DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


terça-feira, 4 de novembro de 2008

HOMENAGEM AO CAPITÃO DE FERRO

EM 04/11/08

De hoje a sete (7) dias se vivo fosse, Martinho de Figueiredo Machado, meu pai, nascido em Cabedelo, PB, em 11/11/1898, completaria 110 anos! Sua história de vida foi tão apaixonante e trepidante que me obriguei a escrever a história dessa vida no meu livro PORTÃO DE JARDIM. Criado em Natal, RN, teve em seu pai, um homem de Deus, pessoa tão rigorosa com os filhos que alguns debandaram cedo para viverem suas vidas longe do "arrocho" doméstico. Ele me lembrava com sorrisos - quase gargalhando - a aposta feita com seu colega e vizinho Café Filho - mais tarde Presidente da República, como vice que era - de que ele, meu pai, atravessaria a rua, em que ambos moravam, totalmente despido; no momento exato em que os fiéis, que pertenciam ao "aprisco" de seu pai, meu avô Manoel Machado, deixavam o pequeno templo, o moço Martinho fez a travessia. A aposta fora de cinco cruzados (moeda usada até, pelo menos, o ano de 1949/50 lá em Natal). Pois o jovem Martinho atravessou a rua da maneira como tinha vindo ao mundo. O escândalo se assemelhou a um terremoto fatídico. Pela ousadia, meu pai levou uma das maiores surras de sua vida. Tudo bem. Macho que era aguentou o rojão, como ele dizia. Mais tarde meu avô, satisfeito com a corrigenda dada ao filho, foi dormir. Papai, então, foi cobrar Café Filho que regateou ao pagamento, gargalhando da coragem e destemor do colega ao concretizar o combinado. Cheio de raiva, meu pai caiu de socos sobre o vizinho, ficando tudo por isso mesmo. Mais tarde ambos foram para o Rio, mas cada qual tomando o seu caminho. Meu pai casou-se com Alice Covino de Moraes, que se chamaria Alice de Moraes Machado. Meu pai era segundo tenente do exército. Não negando a coragem paraibana, meteu-se em quase todas as revoluções daqueles idos. Pela bravura demonstrada nos campos de batalha, em São Paulo, principalmente, foi enviado como interventor ao municipio de Passo Fundo,RS, em 1936, nomeado de próprio punho pelo então Presidente Getulio Dornelles Vargas. Lá ficamos até o final do ano de 1939, por doença fatal de mamãe, vindo ela a falecer nos primeiros dias de fevereiro de 1940 - precisamente a 03 daquele mês, no Rio de Janeiro. Anos mais tarde, fomos parar em Natal onde ele adquiriu um sítio, uma pequena empresa de ônibus falida, que ergueu de novo, e uma fazendola em Parnamirim,RN. Candidatou-se à edilidade. Eleito, foi escolhido para líder do partido PTB na Câmara de Vereadores. Foi um vitorioso. Ombreavam a ele Olavo Galvão, futuro prefeito da cidade de Natal, e outras personalidades de vulto e de influência na vida política da cidade e do estado. Candidatou-se a deputado estadual, após o seu mandato como vereador vitorioso; mão levou, ficando como suplente. Não demorou a surgir a chance de ocupar uma cadeira na Assembléia Legislativa. Quando se preparava para o importante evento, sofreu hemorragia causada por úlcera duodenal, vindo a falecer no dia 06 de setembro de 1952. Natal homenageou o seu político dando o seu nome a duas ruas; uma no Alecrim, nosso bairro, onde tínhamos o nosso sítio e a emprêsa de ônibus, e em Parnamirim, local da fazendola com 6.000 pés de coqueiros plantados, uma grande carvoraria e plantações de mandioca e outros legumes. Fica, aqui, nesta data, a minha homenagem à sua memória e aos seus grande feitos em Passo Fundo em favor da legalidade imposta pela revolução. Foi companheiro de Luiz Carlos Prestes, o Cavaleiro da Esperança; esse nome, enobrecido pela vida de revolucionário do referido homem público, foi dado a um meu irmão, coronel da Aeronáutica e aposentado professor de Física, hoje vivendo em Recife,PE, ficando assim como Luiz Carlos Prestes de Moraes Machado; por causa de seu nome, foi vigiado algum tempo pelas autoridades militares, mas nada se achou de condenável em sua pessoa. Ambos os filhos, militares e coroneis - o outro era Sergio de Moraes Machado, de Curitiba.PR - honraram as fardas, um da Aeronáutica, já descrito, o outro, do exército brasileiro. Orgulho-me de todos. Sergio já é falecido.

Morani

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