DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


quarta-feira, 23 de setembro de 2009

TEGUCIGALPA E O ITAMARATY

Terça-feira, 22 de Setembro de 2009

A direita tupiniquim está esbravejando perante o acinte, segundo eles, perpetrado pelo Itamaraty ao abrir as portas para o presidente constitucionalmente eleito de Honduras. Alguns vêem na atitude algo mais que um mero ato isolado, afinal de contas Lula discursará na abertura da Assembléia da ONU nesta quarta-feira, 23 de setembro. E o refugio, asilo, ou abrigo dado a Manuel Zelaya fortalece o Brasil no cenário mundial, ou na pior das hipóteses no continente latino-americano.

É chover no molhado dizer que Zelaya trata-se do governo constitucional de Honduras, no entanto nossa mídia emporcalhada e mazombeira já decretou que, embora seja legítimo o governo brasileiro condenar o golpe de estado perpetrado pela direita hondurenha, se intrometer em assuntos internos e dar abrigo ao presidente deposto é atitude inapropriada e que não condiz com nossa tradição diplomática.

Na verdade temos uma mídia canhestra e tucana. Canhestra por ser tão desajeitada, afinal se posicionou contra o golpe, mas cobra do Estado brasileiro que não tome partido. E tucana, porque tal qual os tucanos nos anos 80 e inicio dos 90 fugir de tomar posições mais duras. Bom mesmo é ficar em cima do muro e vestir a camisa do lado vencedor.

Vale lembrar que toda a comunidade internacional, até mesmo os EEUU – ainda que de maneira tíbia e dúbia, porém oficialmente – condenou o golpe de estado liderado pela caserna golpista e apoiada efusivamente pele elite local. Então o Brasil agiu de modo correto e em sintonia com a comunidade internacional, a Unasul, a OEA e a ONU e qualquer agressão que nossa embaixada venha a sofrer poderá ser motivo de represália por parte do Conselho de Segurança da ONU. E aqui cabe um adendo, nem os regimes mais ditatoriais, tirânicos e perversos do século passado ousaram macular embaixadas. Portanto, na realidade, não é de se esperar que o governo de “facto”, encabeçado pelo usurpador Roberto Micheletti caia na tentação de cometer tamanho achaque.

Desde o anátema de Zelaya, em 28 de julho, que os golpistas vêm levando a crise em “banho Maria”, como se diz cá nas Minas. Fazia parte da estratégia não aceitar o retorno de Zelaya e ao mesmo tempo manter o calendário eleitoral, que por sua vez prevê eleições para presidente em 29 de novembro próximo. Com Zelaya deposto, longe do país e a margem do processo, e com um novo presidente eleito por sufrágio universal, defensores do antigo mandatário, mundo afora, estariam numa situação no mínimo incômoda, pois o golpe continuaria vivo, mas deixaria a comunidade internacional entre resignada e constrangida diante do futuro governo, aparentemente legítimo. Agora com o retorno de Zelaya ao local da ação, a pressão internacional é reacendida, as manifestações pró governo constitucional voltam às ruas e ninguém sabe ainda ao certo como se dará o desfecho da crise desencadeada pela direita retrógrada e anti-democrática.

O que mais preocupa no momento é a postura dos golpistas frente o retorno de Zelaya, o presidente legitimo e único, e a população, principalmente na capital Tegucigalpa, francamente a favor do governo deposto.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas às 21:09

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