DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


quarta-feira, 30 de setembro de 2009

VAMOS VER SE A BAND NOTICIA ISSO

Quarta-feira, 30 de Setembro de 2009

Que a grande mídia é golpista todos nós sabemos, segundo Gramsci a grande imprensa é o Partido do Capital. No entanto poucas vezes, pelo menos desde a eleição de Fernando Collor em 1989, tivemos a oportunidade de ver isso de maneira tão exacerbada. O Partido dos Trabalhadores vem sofrendo desde que chegou ao governo central a maior campanha midiática com intuito desmoralizador que o Brasil já assistiu. Ondas de denuncismo, de achincalhação contra seus militantes, de preconceito contra o presidente democraticamente eleito, patrulhamento ideológico. Mentiras inventadas a exaustão e repetidas mil, duas mil vezes – a nossa mídia se mostra pupila de Göebbels – são as armas utilizadas pelo Partido do Capital a fim de expulsar da vida pública “essa raça”, palavras de Herr Bornhausen, um dos oráculos da grande mídia.

Na linha de frente dessa batalha travada pelo Partido do Capital versus o Partido dos Trabalhadores e a esquerda consciente estão os grandes meios de comunicação, sobretudo a ditos canais de TV aberta. O Grupo Bandeirantes através de suas emissoras de rádio e TV colocou no ar, semana passada, um editorial no qual acusava o governo Lula de irresponsável por rever os índices de produtividade no campo e insuflava os ruralistas a se levantar em guerra civil contra o governo democrático.

O Grupo Bandeirantes já teria passado de todo e qualquer limite possível dentro dos parâmetros democráticos fosse apenas a campanha enviesada contra a revisão dos índices de produtividade ao omitir, ou seria obliterar propositalmente, que ele próprio – cujo dono é Johnny Saad, neto e herdeiro de Adhemar de Barros – possui dezenas de grandes propriedade rurais, portanto, está no bojo dos empresários do agronegócio e é parte interessada na questão.

Agora o Ministério do Desenvolvimento Agrário traz à tona a consolidação dos resultados duma pesquisa realizada pelo IBGE em 2006 onde desmistifica a crença de que o agronegócio é o impulsionador da economia rural no Brasil. Mais, prova que as pequenas propriedades rurais, especialmente as que se encontram no segmento da agricultura familiar, são a garantia da segurança alimentar do país.

Os números são impressionantes. Por exemplo, além de ser a responsável pela manutenção do homem no campo, a agricultura familiar, que não ocupa nem um quarto das terras no país, corresponde a 38% do valor da produção.

Será que o Grupo Bandeirantes informará aos seus ouvintes e telespectadores os números da pesquisa? Ou usarão de algum subterfúgio e criarão mais um sofisma para desqualificá-la?

Não é à toa que o nosso Partido do Capital chama os golpistas de Honduras de “governo interino”.

Censo confirma: agricultura familiar produz mais em menor área

http://www.mda.gov.br/portal/index/show/index/cod/134/codInterno/22464

30/09/2009

O Censo Agropecuário 2006 traz uma novidade: pela primeira vez, a agricultura familiar brasileira é retratada nas pesquisas feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Foram identificados 4.367.902 estabelecimentos de agricultura familiar, que representam 84,4% do total, (5.175.489 estabelecimentos) mas ocupam apenas 24,3% (ou 80,25 milhões de hectares) da área dos estabelecimentos agropecuários brasileiros.

Apesar de ocupar apenas um quarto da área, a agricultura familiar responde por 38% do valor da produção (ou R$ 54,4 bilhões) desse total. Mesmo cultivando uma área menor, a agricultura familiar é responsável por garantir a segurança alimentar do País, gerando os produtos da cesta básica consumidos pelos brasileiros. O valor bruto da produção na agricultura familiar é de 677 reais por hectare/ano.
"Isso mostra a representatividade, o peso deste setor para a formação da nossa economia e da produção primária no País. Com isso, a agricultura familiar demonstra capacidade em gerar renda, em aproveitar bem o espaço físico e contribuir para a produção agrícola brasileira", afirma Daniel Maia, ministro interino do Desenvolvimento Agrário.

Os dados do IBGE apontam que em 2006, a agricultura familiar foi responsável por 87% da produção nacional de mandioca, 70% da produção de feijão, 46% do milho, 38% do café , 34% do arroz, 58% do leite , 59% do plantel de suínos, 50% das aves, 30% dos bovinos e, ainda, 21% do trigo. A cultura com menor participação da agricultura familiar foi a soja (16%). O valor médio da produção anual da agricultura familiar foi de R$ 13,99 mil.

Permanência no campo

Outro resultado positivo apontado pelo Censo 2006 é o número de pessoas ocupadas na agricultura: 12,3 milhões de trabalhadores no campo estão em estabelecimentos da agricultura familiar (74,4% do total de ocupados no campo). Ou seja, de cada dez ocupados no campo, sete estão na agricultura familiar , que emprega 15,3 pessoas por 100 hectares.


Para o ministro interino, esses números refletem a eficácia das políticas do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para manter os agricultores familiares no campo com boa produção e renda. "Os resultados desse Censo permitem constatar o quanto a participação da agricultura familiar é importante para a agropecuária e para a economia brasileira. O cenário, antes de pauperização e fuga do homem do campo, está sendo mudado, revertido", frisa.

Dois terços do total de ocupados no campo são homens. Mas o número de mulheres é bastante expressivo: 4,1 milhões de trabalhadoras no campo estão na agricultura familiar. As mulheres também são responsáveis pela direção de cerca de 600 mil estabelecimentos de agricultura familiar.

O Censo Agropecuário 2006 revela ainda que dos 4,3 milhões de estabelecimentos, 3,2 milhões de produtores são proprietários da terra. Isso representa 74,7% dos estabelecimentos com uma área de 87,7%.

Os critérios que definem o que é agricultura familiar foram determinados pela Lei nº 11.326 aprovada em 2006. Eles são mais restritivos do que os critérios usados em estudos feitos anteriormente por outros organismos como a Fao/Incra e universidades brasileiras que estudaram o setor. A Lei 11.326 determina que quatro módulos fiscais é o limite máximo para um empreendimento familiar. Determina também que a mão-de-obra deve ser predominantemente da própria família e a renda deve ser originada nas atividades da propriedade e a direção também tem que ser feita por um membro da família.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas às 18:34

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