DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


sexta-feira, 11 de abril de 2008

SOL CANICULAR SOBRE FAVELA


Nova Fribugro, 11/04/08
Em um céu avermelhado sobre o casario da favela
o sol, como moeda de ouro suspensa, no exagero proposital usado por mim na obra, parece ter incendiado a abóbada celeste a ponto de espalhar o fogaréu sobre os telhados dos casebres e de torrar as poucas árvores que se espalham desde o alto do morro até mais abaixo.
Podemos imaginar, numa viagem ao interior da obra, o calor que se faz presente entre as pobres construções, quase que umas sobre as outras. Não há movimento nas copas das árvores. Tudo se acha parado, como se a qualquer movimento mais possibilidade haveria de um fogaréu se espalhar por toda a favela
Esta obra é a terceira com o mesmo motivo. A primeira se encontra no acervo de minha filha Alice, em Recife, onde o calor é o mesmo registrado nas telas.
Também não se acha assinada ou datada, por qual razão não me lembra, mas aí está a realidade de quem vive numa comunidade chamada "favela" - ruelas e casas sem um plano ou projeto capaz de torná-la aprazível aos seus moradores. O Sol, porém, lá está a marcar a sua presença incendiária. E ele se levanta e se põe todos os dias para sufocar os trabalhadores honestos e as familias que vivem num aglomerado do gênero.

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