Eis um lugar em que muitos brasileiros gostariam de viver. Muita tranquilidade num lugarejo sem pressa de o tempo passar, para se viver um dia como se o mesmo tivesse 48 horas.
A torre da velha igreja, que está se inclinando para a direita por motivo do terreno estar cedendo ao seu peso, teima ainda continuar de pé como baluarte da fé que determina todos os principios do mundo.
Ao seu lado um campinho, gramado, onde a molecada do lugarejo vai bater a sua bola nos finais de semana. Abaixo desse local de brincadeiras vê-se o que restou de um antigo muro que protegeu, por anos, uma casa que já não mais existe. Só na lembrança da vizinhança.
Do outro lado da rua o casario se estende até à beira do rio, mostrando as ruínas de uma outra antiga residência. Sobre o que restou do muro, um rapaz tenta pescar o almoço do dia. Esse jovem está folgando. Subindo a ladeira, um trabalhador autônomo tenta vender suas frutas, e sobre a caixa dágua do casarão, em primeiro plano, um homem ajoelhado tenta algum conserto. O prédio todo pede socorro. A pintura vai-se consumindo com a umidade do rio, mostrando o emboço e a idade do casarão. À frente passa o rio tranquilo como todo o resto da aldeia. É meio-dia. Todos estão recolhidos aos seus lares, talvez sentados às mesas para consumirem o almoço. O sol a pino não deixa os freguezes sairem à rua para atender o vendedor que sobe a ladeira com o cesto na cabeça. No céu, nuvens pesadas prenunciam chuvas vespertinas. E a vida vai sendo vencida e vencendo os moradores.
A tela foi pintada em 1991 e assinada De Moraes, medindo 0,48 x 0,63, em óleo.
Um comentário:
Olá Morani, gostaria realmente d eviver nesta vilazinha pintada nesta quadro tão belo, dá uma sensação de Paz, um calma saber que ali se vive sem o estress das grande metrópoles, e que se tem um ar limpo para se respirar, o rio com suas águas límpidas, que se pode beber, a natureza em volta, completando a beleza do lguar...
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