil catastrófico a todas as prefeituras, à economia exígua de um país pobre onde a miséria é o fato mais marcante e palpável da Bolívia. E, se por outro lado, negando o Brasil asilo, por motivos calcados em fatos verdadeiros com comprovação isenta de suspeições, deve devolver todos eles crendo no mais correto termo que deverá usar o cidadão Evo Morales para julgá-los nos Tribunais da Bolívia sem usar de atos de exceção e de fundo vingativo. É o momento de Evo Morales mostrar todo o seu equilíbrio e um grande e humano senso de justiça, própria a um verdadeiro estadista.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

HURRA AO ESTADISTA EVO MORALES AIMA!

EM 17/09/08



HURRA AO ESTADISTA EVO MORALES AYMA!


A história da Bolívia confunde-se com as de outras nações do continente sul americano ou dos que fazem parte da chamada América Latina, formada por países da língua espanhola, porque o Brasil é o único no Cone Sul que fala a língua portuguesa, por sua colonização ter sua origem no reino português. Para o nosso país, isto foi de certa forma prejudicial, como o foram para as repúblicas que têm seu litoral, quando os têm, para o Pacífico. O natural era serem colonizados por asiáticos. Se o Brasil sofreu a depredação com a coroa portuguesa, por outro lado a Bolívia, que é o país em foco do presente comentário, também vem sofrendo e acumulando perdas desde a época de sua colonização pelos povos ibéricos, muito principalmente por espanhóis. Mas, é bom que se diga, a Bolívia perdeu o antigo território do Acre para o Brasil. Ainda não fiz um estudo de como se deu o avanço do Brasil naquela parte do território boliviano; se foi por Tratados diplomáticos ou pela força. E outros países vizinhos também avançaram sobre terras bolivianas anexando-as aos seus territórios.
Com essa dúvida desde a tarde de ontem, depois de ter lido por duas vezes o comentário do Sr. Hudson, fiquei ao silêncio do meu quarto conjeturando sobre os acontecimentos recentes, mas sem olvidar os antigos. Todos eles vêm corroendo a democracia no país vizinho, e que não são de agora, pois são planejados pela elite branca (termo usado não só pelo eminente amigo Hudson – sociólogo e educador – como pelos catedráticos da UNB, doutores Francisco Doratiolo e Antonio Barbosa), dando um perfil de exceção às manifestações nos departamentos do Média Luna, muito principalmente no de Santa Cruz de La Sierra – o mais rico deles indo culminar em Tarija, ao sul da “meia lua”, formada geograficamente pelas posições dos departamentos do lado ocidental da Bolívia. Cheguei à conclusão, ontem ainda, de que a Bolívia está na iminência de uma guerra civil.

O mandato de Evo Morales foi conseguido pelo voto tendo, portanto, o apoio do povo boliviano, em sua grande maioria formado por indígenas, sendo ele mesmo um deles. E que está fazendo esse verdadeiro estadista? Está justamente dando àquela parcela do povo de seu país – os pobres, sempre esquecidos pela famigerada elite branca – participação na riqueza que consegue, às duras penas, e com medidas também de exceção, por em prática em sua política corajosa e desalinhada dos projetos que têm para a maioria dos países da América Latina o poderoso Grande Chefe Estrelado da nação norte-americana. Revoluções sociais já não cabem mais no nosso continente, na ótica dos dois eminentes catedráticos da UNB, pois os países sul-americanos têm, neste novo século, que se vai esvaindo sem mudanças drásticas, um só objetivo: firmarem-se como nações que exigem o respeito dos demais continentes às suas prerrogativas, como povos independentes que buscam ser, apesar das influências nocivas dessas elites que sempre dominaram os caminhos de mando. O interessante é que se os departamentos litigiosos taxam o governo de Evo Morales de medidas de exceção, por seu lado o que fazem com essas desobediências políticas de independência e massacres de indígenas? Puras medidas de exceção. Agora, com a prisão pelo exército boliviano do prefeito de um desses departamentos revoltosos, os demais estão tentando se alinhar ao eixo imposto por Morales com muita propriedade e determinação. Quando Evo mandou que o exército ocupasse o complexo da Petrobrás em terras bolivianas deixou um claro recado ao mundo: o processo neoliberal não está surtindo o efeito a que se propusera: divisão mais humana das riquezas; diminuição do profundo abismo das diferenças sociais; nacionalização dos complexos ao invés de cedê-los aos interesses do capitalismo feroz, sempre tão predador, tão cáustico e tão interesseiro.

Essa elite branca em nada se difere da que temos aqui em nosso país e criam na afinidade das elites; tinham em sua conta de que o governo de Lula (palmas para ele, uma vez na vida, pelo menos, com a atitude e posicionamento tomados no caso boliviano) daria cobertura às suas reivindicações. O mesmo se deu a Hugo Chávez, apoiando o colega Evo Morales. Três países apenas se alinham às recomendações do Grande Chefe do norte: Chile com sua estrutura econômica e política bastante firme, Venezuela, também rica e Colômbia, mas sem influências que possam vir prejudicar as decisões do presidente Evo Morales. O Brasil, como maior em território e com um parque fabril de vulto, estabilizado economicamente (salvo as intempéries que podem surgir com a derrocada de grandes conglomerados nos EUA), tem como suposto a liderança no Cone Sul. A Argentina, sucateada, desde o período peronista e aprofundado pelos regimes militares, de suas indústrias tenta se reerguer e espero que as divergências nas falidas Conversações de Doha – Brasil e Argentina não se consorciaram, como países irmãos, aos cânones impostos pelos poderosos e que não obtiveram êxito em Genebra, graças a Deus! - não venham azedar a amizade antiga dos dois países. Divergiram um do outro e não só às exigências de terceiros. Aqui não se leva em conta países como Espanha, Portugal e Grécia, considerados Argentina, Bolívia e Paraguai da Europa. Porém, por almejar ser o líder do Continente, o Brasil tem o dever de auxiliar, da melhor maneira possível, essa Argentina que já foi pujante, economicamente falando e, agora, a Bolívia de Evo Morales que desenvolve um trabalho de Hércules em seu país. Unirem-se em todos os sentidos, deve ser o objetivo comum aos países do Mercosul (ou do Unasul?). Aguardemos o desenrolar do complicado novelo da “novela” arranjada pelos departamentos revoltosos bolivianos. Contudo, e apesar de tudo, que reine a Paz e a Concordância entre todos!
Morani

sábado, 13 de setembro de 2008

LULA E O CONGRESSO NOMEIAM DANIEL DANTAS...

EM 11/09/08Daniel Dantas, o primeiro-ministro de Lula
"Lula e Congresso Nacional nomeiam Daniel Dantas primeiro-ministro".Pelo andar da carruagem não estamos muito longe disso. Assim Lula permanecerá no Palácio do Planalto por mias uns quatro anos além de 2010 e deixará de aturar a grande imprensa sob o signo do PIG. A forma como Dantas vem conduzindo uma investigação que a principio seria contra ele próprio e a metamorfoseou em uma investigação contra instituições republicanas, é digno de uma obra de Kafka ou do surrealismo de Felini. No processo de Dantas, fazendo um paralelo com o Processo de Franz Kafka, o delegado da polícia federal Protógenes Queiroz e o juiz Fausto De Sancts, tornaram-se réus sem conhecer o conteúdo da acusação ou sequer do que são de fato acusados. O Senhor K, personagem criado pelo celebre autor tcheco, é julgado nos porões de um sistema de horror e totalitarismo para sem conhecer o veredicto final ser condenado à pena capital. No caso do processo de Dantas, o megaempresario saí da condição de réu direto para a de inquisidor. Claro, não se dá ao trabalho de fazer isso explicitamente, bastar acionar sua bancada pluripartidária na Câmara e no Senado, convocar seus servidores ao longo da Esplanada dos Ministérios ou dentro do Palácio Planalto e clamar por súplica a algum amigo do peito e irmão camarada no STF. Antes disso, pavimenta todos os movimentos através do rolo compressor da grande mídia – Veja, Folha, Globo e congêneres – todos, lógico, regiamente pagos. E o governo Lula recebe o beijo do vampiro.Mas Lula venderá a alma ao diabo se for preciso – caso já não a tenha vendido em 2002 e selado o pacto com Carta ao Povo Brasileiro – a fim de manter-se no poder para além de 2010 e continuará a fingir-se de cego que não sabe o quanto à elite branca o odeia por sua trajetória política e pessoal. Lula com todos as suas contradições – e o governo Lula está repleto de contradições – representa, ainda que de maneira muita tortuosa, uma quebra de paradigma que causa horrores à elite branca. No entanto Lula, ou não deu ou não quer dar-se conta desse fato. Como diz um ditado bem popular cá em Minas, “o pior cego é aquele que não quer enxergar”. Mas voltando ao processo de Dantas , ainda não sei se seria roteiro melhor para literatura de Kafka ou se para cinematografia de Felini, todavia o certo é que agora rico não pode mais ser algemado, o delegado Protógenes e o juiz De Sanctis se transformaram em vilões covardes que não tiveram pudor em utilizar o aparato estatal para perseguir um indefeso megaempresario. Gilmar Mendes tornou-se baluarte da justiça e democracia, além de paladino dos direitos individuais, tudo isso ao mesmo tempo em que, ele próprio também é vítima de uma conspiração da PF ou da Abin – ainda não decidiram em quem colocar o culpa nesse caso – ao lado do nobre – só Deus sabe o quanto me custa escrever esse “nobre”, mesmo de forma irônica – senador Demóstenes Torres. E quem denunciou a conspiração e a trouxe a luz da verdade sem possuir prova alguma? Não poderia ser outro veículo senão o panfleto antilutas populares “Veja”. Outras personagens de destaque nessa trama surreal são o deputado federal Raul Jungmann – aquele mesmo acusado de desviar 33 milhões de reais enquanto ministro da reforma agrária de FFHH – e para variar Arthur Virgilio no incansável papel de meretriz a beira dum ataque de nervos e cheia de faniquitos. Por último o ministro tucano da defesa do governo Lula, Nelson Jobim, posto no cargo justamente para defender os interesses da oposição e agora nomeado por Daniel Dantas como advogado de defesa.Como desfecho kafkaniano e surreal para o imbróglio sugiro a prisão tanto do juiz Fausto De Sanctis quanto do delegado Protógenes Queiroz e a pena de trabalhos forçados nas empresas de Daniel Dantas. A Gilmar Mendes a elevação de oráculo da democracia. Já Daniel Dantas seria nomeado primeiro-ministro, uma vez ser possuidor duma bancada grande e com nomes de peso – que o diga Heráclito Fortes – ademais conta com a simpatia, omissão e conivência do governo Lula. Ah!!! e claro, ao nosso presidente restaria o fim do limite de dois mandatos consecutivos para o executivo federal, uma vez que não faz sentido tal limite quando o governo não passa de fantoche dos interesses burgueses.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas às 20:45 0 comentários

DESTRINCHANDO O "PROCESSO" BRASÍLICO

EM 12/09/08

DESTRINCHANDO O “PROCESSO” BRASÍLICO

“Lula e Congresso Nacional nomeiam Daniel Dantas”

Assim começa o mais recente comentário do Sr. Hudson, insigne sociólogo e professor em uma cidade que parece existir somente em sonhos dos que vivem fora do país chamado Brasília. Somente lá na capital federal poderiam acontecer os mais absurdos imbróglios na esfera do Judiciário. Mas com o acima mencionado Daniel Dantas como Primeiro-Ministro do governo Lula – por este “nomeado”, para não deixar dúvidas, e mais, com o aval do Congresso – tem ele todo poder, em todas as esferas políticas, de inverter o “Processo”, tipo Kafkaniano, no qual ele passa de réu ao posto de manda-chuvas e os personagens Protógenes Queiroz e Fausto de Sancts – o primeiro delegado da Polícia Federal e o segundo, Juiz, nesta ordem – de homens da Lei para a marginalidade. Duas obras de Kafka podem ser inseridas ao contexto: A METAMORFOSE, quando se dá a inversão de valores e de posição, e O PROCESSO, quando se dá a passagem de ambos os homens da Lei para a clandestinidade, transformando-os em réus sem, contudo, conhecerem o conteúdo da acusação. Seria como se tirassem a donzela de Donremy – burgo medieval francês – de acusada de heresia a acusadora, colocando-a a cabeça do Tribunal de Inquisição da Santa Igreja Católica Apostólica Romana. Não seria um drama digno de um Kafka? Lula, nessa grande farsa de nossos tempos, sem cerimônia, seria o advogado do Diabo – intocável, apesar de tanto “ódio que lhe pesa da elite branca por sua trajetória política e pessoal” (copio o autor, mas gostaria de ser o dono da frase). Porém, como o desavisado Lula não sabe de nada, não enxerga a um palmo do nariz, é capaz de ele ignorar esse ódio que lhe devotam os que ele acredita estarem satisfeitos com o andamento dos fatos do Palácio e do Judiciário. Ledo engano! Diz a nossa Constituição que todos são iguais perante a Lei, mas nada valida essa assertiva. Os de colarinho branco, os muito ricos, os executivos e outra raia graúda, apanhados em delito (não em flagrante), não devem nem podem ser algemados. É coisa fresca, muito nova. Por que sujeitar um bandido “chic” ao constrangimento de uma pulseira dupla? Ao menos fosse ela de ouro! Mas, ainda assim... Sei não. Estarão tendo visões de um futuro perdido no Limbo da Justiça Divina e humana?

Sendo, como já disse atrás, advogado do Diabo não precisará vender sua alma ao Demo, que já a paga regiamente, para tudo aceitar em favor dos “endemoniados” tomarem conta do vazio que há em sua poltrona, pois vive no “mundo aéreo” das viagens internacionais. E que fique por aqui o teatro saltimbanco a dar espetáculos como esse do Judiciário e do conluio entre Gilmar Mendes e do “nobre” Demóstenes Torres, o valente senador que está sempre em evidência ao ocupar a tribuna daquela Casa, onde deveriam ser feitas as Leis iguais a todos. E, como cabeça do Supremo, já declarou que não irá à CPI do grampo porque esta é a orientação que recebem (De onde e de quem?).
De Raul Jungmann e de sua mão leve, não quero nem tocar. Dá-me nojo, de revolver meu estômago delicado acostumado a iguarias mais leves. Arthur Virgilio meu amigo Hudson? Ah! Como diz você: histerismo puro! Não me esquece a sua passagem no governo FHC. Chego ao raciocínio lógico de que aquele ex-presidente e o atual são como unha e sabugo, pois não serve ao ex-metalúrgico (entre esses apontados não há ódio contra o barbudo Lula), hoje presidente da república, um Jobim e o líder do governo no Senado, antigo vassalo de FHC?
Pois não é assim o surrealismo de Felini no “Processo” que corre solto no lupanar de Brasília? Eta! Um Brasil bom de tudo o que não presta, em primeiríssimo lugar! Baixemos a cortina sobre a boca do palco da devassidão, dos escândalos, dos “não sei e nem sabia” dos roubos (não rombo) na Previdência, dos gastos exorbitantes nos cartões corporativos, dos mensalões e dos grampos – esta a mais nobre arte da técnica em favor dos alcoviteiros de plantão. Eta, fuminho bão!
Morani

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

OBRIGADO SR MILTON TEMER

COMENTÁRIO NA PÁGINA DA FUNDAÇÃO LAURO CAMPOS EM 07 DO CORRENTE MÊS.


Em 11/09/08

Sr. Milton Temer:

Li na íntegra seu excelente e esclarecedor comentário sobre o governo Lula e a despolitização da política. Só me cabe estender-lhe meus sinceros parabéns pela lucidez analítica da atual situação política implantada pelo PT (Partido dos Trapalhões, Trambiqueiros, etc.).

Vejo nisso tudo uma salada de imbróglios propositalmente elaborada para deixar tudo como sempre esteve: no ápice da Pirâmide da Vergonha em detrimento à Pirâmide Social.

Mas, o que se pode esperar de um traidor como Lula? Se hoje o Brasil tivesse em suas camadas sociais um novo Tiradentes, por certo seria mandado à forca pelo títere do PT! É, porém, um traidor sem peso na consciência; no mínimo um fraco sem caráter, que se deixa dominar pelos fortes que serviram ao governo que o antecedeu – outra vergonha de política nacional.

Aliás, Lula se cercou desses elementos nocivos porque, em química, os elementos iguais se atraem. E o que esperavam o Brasil e os brasileiros, numa química de mistura de um Zé Dirceu com Lula? Bem feito, para os que sufragaram seu apelido numa segunda eleição! Lula é um deslumbrado aproveitador no Poder. É o caçula abortado pelo neoliberalismo, para a nossa infelicidade.
Morani