Lembro bem essa data de 12 de março de 1964. Por se encontrar a nossa Nação num estado caótico e imperando os interesses de um grupo da nossa elite – aquela que explorava o povo sem nada produzir –, eu estava às vésperas de ir para os Estados Unidos como imigrante regularizado, e com emprego na Eagle Construction & Co., com o salário de US$ 470. À época, um excelente salário se comparado ao que eu recebia na USABRA, aqui no Brasil que até os dias de hoje continua refém de uma classe que engordou com a força dos políticos em geral – parlamentares de Brasília – latifundiários apaniguados de governos, até à data da eleição de Goulart, sempre de braços dados a uma súcia de exploradores do povo.
Atente-se aos parágrafos 7, 10, 12, 15 e 19, em particular, para se ter uma idéia de que foram essas “forças estranhas” que derrubariam, mais tarde, Jânio Quadros da Presidência da República. Às vistas do militares, foi bem mais comprometedor a condecoração dada por Jânio a Che Guevara do que o discurso de Goulart no Largo da Central do Brasil. Eu acompanhei pelo rádio todo aquele histórico momento que me pos em dúvida se deveria ir ou permanecer no Brasil. Vindo dessa profunda dúvida, um choque de interesses particulares me infligiu sofrimento atroz com uma insidiosa depressão, que quase me levou ao suicido. Esse era o Brasil que afligia multidões, que sonegava ao povo os seus direitos, que apequenava, pelo medo, os que aspiravam às reformas sociais justas e necessárias, não essas reformas mentirosas que não passam de uma camada verniz de expectativas angustiantes a um povo injustiçado até a esse momento em que comento o famoso discurso de João Goulart. O Brasil continua o mesmíssimo Brasil de 1964 – política e socialmente falando. As coisas para o povo continuam-nos aos iguais patamares de 1964! Nem o regime militar teve a prerrogativa de proceder a uma séria mudança, a uma defenestração do que continua podre, pela corrupção desenfreada e estúpida que permeia atualmente o governo do PT, instalado pela contínua ignorância popular.
Os que hoje defendem a unhas e dentes essa chamada Democracia são lobos em peles de cordeiros. Abrem esses “cordeiros” suas bocarras, para maior fatia tirar aos direitos constitucionais de um povo sempre “engabelado” por discursos gestados nos mais podres pântanos da imoralidade total, que encampa toda uma sociedade mal formada e mal-intencionada, onde só o seu direito deva prevalecer. Em seu discurso, Goulart não exclui os militares, ao contrário, os conclamou a luta em defesa da Democracia verdadeira que eu, como cidadão, desejo ver implantada aqui, sem os sobejos dessa lama que encobre e tira o brilho deste nosso país como Nação livre e justa, que teimam afirmar ser. Longe estamos dos sonhos de João Goulart agora justiçado por nossas “autoridades”. Lógico, ele não pode mais gritar por toda uma nação porque o calaram à força; não pode mais defender os excluídos, os injustiçados e as vitimas do nosso Brasil dos sertões – os verdadeiros SEM TERRA, brasileiros. E lembra-me bem os alugueis cobrados em dólares, e antecipados, a um povo SEM TETO, e que continua sem. Até quando o Brasil permanecerá em mãos de insidiosos crápulas, desses verdadeiros vampiros travestidos de seres humanos? Justas sejam as reformas necessárias sem ferirem, mais uma vez, direitos adquiridos pelo trabalho e pelo sacrifício de anos de lutas inglórias. Sobre isso, já comentei recentemente. Nada mais tenho a dizer, a não ser esperar... Esperar... E esperar.
DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014
Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.
O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.
O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.
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