Considerações sobre o neoliberalismo
Tenho em mãos comentário muito claro e objetivo da lavra intelectual e política do Senhor Hudson, emérito comentarista do blogdohudsonlvboas@yahoo.com.
O mencionado comentário foi desmembrado em duas partes distintas, com os títulos “O GOVERNO NA BERLINDA I” e, consequentemente o “O GOVERNO [...] II.
De imediato, ele nos informa, com todo o seu conhecimento político, que o “Brasil vive hoje uma enorme contradição.” Esta contradição se acha consubstanciada na guerra travada entre o PIG, o chamado “PARTIDO DA IMPRENSA GOLPISTA” e o governo neoliberal propriamente dito do Senhor Luiz Inácio Lula da Silva. Confessa o excelente comentarista, no qual procuro me espelhar, que “essa é uma tese que venho formulando e que carece de maiores reflexões.”
Essas reflexões, que bailam na mente brilhante do Senhor Hudson a quem considero e chamo de amigo (e é real o afeto) em meus contatos através de e-mails, não deixam de se fazer verdadeiramente necessária. Contudo, como seu leitor assíduo se dele recebo sua abordagem sobre diversos problemas que nos afligem quase hodiernamente, me estarrece saber que o governo do Senhor Lula é na essência dos objetivos neoliberal. Ora, para quem veio da massa de trabalhadores, sendo ele um metalúrgico de inteligência superlativa e de uma coerência consistente, é de se estranhar ter ele assimilado o processo do neoliberalismo. Sabem os estudiosos e pesquisadores que a linha de ação dos neoliberais se baseia em pilares ao viés dos anseios da classe trabalhadora mundial como dos sindicatos dos trabalhadores, que existem com o objetivo de pleitear todos os direitos: salários dignos, respeito aos seus direitos e o cumprimento de acordos levados a efeito nas mesas de negociações dos governos.
Sabe-se de uma reunião no ano de 1947 na pequena estação de Mont Pèlerin, na Suíça, tendo como cabeça Friederich Hayek, autor de “O CAMINHO DA SERVIDÃO” escrito em 1944, ainda na vigência da II Grande Guerra Mundial, que terminou com a rendição incondicional da Alemanha de Adolf Hitler aos Aliados. (A reunião de Mont Pèlerin é citada por Perry Anderson, historiador marxista e professor de História e Sociologia da Universidade da Califórnia em Los Angeles e editor da New Left Review em o “BALANÇO DO NEOLIBERALISMO” – Filosofia e Questões Teóricas, e publicadas pela FUNDAÇÃO LAURO CAMPOS, criada pelo PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE – PSOL).
Reuniram-se a Hayek Milton Friedman, Karl Popper, Lionel Robbins, Ludwig Von Mises, Walter Eupken, Walter Lipman, Michael Polanyi, Salvador de Madariaga, entre outros, tendo sido fundada a Sociedade de Mont Pèlerin, uma espécie de franco-maçonaria neoliberal com reuniões a cada dois anos, com o propósito de combater o keynesianismo e o solidarismo reinantes e preparar as bases de um outro tipo de capitalismo, duro e livre de regras para o futuro. (Informação da mesma fonte: Fundação Lauro Campos) Consoante os princípios dessas brilhantes mentes neoliberais o Estado não poderia intervir no mercado, regulando-o. Para aquelas mentes, a desigualdade era um valor positivo sendo imprescindível em si, pois disso necessitavam as sociedades ocidentais.
As metas principais se escoravam numa política de “arrasa quarteirão”, ou sejam tais: “política próxima à ortodoxia neoliberal com prioridade para a estabilidade monetária, contenção do orçamento, concessões fiscais aos detentores de capital e o abandono do pleno emprego”. Tanto o governo Tatcher na Inglaterra, como o espanhol de González jamais tratou de realizar uma política keynesiana ou redistributiva. Ao contrário, foram unânime e firmemente monetaristas. Na Espanha o desemprego alcançou rapidamente o recorde europeu de 20% da população ativa.
Por esses dados vemos que o neoliberalismo faz parte da Nova Ordem Mundial abraçando o capitalismo, e que a reunião levada a efeito em Mont Pèlerin realmente propôs, de um modo muito singular, e por que não dizer cruel, com tais objetivos, a dizimação de 1/3 da humanidade economicamente ativa abaixo da Linha do Equador.
Esse é o escopo principal do neoliberalismo, seja ele de uma Tatcher, um González, de um Reagan e incluindo, entre outros mais, o apagado governo de Fernando Henrique Cardoso.
Não irei me tornar prolixo nessa matéria tão densa e tão complicada porque ela abrange uma enormidade de países e de governantes que se “associaram” ao destruidor neoliberalismo que tem sido a favor da concentração de renda nas mãos de uns poucos; nos aumentos dos lucros (tome-se os dos bancos aqui no Brasil), na massiva supressão dos empregos e dos sindicatos e, possivelmente, em mais uma “reforma trabalhista, previdenciária e social”, que será o mesmo que declarar que a “raia miúda” não terá vez em anos futuros e estarão sujeitas aos ditames insensíveis dos “novos” neoliberais, como Lula. Já estamos “cheios” de acrônimos como INCRA, ONGs, OCDE, PAC, mas vazios de resultados convincentes de que o atual governo, por traição às tradições do PT, se entregou de corpo e alma ao famigerado neoliberalismo que o acrônimo PAC procura esconder. Obrigamo-nos a não permitir seja a nossa Constituição rasgada aceitando um terceiro mandato ao governante atual. Basta de “paternalismo” fajuto, de Medidas Provisórias que entravam a pauta de votações do Congresso que deseja votar as PLs., os Requerimentos dos parlamentares, e as “Emendas”, todas verdadeiramente de interesse das classes mais atingidas por uma política de “terra arrasada”.
02/04/08 Morani
DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014
Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.
O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.
O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.
Um comentário:
necessario verificar:)
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