DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


quinta-feira, 27 de março de 2008

MINHAS CRÕNICAS : "A MORTE DE SUPERMAN"

Nova Friburgo, 27/03/08

(Crônica de 11/10/2004)
Quando eu tinha 8 anos de idade chegou às minhas mãos o primeiro "Gibi" - revista de historietas em quadrinhos publicada, entre outras, na década de 40 - em cujas páginas desfilavam os mágicos e poderosos heróis nossos ídolos. Nas aventuras ficcionais dos tempos da guerra os heróis combatiam o Mal (na época, os nazistas ou japoneses), voando por sobre cidades e justiçando os bandidos com seus poderes incríveis. Em alguns, como o Superman e o Capitão Marvel, as balas inimigas não os feriam.
Mas havia os de natureza mais humanas, isto é: agiam de maneira normal, não voavam nem tinham os corpos invulneráveis. Eram eles: Policia Montada; Bronco Piller e seu companheiro Castorzinho, um indiozinho pele vermelha; O Espirito; Mandrake, e seus truques ilusionistas; Ibis e o seu Triangulo Mágico, O almirante Winslow e sua esquadra de possantes navios de guerra. Também havia os "fora de série": Tocha Humana e seu companheiro Centelha, que entrando em combustão adquiriam o poder de voar e a tudo derreter com suas "bolas de fogo" arremessadas contra os inimigos; o Homem e Mulher Bala com seus capacetes que os isolavam da atração da gravidade, voando também; o Cometa, cuja existência o seu criador deu fim fazendo surgir O Vingador, seu irmão; Zaz-Traz, que corria por sobre a fiação dos postes (!); Batman e Robin; Príncipe Submarino, homem e peixe, que tinha um império no fundo do oceano (Meu Deus!); o Homem Espelho, que se tornava invisivel ao entrar em espelhos como uma faca entra num pudim, ou gelatina, com a maior naturalidade; o Fantasma, cuja lenda lhe dava 400 anos de vida.
Todos, apesar dos super poderes, tinham seus pontos fracos: o Superman sucumbia diante de uma pedrinha verde - a kriptonita - quando exposto a ela (fragmento de seu planeta Kripton, que explodira); doutor Silvana o maquiavélico cientista careca e de cabeça escaveirada a infernizar o Capitão Marvel. Todos, porém, combatiam o mal (sempre aqueles inimigos criados pela Segunda Grande Guerra).
Aos gênios de Hollywood se incumbiu dar vida nas telonas, e posteriormente nas telinhas, com o advento da televisão, a esses heróis, imortais alguns (cansativo!).
Ao nos tornarmos adultos é que passamos a analisar questões tão impossíveis quanto às que surgiam das penas e lápis, e argumentos, e arte-final dos criadores doaqueles heróis. Valeria subsistir eternamente, enquanto à nossa volta as pessoas amadas, e toda a humanidade, no período de um século ia desaparecendo?
Pois neste 11 de outubro de 2004 os jornais televisivos e outros deram conta da morte de Superman, aos 52 anos, de infarto. "E a sua imortalidade?" Esta seria a pergunta normal de um garoto que tivesse, ainda, contato com as suas aventuras maravilhosas. Na verdade, morria o ator Christopher Reeves - encarnou no cinema aquele herói voador, de uniforme azul e capa vermelha, destemido (lógico!), solitário e de aspecto normal enquando exercia sua profissão de jornalista do "Dayle Planet" - depois de nove anos paraplégico devido ao tombo quando exercícia a equitação, seu esporte predileto. Para muitos fãs o herói vivido no cinema, ou em revistas, não poderia morrer por estar o ator ligado ao personagem fictício. Mas não é assim na realidade: todos esses heróis são seres humanos falhos, como todos nós. Mas o ator Christopher Reeves mostrou ao mundo seus poderes morais lutando contra a paralização de todo o seu corpo.
Nisto comprovou ser um poderoso ser humano: sempre crendo em sua recuperação. É dele as seguintes heróicas e marcantes palavras: "Desistir de lutar é contrário às Leis da Vida".
Você Christopher Reeves, Superman, lutou e se tornou símbolo para muitos. Você será o eterno herói num mundo capenga, medroso e egoista. O mundo agradece por você ter existido. Voe em paz para o seu verdadeiro Criador e para a sua imortalidade real.

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