Nova Friburgo, 11/04/08
O bairro em que vivo é um lugar da cidade que descortina aos nossos olhos, sempre atentos, os mais lindos recantos.
Ali se vive em meio à vegetação abundante; um bosque que vai da rua onde se encontra a casa focada até ao seu mais elevado ponto: a mata que se estende até os límites da floresta serrana.
A árvore isolada às demais, foi vítima de um poderoso raio que a fendeu de alto a baixo em um dia de muita tormenta. Só os ventos, que vêm do Alto da Caledônia, por sí sós fazem os estragos desnecessários, mas tiveram como sócio a faísca elétrica que acabou com a vida da árvore grácil.
A que se encontra mais acima dela (com o tronco e alguns galhos aparecendo) foi derrubada por questão de "segurança", disseram os soldados do Corpo de Bombeiros da cidade. Porém, já não havia vida nela, pela incúria de alguns desocupados que tocaram fogo na mata ao pé da mesma.
As outras, pouco tempo duraram. A mão violenta do homem foi mais uma vez causadora do desaparecimento das belas e antigas árvores. Hoje não se vê a casa com tal facilidade. O mato cresceu de tal forma que a tudo encobriu, juntamente com outros pequenos arbustos, que se transformarão em árvores, futuramente, se o homem deixar. Contudo, esse é mais um belo recanto do meu bairro que o meu pincel registrou em suporte de eucatex. Ao fundo, em um verde mais claro, pedaço da mata do Catarcione que corre serra abaixo seguindo paralela à mata do Perissê.
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