DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


sexta-feira, 30 de maio de 2008

A FOME MUNDIAL

A FOME MUNDIAL

Em 30/05/08

Na antiguidade, ao tempo dos Faraós, durante o deslocamento do povo hebreu com destino à Terra Prometida – Canaã –, os milhões de peregrinos vagaram por 40 anos nos desertos e por outras regiões áridas. Desconheço haver outros registros de fome regional de toda uma Nação além da que ocorreu aos hebreus. Diz a História do Povo Hebreu que uma fome grassou entre a multidão de milhares de tribos compostas pelo povo bíblico e que ao clamor de Moisés Jehová fez chover o maná – espécie de pão delicioso que sustentava a energia do povo “escolhido” – em abundância bastante para saciar a fome de todos. Depois, para dessedentá-los, Moisés “arrancou” água de uma rocha batendo com o seu bastão – instrumento que Deus entregou a Moisés para livrá-los do cativeiro egípcio e fazer acontecer tudo em favor deles.
Hoje o mundo não tem mais um Moisés, e, talvez, nem Deus para socorrer as multidões das nações onde a fome já é uma “erva daninha” a se estender para todos os lados.
Na China já houve um tempo negro de fome, e tão cruel que os pais vendiam seus filhos aos poderosos como escravos, ou os assassinavam para que não sofressem a falta de alimento.
A África – berço da civilização é onde a FOME armou sua tenda há séculos. Ali, naquele Continente, a carência alimentar parece ser fato definitivo e continental, não sendo apenas, pois, regional.
Na França, muito antes da Revolução, já houve fome; o povo comia mal, sem complemento protéico e com baixo teor de vitaminas, sais, e outros elementos químicos encontrados em alimentos próprios que atendessem as necessidades do povo miserável. O resultado disso foi o derramamento de sangue de muitos cidadãos franceses, e principalmente da elite dominante – as da corte de França.
Na Irlanda, o mês de setembro era o de colheita de batatas. Esta leguminosa passou a ser quase que exclusivamente a base alimentar dos irlandeses que em 1800 chegavam a oito milhões de habitantes. Dois ou três milhões não tinham terras, nem emprego e vagavam a esmo comendo raízes que não sabiam serem boas ou não. Em setembro de 1845 uma tragédia se abateu sobre o país. As batatas colhidas de véspera apresentavam no dia seguinte putrefação anormal, e os animais que as comiam apareciam mortos.

Com tal fenômeno atingindo a todo o país, o governo adotou uma política de laissez faire... Com os negócios correndo sem a interferência oficial. Só havia uma saída: a pesca no Rio Foyle, mas essa prática precisava de autorização de um nobre que detinha a primazia da pesca. Muitos morreram tentando. E a fome se estendia por quase toda a Europa, localizada aqui e acolá. Era uma situação mais ou menos generalizada.
É difícil se afirmar não ter a Humanidade, em seu todo, sofrido com a FOME em alguma data de sua existência na face do planeta. Acreditava-se, nos dias atuais em que a tecnologia avança a passos largos nas pesquisas de alimentos alternativos, e mesmo num desenvolvimento sustentável de alcance terreal, não se ouvir, nem de leve, falar em fome com braços gigantescos a abarcar o mundo moderno!
Querer jogar em cima da atual política energética – milho e outros grãos para se produzir combustíveis biodegradáveis –, equivale a querer produzir ar em ambiente de vácuo. A Fome, sem pressa, vem dando passos vagarosos, mas contundentes desde há muito!
Mas o fato real é que os dirigentes do mundo vêm, com apreensão, esses fenômenos se repetirem numa escala nunca antes imaginada. Isto, a quem estuda o último Livro bíblico – O Apocalipse – tem conhecimento de que se sucederia uma Fome mundial, tempos de “difícil manejo”, desagregação da família, desentendimentos entre Nações irmãs, revoluções, guerras e catástrofes naturais a ceifar milhões de lares, de vidas, de terras aráveis, de depósitos de alimentos aumentando, destarte, as muitas bocas gritando FOME! Acresce-se o aumento populacional nos países asiáticos, principalmente (A China tem uma Lei rigorosa para o controle natalino), sem se esquecer o mesmo crescimento em toda a Europa e no Continente africano onde a fome é a parceira comum aos nativos. Aqui mesmo temos os nordestinos que sofrem a fome crônica há décadas. Já falei sobre as crianças “bochudas”, numa falsa “gravidez” que não passa de vermes alimentados pelo barro que ingerem à falta de alimentação adequada. A região árida nordestina, e de quaisquer outras, não fornece muitas variantes. A comida básica é: rapadura, farinha de mandioca, feijão verde (quando têm), e a famosa palma, que antes era dada apenas ao gado. Estas “iguarias” alimentam só no momento. Outro “fenômeno” incontrolável é a subida nos preços dos alimentos básicos no mundo todo. Os preços elevadíssimos do petróleo são mais um “culpado” dessa fome que se chega aos homens grudando-se neles como as suas próprias sombras. Daí vem à ganância estrangeira “botar” os olhos em nossa Amazônia, onde a reserva aqüífera e as ótimas terras aráveis e produtivas estão à disposição dos mais “espertos” e de maiores meios financeiros.

Nesse “imbróglio” todo, não se deve dispensar, sob quaisquer hipóteses, uma vez concretizada provável “invasão” de forças interessadas nas terras amazônicas, os tratados, as intervenções diplomáticas, os direitos inalienáveis da soberania nacional e o respeito total à maneira de o governo federal dar “trato” ao melhor uso da terra e ao Rio Amazonas e afluentes, sem olvidar a população indígena que hoje se encontra em mãos de facciosos homens evangélicos que já marcaram presença nas “terras de ninguém”.

As guerras pretéritas eram movidas por questões econômicas, religiosas e geográficas; há consenso de que hoje esses conflitos, locais ou internacionais, dentro do nosso território, terão como pretexto o problema da falta de água em muitos países do planeta. A bacia hidrográfica amazônica é uma das grandes reservas que os povos têm como salvação à sede em futuro não muito distante. As riquezas “in natura” de nossa selva oferecem um leque de opções para todos os fins. A Amazônia não é só o “PULMÃO DO MUNDO”; ela é o DEPÓSITO NATURAL para dela se extrair o “MANÁ” à humanidade faminta. Assim, como na história bíblica, DEUS PAIRA SOBRE A NOSSA FLORESTA AMAZONICA.
É de se esperar que os organismos mundiais, como a FAO e congêneres, tomem as atitudes para localizar e distribuir equanimente as reservas de alimentos ou, na pior das hipóteses, controlar com isenção ideológica, política, social e étnica a produção dos essenciais no mundo fazendo-os chegar aos lugares onde a fome seja maior e menores as áreas de produção. Todos os governos, sejam quais forem as suas metas ideológicas, devem se unir com um só objetivo: produzir grãos, frutas, leguminosas, verduras, leite e subprodutos a um preço FOB, sem usar das prerrogativas dos subsídios agrícolas, e investindo tudo o que se gasta em viagens espaciais, em guerras, e outros senões como a exploração do petróleo (dar-se-ia uma parada estratégica até que houvesse equilíbrio na cadeia alimentar mundial), pois não se come nem se bebe petróleo. Os meios de transporte teriam que sofrer mudanças drásticas, mas creio que os bilhões de barris de petróleo em depósito nos países produtores dariam para se arriscar à paralisação dessa atividade sem prejudicar as transferências de produtos. Estarei sendo utópico? Ou se repensa a vida humana na Terra ou não haverá ninguém a quem se vender o “ouro negro”, nem economias capazes de adquirir esse bem em vias de esgotamento. Tudo se esgota, e a Humanidade caminha célere para os FINAIS DOS TEMPOS.
Morani

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