DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A SITUAÇÃO NA BOLÍVIA SE COMPLICA?



Em 19/09/08

Dá de alguma maneira para entender os ultimatos lançados contra Evo Morales. Só Santa Cruz de La Sierra abarca, de uma só braçada, o resto dAS PREFEITURAS bolivianAS que apóiaM seu Presidente. Juntando a prefeitura dissidente às de Pando, Beni, Chuquísaca e Tarija, envolvidas nos mesmos objetivos, a visão a uma pessoa desavisada sobre a questão seria a favor dos oposicionistas. Se fosse possível aceitar a questão do tamanho só da Santa Cruz, São Paulo e Rio Grande do Sul teriam os mesmos direitos de se desligarem do resto do país. A Bolívia é a soma de todas as suas prefeituras com sua gente produzindo, com suas riquezas, com suas dívidas para com o capital federal e com os seus direitos, mas nunca independentes de La Paz. Há um governante democraticamente eleito por maioria absoluta e, ainda, confirmado pelo último plebiscito, o que deu na revolta geral das prefeituras do Médio Luna. Pressupõe que essas prefeituras acreditavam poder abafar o clamor dos demais nativos bolivianos. O prefeito de Pando ainda continua detido em prisão, e aqueles que participaram da chacina covarde aos indígenas vieram se refugiar em nosso território, provavelmente sem o devido pedido de asilo político, porque a fuga não foi por esse motivo e, sim, por crime de assassínio. O presidente Lula foi conclamado pelo governo boliviano a expulsar essa grei de antipatriotas o mais urgente possível. Se houve um pedido de asilo político oficial, então o Brasil, que deve ter um Tratado para essas circunstâncias com o país vizinho, numa quase guerra civil, tem a obrigação de permitir suas permanências em nossas terras. Atendendo ao pedido do ministro de Estado boliviano estará enviando todos esses refugiados para as mais duras penas, se não à morte. Difícil tarefa ao nosso governo que precisará de muita diplomacia para, por seu lado, não entrar em choque com o estadista Evo Morales e, quiçá, com o presidente da Venezuela. Parece, porém, que alguns dos dissidentes estão aceitando conversar democraticamente à mesa de debates para medida acauteladora com o fim precípuo de evitar derramamento de sangue – bastando o dos indígenas massacrados – numa guerra civil de perfil catastrófico a todas as prefeituras, à economia exígua de um país pobre onde a miséria é o fato mais marcante e palpável da Bolívia. E, se por outro lado, negando o Brasil asilo, por motivos calcados em fatos verdadeiros com comprovação isenta de suspeições, deve devolver todos eles crendo no mais correto termo que deverá usar o cidadão Evo Morales para julgá-los nos Tribunais da Bolívia sem usar de atos de exceção e de fundo vingativo. É o momento de Evo Morales mostrar todo o seu equilíbrio e um grande e humano senso de justiça, própria a um verdadeiro estadista.

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