Estimado Senador:
Vimos eu e minha esposa acompanhando os debates do Senado desde que foi ao ar a TV dessa Casa Legislativa. Os oradores que ocupam a tribuna nos trazem algumas novidades, mas nem sempre; não é segredo algum que há parlamentares com o mais vivo receio de tocar nas condições dos aposentados da iniciativa privada que aufiram proventos acima de um mínimo. Quando se toca em verbas, só se fala da condição péssima da Educação, da Segurança e da Saúde. Concordamos a isso; contudo, o que não está mal nesse país de maioria situacionista no Congresso? Não temo afirmar sem crédito a maioria dos senadores que ocupam tão importante tribuna. Aliás, infelizmente, não só os senadores como os deputados – esses muito mais – perderam a credibilidade por muitos motivos já de seu inteiro conhecimento, e por Va Sa confirmada em plena tribuna.
Agora, e para ser mais preciso, na última sessão, chegamos ao momento em que Va Sa usava a mesma tribuna para esclarecer sobre a situação dos funcionários públicos que teriam direito a se aposentar com salário integral, e em paridade aos da ativa, se portassem alguma deficiência física. Até aí, tudo bem. Isso seria o justo a todos os aposentados. Não seria favor algum, mas o pleno reconhecimento do mérito da questão e ao direito de cada qual, com ou sem deficiências de quaisquer naturezas, consoante nossa Carta Magna de 1988.
Depois, já em sua poltrona, o insigne Senador se reportou a essa condição dizendo, ainda, que seria votada a PEC que trata disso o mais rápido possível e acrescentando a extensão da medida aos da iniciativa privada desde que nas mesmas condições físicas às dos funcionários públicos.
Ora, aí teríamos no Brasil duas elites de aposentados da iniciativa privada: os que por quaisquer motivos tenham, presentemente, a condição de deficiência física (seriam igualados aos do funcionalismo público) e os outros, normais, que ganhem acima de um mínimo. Ao bem da verdade, quais os idosos, salvas algumas exceções, não estão, pela idade ou por doenças, privados de condições normais? Somos muitos os idosos deficientes por doenças e males próprios às idades e às condições de vida. E esse jargão, tão usado por muitos dos senhores, por jornalistas alinhados ao Poder Central e por Ministros de que a Previdência está falida, não pega mais. A Previdência jamais poderá ser deficitária e isso foi dito pelo próprio Senador Paulo Paim, por outros como o Senador Mário Couto e pela ex-Senadora Heloisa Helena, que pugnou muito por nós quando ocupava uma cadeira nessa Casa e, ainda, pela própria Constituição de 1988.
Nós apenas desejamos os nossos direitos. Se hoje nós auferimos proventos mais elevados foi justamente por contribuirmos à Previdência consoante os nossos maiores salários, enquanto na ativa. E os contratos, entre a Previdência Social e nós, trabalhadores, têm mão dupla: trata-se de contrato bilateral. Apreciaríamos ver o digno Senador tocando ao assunto dos aposentados privados com mais de um salário, na mesma tribuna ocupada sempre por Va Sa, com dignidade e verdade que lhe são comuns. Comete-se assim, jogados à indiferença esses nossos lídimos direitos, uma das maiores injustiças sociais em difícil situação de resgate.
DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014
Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.
O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.
O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.
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