DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


sexta-feira, 28 de março de 2008

MINHAS CRÕNICAS: "NOVO SÉCULO, VELHOS PROBLEMAS"

Nova Friburgo, 27/03/08

(crônica de 20/12/2004)

Se nós nos debruçarmos seriamente sobre os problemas que nos acompanharam na passagem para o Século XXI veremos que nada mudou. Só o Século é novo. Os problemas que venceram o limiar final dos tempos passados, continuam os mesmos velhos e cansativos obstáculos sem horizonte de mudanças.
A esta altura dos tempos do atual século, é inaceitável que a Fome levante acampamento no seio da Humanidade devastando toda uma população desarmada econômica e tecnicamente para ao menos minorar a mortandade de crianças e adultos. Ela mata mais do que as doenças cardiovasculares e de outras, como o câncer, aids e tantas tão conhecidas da ciência e dos líderes mundiais.
É uma vergonha e uma calamidade inaceitáveis que ainda nos dias atuais se saiba de toda uma cidade aprisionada pela fome, ou um estado, ou um país. Não há desculpas para tal mancha e para tanta indiferença das Nações chamadas ricas diante de um quadro cruel e por isso tão desumano.
Nos países ricos os alimentos que vão parar nas latas de lixo dariam para alimentar e salvar milhares no Sudão e em outros países do mundo onde a fome campeia.
Onde está a consciência humana? Quanto é gasto nessa invasão ao Iraque pelos norte-americanos? Quais as verbas para os Programas Espaciais? Se apenas essas duas verbas para as duas incursões, seja no âmbito planetário ou fora dele, fossem canalizadas para atender as necessidades mais aflitivas de um povo, de que parte do mundo pertença, positivamente estariam resolvidos aqueles conflitos perversos, e os homens, finalmente, iriam de encontro aos princípios cristãos: "Amai-vos uns aos outros". No entanto, não é assim que pautam suas decisões: preferem explorar povos e continuar as aventuras espaciais.
Aqui, entre nós, fossem sérias as decisões do governo Lula de combater a fome - anda em curso o malfadado plano Fome Zero - milhares, senão milhões de brasileiros, estariam se recuperando da fome crônica que os assola capacitando-os a usarem as energias refeitas no trabalho hodierno. Infelizmente, as condições para a reimplantação desses milhões de empregos alijados em nosso país estão longe de se tornarem coadjuvantes para o término em definitivo da aflitiva carência alimentar aqui dentro.
Culpar a quem? Fácil é a resposta: à globalização que faz parte de um projeto da Nova Ordem Liberal mundial. Li, não lembro quando e onde, um comentário sobre a reunião da cúpula do Grupo dos Oito planejando o extermínio de 1/3 da população carente dos países abaixo da Linha do Equador. Seria um verdadeiro genocídio, comparável ao praticado pelos nazistas de Adolpho Hitler contra os judeus. Deste modo, os chamados países do Primeiro Mundo veriam diminuidas as suas despesas sociais face às necessidades múltiplas dos países em desenvolvimento. Por certo, convidariam o nosso Presidente a fazer parte dessa infâmia - se é que foi verdadeira a proposta aqui anunciada - em troca da admissão do Brasil àquele Grupo. Porém estou certo de que tal proposta não seria aceita pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Que melhor medida, encoberta com a capa da globalização, do que acabar com milhões de empregos para a implantação da modernidade? A globalização já existe há muito, mas radical como a de agora nunca antes foi tão drasticamente sentida. Foi no governo de Fernando Henrique Cardoso que se adotou a exclusão social, assim que foram postas em andamento as engrenagens de um plano diabólico. Estando ainda em curso tal Projeto, o que podem esperar os povos dos países abaixo da Linha do Equador? Eles são os principais alvos para a consecução a esse descalabro.
A medida mais humana, e a principal para nós do Brasil, seria os governos promoverem a reciclagem dos trabalhadores para o enfrentamento dessa guerra que parece mostrar um só vencedor e, pois, fazê-los caminhar ombro a ombro para a modernização do parque fabril brasileiro. Não sendo assim, os nossos trabalhadores não terão chance alguma de adaptação e de sobrevivência.
Os mercados informais já se acham saturados. Como atender a tanta mão-de-obra desqualificada e fora, portanto, aos padrões exigidos pela globalização?
A Nova Era suportará bilhões de seres famintos sem trabalho, sem aposentadoria, sem saúde e sem moradia? As Ações Sociais serão chamadas às responsabilidades de socorrê-los. Dura tarefa a esses mesmos governos que teimam em não praticar a ajuda necessária deixando-os à própria sorte e imaginação à sobrevivência. Inócuas ficarão aquelas medidas e, se confirmado o Plano de Extermínio, nada farão para minorar o sofrimento da turba imensa.
Haverá uma revolução dessa massa humana contra os poderes constituidos e contra as máquinas robotizadas com as quais pretendem substituir o braço humano? Tudo leva a crer que sim.
A Humanidade enfrentará então um grande e perigoso dilema: ou ela acabará de vez com esse execrável processo de extermínio, reintegrando socialmente toda uma massa humana em escala mundial, ou terá que suportar as conseqüências de se ter associado covardemente aos desígnios e princípios impostos pelos poderosos senhores da Nova Ordem Mundial.
O que espera do porvir a Humanidade? A paz entre os povos com trabalho e conseqüente vida digna a todos, com saúde e alimentos substanciais e necessários, ou o Armagedon?
Os dados foram jogados no pano verde da esperança: mudar já ou esperar para ver?
Postado por Blog do Morani às 17:33

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