DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


quarta-feira, 30 de setembro de 2009

VAMOS VER SE A BAND NOTICIA ISSO

Quarta-feira, 30 de Setembro de 2009

Que a grande mídia é golpista todos nós sabemos, segundo Gramsci a grande imprensa é o Partido do Capital. No entanto poucas vezes, pelo menos desde a eleição de Fernando Collor em 1989, tivemos a oportunidade de ver isso de maneira tão exacerbada. O Partido dos Trabalhadores vem sofrendo desde que chegou ao governo central a maior campanha midiática com intuito desmoralizador que o Brasil já assistiu. Ondas de denuncismo, de achincalhação contra seus militantes, de preconceito contra o presidente democraticamente eleito, patrulhamento ideológico. Mentiras inventadas a exaustão e repetidas mil, duas mil vezes – a nossa mídia se mostra pupila de Göebbels – são as armas utilizadas pelo Partido do Capital a fim de expulsar da vida pública “essa raça”, palavras de Herr Bornhausen, um dos oráculos da grande mídia.

Na linha de frente dessa batalha travada pelo Partido do Capital versus o Partido dos Trabalhadores e a esquerda consciente estão os grandes meios de comunicação, sobretudo a ditos canais de TV aberta. O Grupo Bandeirantes através de suas emissoras de rádio e TV colocou no ar, semana passada, um editorial no qual acusava o governo Lula de irresponsável por rever os índices de produtividade no campo e insuflava os ruralistas a se levantar em guerra civil contra o governo democrático.

O Grupo Bandeirantes já teria passado de todo e qualquer limite possível dentro dos parâmetros democráticos fosse apenas a campanha enviesada contra a revisão dos índices de produtividade ao omitir, ou seria obliterar propositalmente, que ele próprio – cujo dono é Johnny Saad, neto e herdeiro de Adhemar de Barros – possui dezenas de grandes propriedade rurais, portanto, está no bojo dos empresários do agronegócio e é parte interessada na questão.

Agora o Ministério do Desenvolvimento Agrário traz à tona a consolidação dos resultados duma pesquisa realizada pelo IBGE em 2006 onde desmistifica a crença de que o agronegócio é o impulsionador da economia rural no Brasil. Mais, prova que as pequenas propriedades rurais, especialmente as que se encontram no segmento da agricultura familiar, são a garantia da segurança alimentar do país.

Os números são impressionantes. Por exemplo, além de ser a responsável pela manutenção do homem no campo, a agricultura familiar, que não ocupa nem um quarto das terras no país, corresponde a 38% do valor da produção.

Será que o Grupo Bandeirantes informará aos seus ouvintes e telespectadores os números da pesquisa? Ou usarão de algum subterfúgio e criarão mais um sofisma para desqualificá-la?

Não é à toa que o nosso Partido do Capital chama os golpistas de Honduras de “governo interino”.

Censo confirma: agricultura familiar produz mais em menor área

http://www.mda.gov.br/portal/index/show/index/cod/134/codInterno/22464

30/09/2009

O Censo Agropecuário 2006 traz uma novidade: pela primeira vez, a agricultura familiar brasileira é retratada nas pesquisas feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Foram identificados 4.367.902 estabelecimentos de agricultura familiar, que representam 84,4% do total, (5.175.489 estabelecimentos) mas ocupam apenas 24,3% (ou 80,25 milhões de hectares) da área dos estabelecimentos agropecuários brasileiros.

Apesar de ocupar apenas um quarto da área, a agricultura familiar responde por 38% do valor da produção (ou R$ 54,4 bilhões) desse total. Mesmo cultivando uma área menor, a agricultura familiar é responsável por garantir a segurança alimentar do País, gerando os produtos da cesta básica consumidos pelos brasileiros. O valor bruto da produção na agricultura familiar é de 677 reais por hectare/ano.
"Isso mostra a representatividade, o peso deste setor para a formação da nossa economia e da produção primária no País. Com isso, a agricultura familiar demonstra capacidade em gerar renda, em aproveitar bem o espaço físico e contribuir para a produção agrícola brasileira", afirma Daniel Maia, ministro interino do Desenvolvimento Agrário.

Os dados do IBGE apontam que em 2006, a agricultura familiar foi responsável por 87% da produção nacional de mandioca, 70% da produção de feijão, 46% do milho, 38% do café , 34% do arroz, 58% do leite , 59% do plantel de suínos, 50% das aves, 30% dos bovinos e, ainda, 21% do trigo. A cultura com menor participação da agricultura familiar foi a soja (16%). O valor médio da produção anual da agricultura familiar foi de R$ 13,99 mil.

Permanência no campo

Outro resultado positivo apontado pelo Censo 2006 é o número de pessoas ocupadas na agricultura: 12,3 milhões de trabalhadores no campo estão em estabelecimentos da agricultura familiar (74,4% do total de ocupados no campo). Ou seja, de cada dez ocupados no campo, sete estão na agricultura familiar , que emprega 15,3 pessoas por 100 hectares.


Para o ministro interino, esses números refletem a eficácia das políticas do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para manter os agricultores familiares no campo com boa produção e renda. "Os resultados desse Censo permitem constatar o quanto a participação da agricultura familiar é importante para a agropecuária e para a economia brasileira. O cenário, antes de pauperização e fuga do homem do campo, está sendo mudado, revertido", frisa.

Dois terços do total de ocupados no campo são homens. Mas o número de mulheres é bastante expressivo: 4,1 milhões de trabalhadoras no campo estão na agricultura familiar. As mulheres também são responsáveis pela direção de cerca de 600 mil estabelecimentos de agricultura familiar.

O Censo Agropecuário 2006 revela ainda que dos 4,3 milhões de estabelecimentos, 3,2 milhões de produtores são proprietários da terra. Isso representa 74,7% dos estabelecimentos com uma área de 87,7%.

Os critérios que definem o que é agricultura familiar foram determinados pela Lei nº 11.326 aprovada em 2006. Eles são mais restritivos do que os critérios usados em estudos feitos anteriormente por outros organismos como a Fao/Incra e universidades brasileiras que estudaram o setor. A Lei 11.326 determina que quatro módulos fiscais é o limite máximo para um empreendimento familiar. Determina também que a mão-de-obra deve ser predominantemente da própria família e a renda deve ser originada nas atividades da propriedade e a direção também tem que ser feita por um membro da família.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas às 18:34

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

IMPASSE EM HONDURAS

IMPASSE EM HONDURAS

Os países das Américas Central e Sul estão diante a um grande e perigoso impasse diplomático. O Brasil, por iniciativa do Presidente Lula e do Itamaraty, deram acolhida ao deposto Presidente Zelaya, de Honduras, em nossa Embaixada naquele país.
Até ai, nada de mais. É previsto pelo Direito Internacional o asilo político a um cidadão que se ache perseguido dentro de seu território. Ora, Zelaya, o presidente deposto, se acha incluído neste contexto.
O que não se pode admitir é o asilado usar o espaço da Embaixada Brasileira para discursar e sublevar a população à desobediência civil e achar que é normal a sua atitude quando não é.
Mediante tal posicionamento da Diplomacia Brasileira, não exigindo silêncio por parte do referido senhor, a Suprema Corte daquele país deixou de sobreaviso o nosso governo de que pode suspender a inviolabilidade da referida Representação.
Ou o nosso governo exige temperança ao asilado ou não poderá entrar com uma ação internacional de restabelecimento àquele direito sem mexer com toda a estrutura que rege a segurança das Embaixadas em quaisquer países. Quanto a isso, ninguém da imprensa [não PIG] abre a boca para as reclamações de praxe. Se a imprensa dita PIG se manifesta contra tais liberdades do asilado aí então é chamado golpista pelos adeptos do Presidente Lula.
Ora, faz-se previdente acabar de vez com tal lengalenga cansativo de PIG, por qualquer toma lá dá cá, e se reconheça a atitude errada daquele senhor, deposto da Presidência de Honduras. A nossa Embaixada não deve servir de palanque a quem quer seja, ainda mais com objetivos políticos.
Se houve golpe, então se ultimem as medidas de praxe para o restabelecimento da aplicação do direito ao Presidente eleito democraticamente no país. Estas são as minhas considerações democráticas, em seus objetivos, e pacíficas em suas explanações. Estarei alinhado ao chamado PIG?

LUIZ FERNANDO VERÍSSIMO

Quem lê meu blog há mais tempo sabe da aversão que nutro por Ricardo “Barriga Noblat. Quem ainda não sabe disto basta ler: http://dissolvendo-no-ar.blogspot.com/2009/06/sobre-pesquisas-analises-e-barrigadas.html.

O individuo além de praticar um mau jornalismo, na acepção do termo, não se preocupando em apurar os fatos noticiados em seu blog, ainda, ao que tudo indica, usa os contatos conseguidos por anos e anos trabalhando em Brasília para grandes veículos de comunicação – já trabalhou no Jornal do Brasil e atualmente trabalha para a família Marinho – em prol de benesses para si próprio tendo a petulância de pousar como vestal.

Noblat também é daqueles que não poupa esforços para bater no presidente Lula. Embora seja bem mais sutil que o fascista Reinaldo Azevedo, não descarta o subterfúgio do preconceito disseminado quando vê que os argumentos defendidos pela elite entreguista se consomem em enormes lacunas. Também é adepto incondicional da teoria formulada por Ali Kamel, a famosa “testando hipóteses”, e, portanto, não está nem aí em ser hipócrita e leviano. Alguns de seu comentários, de tão ruins, me fazem suspeitar que bebeu antes de escrever tamanha asneira.

Mesmo assim algumas pessoas tidas como de esquerda, e outras ligadas ao atual governo, como José Dirceu, por exemplo, estão acostumados a postar semanalmente artigos no citado blog.

Por que estou gastando tanto tempo falando sobre Ricardo “Barriga” Noblat e seu espaço na internet? Apenas para justificar que uma das melhores análises que li acerca da hipocrisia conservadora na questão hondurenha saiu exatamente do Blog do Noblat. A análise, bem pequena alias, é assinada por Luis Fernando Veríssimo, filho de um dos meus escritores preferidos e um dos poucos cronistas identificados como da esquerda que ainda não se converteu a direita a conseguir, ainda, espaço na grande mídia.

Boa leitura!!!


Perigo de gol

Por Luis Fernando Veríssimo, no Blog do Noblat

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2009/09/27/perigo-de-gol-226932.asp

Acho que está na hora de se desagravar a expressão “em cima do muro”. Ficar em cima do muro significa não ter opinião, não querer se comprometer, tentar agradar a todo o mundo — enfim, ser uma plasta assumida.

Mas o topo do muro também pode ser o lugar ideal para se estar, numa controvérsia.

Em cima do muro você e seus argumentos estão sobre uma base sólida (o muro), você pode examinar os dois lados da questão de uma posição privilegiada e ver mais longe do que qualquer um — e ainda ficar a salvo em caso de briga. Ou seja: também existe “em cima do muro” no bom sentido.

Por exemplo: Cuba. Há anos a esquerda brasileira é obrigada a preservar sua admiração pela pequena ilha que se transformou de bordel dos Estados Unidos numa imperfeita mas válida experiência de equalização social, com ênfase em educação e saúde públicas (e de independência, nas barbas dos seus antigos donos), de fatos inegáveis da ilha como a repressão à dissidência, a falta de pluralismo político e o culto à personalidade de um infindável Fidel.

E fica fazendo repetidas varia ções em torno da velha máxima de que fins nobres justificam meios sujos. De cima do muro pode-se admirar o admirável e lamentar o lamentável sem ter que recorrer a máximas. Em cima do muro não há julgamentos absolutos.

A direita brasileira está num dilema parecido com relação a Honduras. Não pode, sem o risco de ser chamada de hipócrita, dizer que o golpe não foi golpe, foi apenas um soluço nas formalidades democráticas.

Mas o desrespeito às formalidades democráticas condena qualquer regime, para a direita. Pelo menos da sua boca para fora. Teria sido uma ação preventiva em defesa da democracia ameaçada?

Quando um juiz de futebol apita uma falta que ninguém viu dentro da área, diz-se que apitou “perigo de gol”, para evitar problemas.

Em Honduras inauguraram uma nova expressão para o léxico político das Américas: perigo de venezuelização. Zelaya estaria se preparando para ser o Chávez de Honduras e as instituições se autogolpearam para impedi-lo. Uma espécie de suicídio profiláctico.

Contra uma assombração também vale qualquer meio. E, depois das políticas de segurança nacional dos tempos da Guerra Fria, o conservadorismo latino-americano encontra um novo pretexto para se mobilizar. Subamos todos no muro.

Em cima do muro não é preciso muita ginástica intelectual para explicar tantas contradições — mesmo porque não há muito espaço. E, olha: até o clima é melhor.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas às 20:33 0 comentários Links para esta postagem

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

DOIS PESOS E UMA SÓ MEDIDA

25/09/09

Permita-me, meu caro amigo Hudson, com todo o respeito que tenho pelo seu posicionamento e aos seus comentários, divergir às suas impressões. Antes, agradeço sua atenção em visitar meu humilde blogspot.com.
Pois é, meu amigo de Poços de Caldas... Ontem cedo, por volta das 06:30h - mais ou menos - assistindo a um programa rural - sinceramente, não me lembra o canal, mas acredito ter sido o Canal Vida - ouvi as queixas dos nossos homens do campo sobre e contra a revisão dos índices de produtividade rural. A cena de fundo mostrava alguns hectares de trigo quase em sua integralidade inaproveitáveis por questões climáticas. O fazendeiro vai abandonar o plantio do trigo, e não sabe a que se dedicar. Um brasileiro, um homem da terra, em dúvidas sobre o que fazer em futuro próximo pelos planos de alteração do governo no que tange os atuais índices de produtividade. Será esse cidadão um mau brasileiro? Creio que não.

Com referência ao episódio - mais que sabido por todos os que se informam ou são informados - de ajuda aos países em desenvolvimento, pergunto aos homens do "staff" do setor econômico: seremos nós a fazer o papel de salvadores de pátrias alienígenas se cá dentro, em nosso país-continente, há tanto a realizar, tanto a dar a mão e a salvar? O Brasil - quando falo Brasil, falo de milhões de brasileiros que formam o coletivo "povo" desta Nação - derramou o suor de seu rosto para atingir o patamar em que se encontra. Não me lembra ter sabido, alguma vez, da iniciativa de outros governos estendendo as mãos ao nosso Brasil para que eles, por seu lado, não naufragassem juntos perdendo-se toda a luta contra a miséria e o atraso. Maiores obrigações teriam essas pequenas repúblicas do nosso imenso Continente - e de outros lá fora - com o nosso país, dentro aos mesmos objetivos. E o famigerado FMI? o Lula achou "chic" - palavras dele em pronunciamento no exterior - emprestar ao antigo carrasco, tão nocivo ao Brasil que ele - lembro disso - exigiu do governo canalha de Fernando Henrique uma devassa profunda, com auditoria séria, para estabelecer o montante de nossa dívida. E o que vemos agora: "É "chic" emprestar ao FMI"! Bolas! Nosso Brasil não possue ainda a riqueza e o poderio de um Estados Unidos da
América. Somos um país em desenvolvimento, ainda bastante atrasado em muitas questões e alheado às verdadeiras necessidades internas como, p.ex.: rodovias, hospitais capacitados ao atendimento de toda população, moradias, que ainda não saíram dos planos e dos papéis, segurança total, seriedade aos compromissos a todos os estados da Federação, o respeito aos idosos, sanar o desemprego, que teve alta recente, e vai por ai afora. Não posso, em sã consciência, como brasileiro, aceitar essas "benesses" com as nossas economias - fruto de trabalho de toda uma
Nação que se engalfinha, ainda, aos mais sérios problemas políticos e sociais. Onde cabem as verdadeiras reformas política e fiscal? Quantos meses precisamos trabalhar para cumprir nossas obrigações fiscais? O dinheiro está sobrando? Faça-se a verdadeira integração social - atenda-se,a priori, a quem de direito e necessidade prementes. Não, meu caro, não posso aceitar tal sacrifício ao nosso povo e a cada um de per sí. Se nós não tivéssemos condições da saldar nossos compromissos a uma dívida impagável, teriam eles compaixão? Teriam a misericordiosa postura de nos socorrer, assim de pronto, sem questionar a possibilidade de cumprirmos o compromisso ao credor? Foi devido aos caminhos tortuosos que tomou o senhor Lula que eu pulei fora desse "trem"; eu e meus familiares. Abraços do seu assíduo leitor.

COMENTÁRIO POSTADO BLOG ALTAMIRO BORGES

11 de Setembro de 2009 16:41

COMENTÁRIO POSTADO NO BLOG ALTAMIRO BORGES

Li com a atenção, que me é própria, o seu comentário neste seu espaço sobre a "brilhante" idéia sugerida pelo "irreverente" senhor Sergio Amadeu - professor da Faculdade Casper Líbero - de se iniciar campanha para a privatização da revista Veja da Editora Abril. Ora, "irreverente" significa: desatencioso, incível, irreverencioso, desrespeitoso, etc.. Como pode alguém com essas qualidades ter "brilhante idéia" a uma causa sem fundamento? Pelo que me consta, a Editora em pauta é de iniciativa privada. Como, pois, privatizar o que não pertence ao Estado? Diz mais o seu comentário: "A revista semanal é a preferida das elites colonizadoras". Vejo essa revista em residências modestas de famílias totalmente avessas às questões da política. Continuando em seu diapasão: "Vem surrupiando os cofres públicos e ao mesmo tempo prega a redução do papel do Estado. Se não fossem os subsídios e a publicidade oficial, as revistas da Abril iriam à falência." São os diretores da Abril que assaltam os cofres públicos, mercê suas próprias iniciativas, ou é o próprio governo que generosamente lhes oferece sua propaganda por intermédio de seus escritórios especializados? R$ 719.630.139,55 ao Departamento Editorial Abril para compra de livros didáticos, nos informa o senhor. A Abril colocou a faca ao peito do governo para receber encomenda de tal porte? Exigiu para sí essa missão? Continua o senhor, ainda: "Chega de sugar os cofres públicos." Interessante que não se vê nem um só cidadão, ou blogs, ou sites exigirem que o próprio governo Lula - como outros, iguais aos famigerados Collor e Fernando Henrique - se abstenha de "sugar" os cofres da Previdência com outro fim que não seja de caráter puramente a favor dos aposentados. Os DO de 23/10/2007 a 16/06/2009 registram o momentante de R$ 21.771.411,00 de verbas cedidas ao Grupo Abril, e mais R$ 12.963.060,72 em 10 do corrente mês. Total: R$ 44.734.471,72! Para dar publicidade a quê? Ao Pac emPACado? À "Luz para Todos?" Ao "Primeiro Emprêgo?" À "Estruturação à Saúde?". Em meu blog "blogdomorani@gmail.com" postei nesta data comentário sobre o PIG, e solicito esclarecimentos a outras dúvidas. É possível não existir no Brasil hebdomadário que postule defender o atual governo? Um jornal, que seja, de norte a sul, que se ombreie a esse mesmo governo? Um canal de TV? E que a população, quase que inteira, do país seja formada por direitistas com sonhos de "Mil e Uma Noites" em aplicar um golpe? O que faz o senhor Lula a não ser dar continuidade aos mesmos principios neoliberais dos outros dois "irreverentes" governos passados? Digo isto com muita tranquilidade. Já fui lulista; alimentei sonhos de mudanças radicais com ele à direção dos destinos desta Pátria. Nada mudou, senhor Altamiro; para não ser injusto a ele, mudou sim: para pior! Alimenta a sua aversão aos idosos aposentados, esquecendo a sua origem humilde; concede verbas elevadíssimas a empresários africanos; financia metrôs aos alienígenas e até mesmo o famigerado e odioso FMI, ao qual ele "exigia", do último governo tucano, auditoria para estabelecer a real dívida do Brasil. Postarei esse comentário em meu blogue, para preservá-lo em meus arquivos. Mui cordialmente e grato por hospedar este comentário em seu espaço.
24 de Setembro de 2009 16:47

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

ESCLARECIMENTOS NECESSÁRIOS

24/09/09

Tenho usado o meu blog mais para abrigar posts dos meus amigos - o que faço com muito gosto - que propriamente postar os meus comentários. Os que aqui coloquei, de minha iniciativa, foram os mais íntimos, os que marcaram a minha vida de modo pugente, ou as relembranças de dias alvissareiros. Urge, agora, que eu peça, aos muitos comentaristas amadores como eu, esclareçam um ponto crucial nesse universo de blogues: tenho lido muitos deles ultimamente nos blogues do meu amigo Hudson,de Marcia e do Eduardo,de São Paulo, que passa por momentos delicados com o estado de saúde de sua filhinha Victória. Ele fez uma pausa merecida e mais que necessária em suas lides de blogueiro e de cidadão que usa a sua cidadania para emitir opiniões sobre tudo o que gire em torno deste país chamado Brasil.
Ora, bem, admito e acato todas as confessáveis tendências simpáticas ao atual governo do senhor Lula. É de direito e indisfarçável crença que tendam a aplaudir as medidas tomadas pelo referido governante. Isto posto, e esclarecido com toda a minha sinceridade, enveredemos agora àqueles esclarecimentos que se fazem necessários.
Uma coisa não entendi ainda, por mais me esforce a tanto. Pelo que ainda me é dado compreender com lucidez, mediante perorações dos muitos comentaristas que se apensam àqueles blogues lúcidos, nesta nação brasileira só há uma imprensa, de caráter "golpista",entretanto, e por isso apelidada pejorativamente de PIG.
Tudo, então, me leva a crer que o governo do senhor Lula não tem um só meio de comunicação que lhe faça justiça. Quero apenas entender, não polemizar. Onde vai o seu governo buscar os canais para os seus comunicados publicitários? Nos meios chamados PIG: Rede Globo, Bandeirantes, Record, jornalões como o Estado de São Paulo, O Globo e em muitas rádios e em outros canais. Onde o seu governo gasta os milhões em publicidade? Por que permite sejam cobertos os seus discursos e as suas medidas por esses que se congregam na Tenda PIG? Não, não é possível que toda uma imprensa esteja contrária aos seus atos. Não há um só canal, desses tantos, que acreditem em sua boa vontade de governar para o povo, com o povo e pelo povo?
Que creditem a ele o sucesso completo às suas intervenções como mandatário principal desse gigante que tentam despertar e fazer deslanchar de vez?
Seria crível se, fazendo um governo equilibrado e justo, igualitário a toda camada social, sem retaliações, mandando que se cumpra todos os direitos devidos à população, não tenha ele uma só página, uma só imagem, um único som, que não vá apoiá-lo incondicionalmente. Não! Só existe o PIG. Eu já disse em um comentário postado no blogue do senhor Eduardo: "quanto mais lenha se atira à caldeira de uma locomotiva, mais potência terá ela para avançar, sem obstáculos". É necessário se busque o equilibrio e o consenso total - imparcial e irreprímivel - para se colocar as rodas aos eixos. E que ele, o presidente Lula, reconheça que também é falível como quaisquer outros seres humanos; que nem sempre são perfeitas suas medidas; que se delonga a tomar àquelas que realmente mudem, uma vez para sempre, o perfil de toda uma nação que nada mais é que o povo, que representa em sua totalidade uma pátria chamada Brasil. O povo brasileiro não é meramente um índice estatístico, um numero a mais ou a menos na economia geral. Ele existe, é material, é atuante e impulsiona essa pátria amada aos píncaros da Glória a que tem direito. O povo não é apenas um clicar de tecla na máquina de votar; um peso negativo que vá se transformar em obstáculo aos caminhos da democracia e ao estado de direito. O povo é gente, respira, sofre, sorrí ou chora, aplaude ou apedreja, levanta e sepulta os que se lhes tornam seus algozes. Por mais que digam o contrário - virá do PIG a assertiva benéfica? -, esse nosso povo sofre já há quinhentos anos. Há, no cancioneiro nacional uma música muito antiga, que diz: "O pobre povo brasileiro, não tem, não tem mesmo dinheiro, o ouro veio do estrangeiro, mas o que é do povo brasileiro?" E continua a mesma e vergonhosa situação. Coloquem-se os olhares paternos primordialmente às questões internas e nunca, prioritariamente, aos problemas da África ou aos de nações no nosso Continente. Não se dilapide nossas riquezas e nossas economias elevadas mercê a um processo de pesados encargos, e ao suor do trabalho hodierno desse povo. Chega de benesses alienígenas e de apelidar nossa imprensa de golpista. Busque fazer o correto e terá o senhor Lula, ou qualquer outro governante, a imprensa ao seu lado, ombro a ombro a caminhar num mesmo é único rumo.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

TEGUCIGALPA E O ITAMARATY

Terça-feira, 22 de Setembro de 2009

A direita tupiniquim está esbravejando perante o acinte, segundo eles, perpetrado pelo Itamaraty ao abrir as portas para o presidente constitucionalmente eleito de Honduras. Alguns vêem na atitude algo mais que um mero ato isolado, afinal de contas Lula discursará na abertura da Assembléia da ONU nesta quarta-feira, 23 de setembro. E o refugio, asilo, ou abrigo dado a Manuel Zelaya fortalece o Brasil no cenário mundial, ou na pior das hipóteses no continente latino-americano.

É chover no molhado dizer que Zelaya trata-se do governo constitucional de Honduras, no entanto nossa mídia emporcalhada e mazombeira já decretou que, embora seja legítimo o governo brasileiro condenar o golpe de estado perpetrado pela direita hondurenha, se intrometer em assuntos internos e dar abrigo ao presidente deposto é atitude inapropriada e que não condiz com nossa tradição diplomática.

Na verdade temos uma mídia canhestra e tucana. Canhestra por ser tão desajeitada, afinal se posicionou contra o golpe, mas cobra do Estado brasileiro que não tome partido. E tucana, porque tal qual os tucanos nos anos 80 e inicio dos 90 fugir de tomar posições mais duras. Bom mesmo é ficar em cima do muro e vestir a camisa do lado vencedor.

Vale lembrar que toda a comunidade internacional, até mesmo os EEUU – ainda que de maneira tíbia e dúbia, porém oficialmente – condenou o golpe de estado liderado pela caserna golpista e apoiada efusivamente pele elite local. Então o Brasil agiu de modo correto e em sintonia com a comunidade internacional, a Unasul, a OEA e a ONU e qualquer agressão que nossa embaixada venha a sofrer poderá ser motivo de represália por parte do Conselho de Segurança da ONU. E aqui cabe um adendo, nem os regimes mais ditatoriais, tirânicos e perversos do século passado ousaram macular embaixadas. Portanto, na realidade, não é de se esperar que o governo de “facto”, encabeçado pelo usurpador Roberto Micheletti caia na tentação de cometer tamanho achaque.

Desde o anátema de Zelaya, em 28 de julho, que os golpistas vêm levando a crise em “banho Maria”, como se diz cá nas Minas. Fazia parte da estratégia não aceitar o retorno de Zelaya e ao mesmo tempo manter o calendário eleitoral, que por sua vez prevê eleições para presidente em 29 de novembro próximo. Com Zelaya deposto, longe do país e a margem do processo, e com um novo presidente eleito por sufrágio universal, defensores do antigo mandatário, mundo afora, estariam numa situação no mínimo incômoda, pois o golpe continuaria vivo, mas deixaria a comunidade internacional entre resignada e constrangida diante do futuro governo, aparentemente legítimo. Agora com o retorno de Zelaya ao local da ação, a pressão internacional é reacendida, as manifestações pró governo constitucional voltam às ruas e ninguém sabe ainda ao certo como se dará o desfecho da crise desencadeada pela direita retrógrada e anti-democrática.

O que mais preocupa no momento é a postura dos golpistas frente o retorno de Zelaya, o presidente legitimo e único, e a população, principalmente na capital Tegucigalpa, francamente a favor do governo deposto.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas às 21:09

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O JEJUM DO MÊS DE RAMADAN

Segunda-feira, 21 de Setembro de 2009

Por Nizar El-Khatib

No jejum do Ramadan (9º mês lunar), que iniciou-se em 22/agosto e terminou neste domingo com a comemoração de “Al Id”, mais de 1 bilhão de muçulmanos em todo o mundo abstiveram-se de beber água e comer, do alvorecer ao pôr-do-sol.

O Al Id é o dia em que as pessoas desejam felicitações umas às outras, geralmente durante as festas que são preparadas nas mesquitas quando do término do jejum. Sentimos uma alegria incomum após jejuarmos durante um mês inteiro.

A abstenção de alimentos nos faz refletir de maneira mais intensa sobre a nossa espiritualidade e a nossa atitude diante do mundo material e do consumo.

A sensação de fome nos coloca no lugar de nossos semelhantes que lutam com muita dificuldade pela sobrevivência, nos levando a refletir sobre a dor de tantas crianças famintas e o desespero de tantas mães para alimentarem seus filhos. O jejum nos leva a meditar e nos ensina a humildade. Durante este período desejamos paz, saúde e prosperidade para todas as pessoas e mentalizamos um mundo melhor, mais justo, com pessoas dignas e respeitadas, independentemente de religião, cor ou nacionalidade.

A privação de alimentos por vontade própria também nos leva a perceber nosso sistema digestivo como um importante centro de saúde ou enfermidade, e o alimento seu melhor remédio. É um processo de aprendizagem tanto sobre o nosso corpo quanto sobre os alimentos que ingerimos.

O jejum cultiva no homem, uma consciência vigilante e sã, um sentido criador de esperança e uma atitude otimista perante a realidade.
Cria no homem o verdadeiro espírito de dedicação social, de unidade, fraternidade e de igualdade perante a Deus e perante as Leis.
O jejum cria o sentimento de misericórdia e nos acostuma à disciplina, à generosidade e à paciência nas dificuldades.

O Islamismo, com a Instituição do jejum de Ramadan, traz à humanidade um benefício incomparável, transformando as pessoas em bondade, compreensão e amor.

Kúl ám u antúm bikheir (Felicidades em árabe)

Um forte abraço a todos e Feliz AL ID !

Nizar El-Khatib, representante da comunidade árabe e companheiro de lutas populares aqui em Poços de Caldas.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas às 19:12

sábado, 19 de setembro de 2009

O PERFIL DE UM GRANDE HOMEM

Através dos posts do blog de Eduardo Guimarães, vimos acompanhando todo o drama dessa família que tem se mostrado mais forte que a própria fortaleza. Conhece-se um homem - aqui generalizo - por suas atitudes e palavras de uma grandeza espiritual que dispensaria as muitas mensagens de solidariedade e de preces pela recuperação de sua filha Vitória, criança ainda, à flor da vida. Ambos, pai e mãe, mais perto do drama íntimo de sua pequena muito amada, que luta por seu restabelecimento numa UTI, têm a têmpera dos fortes e dos vencedores. Se o DNA de ambos vale aqui e agora, a pequena flor de suas vidas conseguirá, apesar das aparências de finais de dias que nos dá uma UTI, emergir ao seu estado, como emerge de um lago a beleza impar dos nenúfares, para apaziguar dois corações, e outro, mais distante, o de sua irmã estudante em país longínquo: Austrália.
Mas, conhecendo o espírito elevado dos seres humanos, diante de tal drama familiar, só poderia mesmo esperar os muitos protestos de solidariedade revestidos de mensagens altaneiras e de preces a favor da família Guimarães e muito principalmente a favor da pequena Vitória. Juntei os meus aos dos muitos amigos, deles desconhecidos que, numa espécie de cruzada cristã, elevam seus pensamentos ao Alto, à Tenda de Deus, que acolhe essas preces sinceras. Dele há de vir a resposta, porém reconheço que ela já está concluida na união das atitudes de todos os "irmãos" dessa familia estupenda que sabe viver o "a cada dia, as suas horas", quiçá enfrentando com serenidade e confiança desmedida [como tem que ser] o desenrolar dos minutos dessa formidável batalha pela sobrevivência da pequena, mas valente Vitória.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

ABANDONO ESCOLAR

Quinta-feira, 17 de Setembro de 2009

Por Yuri de Almeida Gonçalves

Em pronunciamento no Senado nesse dia 17 de setembro, o senador Cristovam Buarque revelou que no Brasil acontecem 60 (sessenta) abandonos por minuto na escola pública. Apesar de mais desenvolvido, o sul de Minas contribui para esse alarmante dado.


A questão é que as autoridades políticas continuam pensando que educação se resume em escolas. Isso é ignorância que culmina na responsabilização de professores pela problemática.


O professor é apenas uma peça no processo educacional. No Brasil de hoje falta sim a esse profissional uma melhor didática e entendimento sobre como lidar com comportamentos diferenciados, manifesto na adolescência desde sempre. Se lembrarmos de nós no ensino fundamental e médio também tivemos nossas travessuras. A problemática não são as travessuras de crianças e adolescentes, mas acarretam-se vários fatores em detrimento da educação, chegando ao ponto de manifestar com mais freqüência um maior grau de violência, falta de aprendizagem, falta de interesse e até abandono.


Os obstáculos são muitos, como o problema social, baixa auto-estima devido a falta de perspectiva dos jovens, família desestruturada, falta de limite e impunidade da própria sociedade e em termos psicológicos, problemas afetivos, ou seja, o adolescente em sua formação não tem afeto em casa, não tem na rua, não tem exemplo na TV, não tem na escola e assim por diante.


As autoridades em educação precisam cercar o problema na raiz para resolver esse número alto de abandono e de analfabetos que saem da educação básica. Para isso, as unidades escolares precisam de mais profissionais além do diretor, supervisor, professores, secretários, bibliotecários, funcionários em geral, como o assistente social. Muitas unidades precisam desse profissional para fazer uma triagem individual primeva sobre o que acarreta o desinteresse no ensino. Em muitos casos o assistente apontará que o problema deve ser encaminhado ao Ministério Público, pois há bons casos de abandono por maus-tratos até físico em casa, o que foge da autoridade da unidade escolar.


Outro profissional que se faz necessário é o psicólogo, pois se os adultos com sua maturidade mal conseguem entender as desfunções de seu ser, imagina um adolescente em plena mudança hormonal e de mentalidade.

Poderíamos citar ainda o psicopedagogo para auxiliar crianças e adolescentes com dificuldade em aprendizagem. E vou mais longe, até neurologista deve socorrer alguns casos cujo problema comportamental ou de aprendizagem podem estar ligados a problemas orgânicos, necessitando de acompanhamento médico, como por exemplo o TDAH que é um transtorno neurobiológico, o transtorno bipolar, esquizofrenia e muitos outros casos.


Educação não é algo simples que se resolve com quadro, giz e didática apenas, o problema é mais sério e se o Brasil não acordar para isso teremos uma sociedade mais desigual, violenta e corrupta no futuro breve.


“A falta de cultura é o grande problema de nosso povo. Eu pago primeiro ao professor e só depois ao general.” (Pancho Villa)


Yuri de Almeida Gonçalves é bacharel em teologia, licenciado em História e especialista em História e Construção Social no Brasil radicado em Poços de Caldas. O seu e-mail é yuridemetal@yahoo.com.br
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas às 17:50

O STF E OLGA BENÁRIO

Terça-feira, 15 de Setembro de 2009

Por Rui Martins no sítio “Direto da Redação”

www.diretodaredacao.com

Berna (Suiça) - A história é feita de heróis mas também de covardes e vendidos, aos atos de coragem se contrapõem os de traições. Vitórias são sufocadas por derrotas, longas que parecem eternas, e a luz do sol desaparece nas cavernas das prisões dos fascistas de todos os tempos.


Chegamos na encruzilhada, temida mas que parecia impossível de tão absurda, porque além de driblar a lei é também um ato de submissão a um governo estrangeiro, ressurreição e cópia conforme de um momento de trevas na história recente da humanidade.


Olga Benário Prestes, a jovem alemã presa grávida na antiga prisão da Frei Caneca, no Rio, era judia e comunista. Seu feto tinha sido gerado por Luiz Carlos Prestes, o Cavaleiro de uma Esperança que não chegou a concretizar. E a justiça brasileira, na sua Corte Suprema, o STF, rejeitou o que poderia ter impedido o crime hediondo mas legal – o de se deportar para a Alemanha nazista, uma judia com destino certo à morte num campo de concentração, tendo no seu ventre uma menina brasileira, nascida no campo da morte de Ravenscbruck, órfã de mãe já nos seus primeiros meses e que só veria o pai ao ter dez anos.


Esse hediondo crime legal, que ainda hoje envergonha nosso país e desqualifica nosso sistema judiciário, foi cometido dentro dos preceitos, prazos e exigência da lei, com arrazoados, falas e decisões assinadas por togados juízes da nossa mais alta magistratura – o Supremo Tribunal Federal. Mas os nomes da vergonha, daqueles que se sujeitaram aos desejos do Estado Novo e de seu capanga, chefe do Doi-Codi da época, Felinto Muller, se perpetuam e podem ser lidos, pelos amantes do Direito como os autores da pena de morte, decisão tomada por pusilânimes ou covardes.


Diz a Bíblia, que a justiça divina se aplica no decorrer de mil gerações. Amen, que assim seja. O relator do processo que negou habeas-corpus a Olga Benário foi o ministro Bento de Faria, o presidente do STF, Edmundo Lins, e os ministros Hermenegildo de Barros, Plínio Casado, Laudo de Camargo, Costa Manso, Otávio Kelly e Ataulfo de Paiva.


Coincidência ou ajuste de contas divino, Felinto Muller, o delegado Fleury daqueles anos, morreu carbonizado no único acidente internacional da Varig, alguns quilômetros antes de pousar no aeroporto de Orly.


A lei brasileira garantia que uma mulher em estado de gravidez avançado não poderia mais ser extraditada e que, depois de nascido o filho ou filha, já não poderia mais ser expulsa e extraditada. Mas, como dizia o ditador da época, “a lei, ora a lei”(expressão que se tornou antológica, repetida e observada mesmo por togados do STF), e logo surgiram juristas para justificar o desconhecimento da lei, como Clóvis Beviláqua, mesmo se a medida “visando a expulsanda, fosse atingir o nascituro”.


Triste episódio, triste lembrança, triste história do nosso Direito que poderá conhecer um remake, porque a honra, a coragem e a humanidade não são transmissíveis como os genes, mas se constroem no decurso da vida.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas às 22:07 0 comentários Links para esta postagem

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O DISCURSO MONOCÓRDIO

Quinta-feira, 10 de Setembro de 2009

Parece piada, mas não é.

O Jornal Nacional da Rede Globo está completando 40 anos com uma série de reportagens sobre si próprio.

Nessa quinta-feira, 10 de setembro, foi ao ar um resumo sobre a história política do Brasil nas últimas quatro décadas. Obviamente esse resumo foi feito de acordo a visão do JN.

Após passar pelo período da ditadura militar, pela eleição indireta de Tancredo Neves, pela redemocratização do país, pela promulgação da Constituição de 1988, eleição e impeachment de Collor, governo Itamar Franco e primeiro governo FFHH, o JN deu ênfase ao primeiro pronunciamento de FFHH reeleito, onde o “mestre” de todos os tucanos afirmou peremptoriamente, e coube a Willian Bonner reafirmar, que reduziria os “gastos do governo”.

O JN não disse, e nem precisava, mas essa era a receita dos tucanos no intuito de combater a crise econômica, originada na Rússia, que se abatera sobre nós.

Nada mais simbólico pra um governo que ficou marcado pela ineficiência, pelo sucateamento do Estado e pelo entreguismo exasperado, do que simplesmente cortar – ainda mais!!! – gastos públicos. Além do monocórdio discurso do Estado mínimo, essa é única receita aviada pelos tucanos.

Serra ou Aécio podem, inclusive, mostrar ao Brasil como o governo deles – afinal Serra era ministro da Saúde e Aécio um dos principais deputados do bloco governista – enfrentou a crise de 1998-99 e comparar às medidas tomadas por Lula dez anos depois.

O povo brasileiro agradeceria tal exercício de reflexão.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas às 21:54

PRIVATIZAR A REVISTA 'VEJA"

Pela imediata privatização da revista Veja
Por Altamiro Borges em seu blog

http://altamiroborges.blogspot.com/

Numa conversa descontraída no aeroporto de Brasília, o irreverente Sérgio Amadeu, professor da Faculdade Cásper Libero e uma das maiores autoridades brasileiras em internet, deu uma idéia brilhante. Propôs o início imediato de uma campanha nacional pela privatização da Veja. Afinal, a poderosa Editora Abril, que publica a revista semanal preferida das elites colonizadas, sempre pregou a redução do papel do Estado, mas vive surrupiando os cofres públicos. “Se não fossem os subsídios e a publicidade oficial, as revistas da Abril iriam à falência”, prognosticou Serginho.

As “generosidades” do governo Lula

Pesquisas recentes confirmam a sua tese. Carlos Lopes, editor do jornal Hora do Povo, descobriu no Portal da Transparência que “nos últimos cinco anos, o Ministério da Educação repassou ao grupo Abril a quantia de R$ 719.630.139,55 para compra de livros didáticos. Foi o maior repasse de recursos públicos destinados a livros didáticos dentre todos os grupos editoriais do país... Nenhum outro recebeu, nesse período, tanto dinheiro do MEC. Desde 2004, o grupo da Veja ficou com mais de um quinto dos recursos (22,45%) do MEC para compra de livros didáticos”.

Indignado, Carlos Lopes criticou. “O MEC, infelizmente, está adotando uma política de fornecer dinheiro público para que o Civita sustente seu panfleto – a revista Veja”. Realmente, é um baita absurdo que o governo Lula ajude a “alimentar cobras”, financiando o Grupo Abril com compras milionárias de publicações questionáveis, isenção fiscal em papel e publicidade oficial. Não há o que justifique tamanha bondade com inimigos tão ferrenhos da democracia e da ética jornalística. Ou é muita ingenuidade, ou muito pragmatismo, ou muita tibieza. Ou as três “virtudes” juntas.

A relação promiscua com os tucanos

Já da parte de governos demos-tucanos, o apoio à famíglia Civita é perfeitamente compreensível. Afinal, a Editora Abril é hoje o principal quartel-general da oposição golpista no país e a revista Veja é o mais atuante e corrosivo partido da direita brasileira. Não é de se estranhar suas relações promiscuas com o presidenciável José Serra e outros expoentes do PSDB-DEM. Recentemente, o Ministério Público Estadual acolheu representação do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) e abriu o inquérito civil número 249 para apurar irregularidades no contrato firmado entre o governo paulista e a Editora Abril na compra de 220 mil assinaturas da revista Nova Escola.

A compra de 220 mil assinaturas representa quase 25% da tiragem total da revista Nova Escola e injetou R$ 3,7 milhões aos cofres do “barão da mídia” Victor Civita. Mas este não é o único caso de privilégio ao grupo direitista. José Serra também apresentou proposta curricular que obriga a inclusão no ensino médio de aulas baseadas nas edições encalhadas do “Guia do Estudante”, outra publicação da Abril. Como observa do deputado Ivan Valente, “cada vez mais, a editora ocupa espaço nas escolas de São Paulo. Isso totaliza, hoje, cerca de R$ 10 milhões de recursos públicos destinados a esta instituição privada, considerado apenas o segundo semestre de 2008”.

O mensalão da mídia golpista

Segundo o blog NaMariaNews, que monitora a deterioração da educação em São Paulo, o rombo nos cofres públicos pode ser ainda maior. Numa minuciosa pesquisa aos editais publicados no Diário Oficial, o blog descobriu o que parece ser um autêntico “mensalão” pago pelo tucanato ao Grupo Abril e a outras editoras, como Globo e Folha. Os dados são impressionantes e reforçam a sugestão de Sérgio Amadeu da deflagração imediata da campanha pela “privatização” da revista Veja. Chega de sugar os cofres públicos! Reproduzo abaixo algumas mamatas do Grupo Civita:


- DO de 23 de outubro de 2007. Fundação Victor Civita. Assinatura da revista Nova Escola, destinada às escolas da rede estadual de ensino.
Prazo: 300 dias. Valor: R$ 408.600,00. Data da assinatura: 27/09/2007. No seu despacho, a diretora de projetos especial da secretaria declara “inexigível licitação, pois se trata de renovação de 18.160 assinaturas da revista Nova Escola.

- DO de 29 de março de 2008. Editora Abril. Aquisição de 6.000 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 365 dias. Valor: R$ 2.142.000,00. Data da assinatura: 14/03/2008.

- DO de 23 de abril de 2008. Editora Abril. Aquisição de 415.000 exemplares do Guia do Estudante. Prazo: 30 dias. Valor: R$ 2.437.918,00. Data da assinatura: 15/04/2008.

- DO de 12 de agosto de 2008. Editora Abril. Aquisição de 5.155 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 365 dias. Valor: R$ 1.840.335,00. Data da assinatura: 23/07/2008.

- DO de 22 de outubro de 2008. Editora Abril. Impressão, manuseio e acabamento de 2 edições do Guia do Estudante. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 4.363.425,00. Data da assinatura: 08/09/2008.

- DO de 25 de outubro de 2008. Fundação Victor Civita. Aquisição de 220.000 assinaturas da revista Nova Escola. Prazo: 300 dias. Valor: R$ 3.740.000,00. Data da assinatura: 01/10/2008.

- DO de 11 de fevereiro de 2009. Editora Abril. Aquisição de 430.000 exemplares do Guia do Estudante. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 2.498.838,00. Data da assinatura: 05/02/2009.

- DO de 17 de abril de 2009. Editora Abril. Aquisição de 25.702 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 608 dias. Valor: R$ 12.963.060,72. Data da assinatura: 09/04/2009.

- DO de 20 de maio de 2009. Editora Abril. Aquisição de 5.449 assinaturas da revista Veja. Prazo: 364 dias. Valor: R$ 1.167.175,80. Data da assinatura: 18/05/2009.

- DO de 16 de junho de 2009. Editora Abril. Aquisição de 540.000 exemplares do Guia do Estudante e de 25.000 exemplares da publicação Atualidades – Revista do Professor. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 3.143.120,00. Data da assinatura: 10/06/2009.

Para não parecer perseguição à asquerosa revista Veja, cito alguns dados do blog sobre a compra de outras publicações. O Diário Oficial de 12 de maio passado informa que o governo José Serra comprou 5.449 assinaturas do jornal Folha de S.Paulo, que desde a “ditabranda” viu desabar sua credibilidade e perdeu assinantes. Valor da generosidade tucana: R$ 2.704.883,60. Já o DO de 15 de maio publica a compra de 5.449 assinaturas do jornalão oligárquico O Estado de S.Paulo por R$ 2.691.806,00. E o de 21 de maio informa a aquisição de 5.449 assinaturas da revista Época, da Globo, por R$ 1.190.061,60. Depois estes veículos criticam o “mensalão” no parlamento.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas às 16:11 0 comentários
Quarta-feira, 2 de Setembro de 2009

REUNIÃO DE FAMÍLIA




Numa bela noite de outubro de 1999 - para ser mais preciso dia 31 -, recebemos em nossa casa pessoas queridas para relembrar situações e momentos alegres de nossas vidas. Foi uma noite digna a ser relembrada, para sempre. Naquele momento, éramos arquivos vivos a puxar à memória as melhores fases dos nossos passados. À extrema esquerda Luiz, juiz em Recife - um amigo; ao seu lado, minha sobrinha Cecília - Sissi -; ao lado de Sissi, de blusa branca de manga comprida, minha amada e saudosa filha Aninha - carinhosamente chamada Noquinha ou Aninha -; de pé, por trás da poltrona, Jairo, marido de Sissi e eu, à extrema direita com ambas as mãos sobre o braço esquerdo de minha filha. Ao fundo, duas telas por mim pintadas. Uma "Natureza Morta com vasos" e "Jovem de sombrinha sob caramanchão".
Depois da foto, nos esperava à mesa pastéis, linguiças, cervejas e outras iguarias saborosas que D.Léia, minha esposa, preparara. Demoramo-nos até altas horas, envolvidos por uma atmosfera de alegria contagiante por muitos hilários momentos relembrados. Foi o tipo da reunião que leva tempo a se repetir, por isso aproveitamos bastante aquelas horas que gostariamos ver prolongadas. E se outra reunião familiar de novo acontecer, não poderei ter a felicidade de chamar minha filha nem Luiz, o juiz, que retornou a Recife e não soubemos mais sobre ele. Sissi e Jairo poderão repetir a presença. Outros elementos da família como minha esposa Léia, minha filha primogênita, Alice, a caçula Nelma e os filhos, Marina e Guilherme, apareceram em outras fotos. Mas nesta, aqui exposta neste post, posso recordar essa amada filha - que adorava momentos como aquele - em um instante de descontração e que não mais se reunirá a nós em outro evento igual. Valeu sua presença, filha. Obrigado, mais uma vez.
Você se alou para Deus, mas não nos deixou. Sua lembrança imarcescível estará, pelo que resta de nossas vidas, a nos acompanhar, sempre, como nossas sombras. Que você esteja em paz no Seio do Senhor.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

UMA PASSAGEM À DOÇURA DA PAZ



Qual ser humano não gostaria de encontrar pelos caminhos de sua vida uma passagem pejada por sombras acolhedoras como essa que aparece na imagem acima? Ela nos convida a pisar em seu chão, a nos deliciarmos sob as suas sombras e a sorver a atmosfera de paz e de silêncio que ali existe.
Os caminhos do homem são ásperos. O mundo não pode oferecer mais nada a não ser violência aos olhos espantados dos seres humanos, que trânsidos de medo não vêem saída para se livrar das armadilhas diárias. As fantásticas paisagens da vida de cada qual são dignas de um filme de terror. Debatemo-nos contra esses fundos de vida, debalde, porém. Nossos olhares se esgotam diante dos tétricos eventos que se multiplicam em escalas cada vez menos humanizadas, como se não nos bastassem os acontecimentos que sóem suceder nas existências, sem termo. Se tudo são tristeza, dor, distanciamento e saudade devemos à cegueira que nós mesmos buscamos com nossos próprios pés. Encontrar o Portal que nos leve àquela paragem sossegada onde as proprias cores são bálsamos, é dever de todos, mas só o encontraremos se nos desvencilharmos dos mais baixos sentimentos que nos assaltam e se homiziam em nossas almas imortais. Como? Efetuando uma "faxina" geral em nosso subconsciente - a caixa-forte de todos os nossos sentimentos - e iluminando os seus escaninhos mofados abrindo as janelas para o verdadeiro Sol de nossas existências pequenas: DEUS.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

JORNALISMO IMPARCIAL

Terça-feira, 1 de Setembro de 2009

O “Jornal da Globo” de ontem deu uma aula de jornalismo imparcial, independente e isento.

No dia em que o governo federal anunciou o projeto para um novo marco regulatório para o petróleo, levando em conta a dimensão das recentes descobertas do Campo de Tupi, a Rede Globo se superou. É bom lembrar que as Organizações Globo, na década de 1950, fizeram oposição ferrenha a campanha “O Petróleo É Nosso”. O telejornal iniciou com a tradicional cara de consternação de Wiliam Waack, esboçando da forma mais simplória o possível que, pelas novas regras apresentadas pelo governo, a Petrobras ganhou mais do que já tinha e o “governo” – em nenhum momento falou-se em “Estado” – ficará com a maior parte da receita gerada pela extração do Pré-Sal.

Depois, como a Rede Globo prima pelo imparcialismo e isenção, mostrou uma entrevista com o governador José Serra. O provável candidato tucano à sucessão de Lula, afirmou peremptoriamente discordar do modo como o governo conduziu a discussão sobre o tema e que discorda do projeto em si. Todavia se furtou de apresentar a alternativa que acha melhor.

A amostra de jornalismo imparcial, independente e isento continuou com o governador fluminense Sergio Cabral. Este afirmou que o governo federal foi obrigado a rever posições – leia-se alteração na ignominiosa regra dos royalties – antes de apresentar o projeto.

Voltando ao estúdio, William Waack, apresentou Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura. O empresário, que também tem um blog hospedado no G1, declarou que a política de petróleo e gás no Brasil pode sofrer um retrocesso, afugentar investimentos estrangeiros, dar megapoderes a Petrobras e ao Estado e reestatizar um setor que já havia se livrado do danoso jugo estatal. O especialista em infra estrutura usou discurso meramente político, uma vez que se absteve de apresentar qualquer dado técnico.

Waack se despediu do Diretor do CBI e convocou de Brasília Heraldo Pereira com a seguinte frase, “é Heraldo o governo pediu ao Congresso que vote o projeto em 90 dias, quanta pressa! É 2010 chegando?”

Pereira emendou “é isso mesmo”. E a seguir foi à vez do quadro Pinga-Fogo onde os entrevistados da noite foram os senadores pela José Agripino Maia (DEMO – RN) e o desgastado Aluízio Mercadante(PT-SP). Agripino atacou, como sempre, o governo, afinal ele teve 14 meses para elaborar uma proposta de exploração do Pré-Sal e agora quer que o Congresso examine e aprove a proposta em apenas 90 dias. Já as falas de Mercadante pareciam desencontradas e chegou a dizer que o prazo de 90 dias poderá ser prorrogado.

Assim se faz um jornalismo isento imparcial, sério e independente.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas às 10:38