DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


quarta-feira, 2 de setembro de 2009

JORNALISMO IMPARCIAL

Terça-feira, 1 de Setembro de 2009

O “Jornal da Globo” de ontem deu uma aula de jornalismo imparcial, independente e isento.

No dia em que o governo federal anunciou o projeto para um novo marco regulatório para o petróleo, levando em conta a dimensão das recentes descobertas do Campo de Tupi, a Rede Globo se superou. É bom lembrar que as Organizações Globo, na década de 1950, fizeram oposição ferrenha a campanha “O Petróleo É Nosso”. O telejornal iniciou com a tradicional cara de consternação de Wiliam Waack, esboçando da forma mais simplória o possível que, pelas novas regras apresentadas pelo governo, a Petrobras ganhou mais do que já tinha e o “governo” – em nenhum momento falou-se em “Estado” – ficará com a maior parte da receita gerada pela extração do Pré-Sal.

Depois, como a Rede Globo prima pelo imparcialismo e isenção, mostrou uma entrevista com o governador José Serra. O provável candidato tucano à sucessão de Lula, afirmou peremptoriamente discordar do modo como o governo conduziu a discussão sobre o tema e que discorda do projeto em si. Todavia se furtou de apresentar a alternativa que acha melhor.

A amostra de jornalismo imparcial, independente e isento continuou com o governador fluminense Sergio Cabral. Este afirmou que o governo federal foi obrigado a rever posições – leia-se alteração na ignominiosa regra dos royalties – antes de apresentar o projeto.

Voltando ao estúdio, William Waack, apresentou Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura. O empresário, que também tem um blog hospedado no G1, declarou que a política de petróleo e gás no Brasil pode sofrer um retrocesso, afugentar investimentos estrangeiros, dar megapoderes a Petrobras e ao Estado e reestatizar um setor que já havia se livrado do danoso jugo estatal. O especialista em infra estrutura usou discurso meramente político, uma vez que se absteve de apresentar qualquer dado técnico.

Waack se despediu do Diretor do CBI e convocou de Brasília Heraldo Pereira com a seguinte frase, “é Heraldo o governo pediu ao Congresso que vote o projeto em 90 dias, quanta pressa! É 2010 chegando?”

Pereira emendou “é isso mesmo”. E a seguir foi à vez do quadro Pinga-Fogo onde os entrevistados da noite foram os senadores pela José Agripino Maia (DEMO – RN) e o desgastado Aluízio Mercadante(PT-SP). Agripino atacou, como sempre, o governo, afinal ele teve 14 meses para elaborar uma proposta de exploração do Pré-Sal e agora quer que o Congresso examine e aprove a proposta em apenas 90 dias. Já as falas de Mercadante pareciam desencontradas e chegou a dizer que o prazo de 90 dias poderá ser prorrogado.

Assim se faz um jornalismo isento imparcial, sério e independente.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas às 10:38

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