DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


domingo, 4 de julho de 2010

ARREMEDO DE GUERRA

Já to aqui há muito fazendo uma pergunta e tu não me respondes, dando uma de indiferente e só preocupado em apagar o que eu já disse ó meu senhor? Atice pra longe essa borracha e me responde:
Tiveram razões de mandar um magote de jovens filhos de famílias pobres que precisavam de seus braços nos roçados, modo plantar tratar e colher o comer de um ano todo? Pois foram aos campos de luta só pra terem seus sangues vitais escorrendo pelos chãos duros e secos até se finarem sem uma extrema unção, sem uma palavra de um padre? O único padre que havia lá já nada mais podia fazer nem por ele mesmo. Xente! Quanta covardia! Dizem que os jagunços odiavam a tal República. Era sem razões não. Até eu odiei de ódio de morte essa tal República.
Pensando bem: fui eu mesmo que procurei estar ali no fogo cruzado, já e só, pra fugir ao padre que encontrei acolá, já te contei, mas mansinho de não me querer acabar com minha vida.
Não carecia nem um pouco os meus companheiros ficarem de olhos nele. Tava resolvida, tudinho. Mas... E a tua resposta vem ou não? Tenho ou não razões de filosofar assim desse jeito? Me dê ai a tua resposta pra eu ficar sabedor de que minha zanga com o tal regime do marechal Deodoro tinha base de ser, e não um causo tinhoso, à toazinha, só por manha de minha parte.
Se tu tivesses estado lá em Cocorobó, Uauá, Cambaio ou Angico, onde morei uns tempos, tu não tava pensando assim dentro de tua cabeça, num silêncio silencioso demais. Se demorar em responder é porque não avaliou ainda os fatos que deram início àquela desgraceira toda.
Os marechais e generais cismaram que a monarquia já não prestava mais pra nada – assim como o carvão, que sobeja de uma fogueira, sem mais valia – e se resolveram dar um basta derrubando o monarca nosso, implantando o novo regime que já começou mal e muito mal com as primeiras batidas em retirada, afora o que se comenta, à boca pequena, sobre as patifarias dos homens que hoje comandam a nação. E eu, Mariano Bello, conhecido por Mariano Bé, quero não saber disso, não. Quero é o meu pedaço de terra longe de doutores Damascenos, Zévedo e Mirante, mas pertinhozinho de uma Alísia, que dessa fêmea vale à pena até se morrer pela dita cuja. O ex-padre não teve nem a honra de morrer pela mão da moça. Em antes morreu pela República, já viúva de tantos cidadãos moços que tombaram bestamente e atoamente lá nos campos de batalhas cruentas, a, pois sim. Falei ta falado e falaria outras vezes. Quem me proíbe?
Bote aí que to querendo ser brabo não com o amigo escrevente meu de meu livro futuro.
Quero só que me dês razão ou não. Se pelo já contado por eu tu enxergas alguma brutalidade em nossas ações? Ao menos, em quando eu participei diretamente das lutas, que foram refregas duras demais pra qualquer valente; eu e os meus quatro amigos, afora outros centenários de irmãos de farda e de valentia em favor da tal odiada república.
Arre! Que tu demoraste demais da conta, meu amigo, em avaliar a nosso favor. Tu não estás a querer ser bonzinho comigo, né? Há sinceridade na sua afirmação, pois sim? Ainda bem... Não quero lançar uma estória como essa minha por aí sem saber se o que eu lhe passo teve razão de ser a nosso favor. Quero ser fiel aos acontecidos e mais fiel à causa de nossas intervenções contra um magote de crianças arregimentadas pelo tal Profeta pra batalhar como se adultos fossem. Imagine, tu, eles pequeninos e desejando brincar de carrinhos, de bicicletas de madeira, que faziam, de bodoque atrás de passarinhos pro comer, de tomar banho no açude portando armas de todas as espécies pra virarem assassinos. Imagine! Fomos por demais ruins?
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