DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


sábado, 9 de agosto de 2008

A BOLÍVIA E O REFERENDO DE 10 DO CORRENTE M~ES

A Bolívia e o Referendo do próximo dia 10/08/08

Mais uma vez o país vizinho – Bolívia – se vê engolfada por insatisfações que têm foco nos departamentos de Santa Cruz de La Sierra e Tarija, os considerados mais ricos, e onde se encontram as elites daquele país.
A insatisfação dessas elites, que desejam sempre o domínio total da economia em certos países, é lugar comum na história das nações, cujos abismos sociais entre as classes se tornaram escandaloso.
Por aqui, não estamos muito distanciados dessa triste realidade que se impõe de maneira covarde, descarada e, ao mesmo tempo, revestida de total indiferença das autoridades às quais está afeto o bom andamento das políticas sociais mais justas, e mais de acordo com a própria economia interna.
Domingo – 10 do corrente mês – será realizado Referendo para confirmar em seus cargos o presidente Evo Morales, o vice Álvaro Garcia e mais oito governadores departamentais (estados).
Se elogios de outros líderes sul-americanos bastassem para manter Evo no lugar em que está – teve 53,76% dos votos em sua eleição – na certa ele nem precisaria do Referendo. Disse o nosso presidente: “O Evo é a cara da Bolívia”. Como ele gostaria de ouvir ou ler de outros líderes latino-americanos a mesma frase para a sua pessoa. Impossível tal assertiva. Enquanto Evo luta pela Bolívia, e por extensão pelo seu povo; o nosso Lula (meu não) dá terras na Amazônia, virando as suas costas para os sérios problemas lá implantados com a presença de alienígenas barrando brasileiros ao livre acesso às terras indígenas, como se donos fossem (e são, pois que se adonaram das mesmas sem nenhuma medida do nosso governo). As suas maiores preocupações estão focadas aos problemas africanos, aos de alguns dos países da América Latina (Colômbia, Chile e Venezuela, principalmente) e nunca aos problemas internos do país que desgoverna. Os nossos, caem no olvido.

E nesse olvido – verdadeiro abismo que tudo engole – vão-se passando os dias, semanas e meses até a próxima eleição presidencial. Referendo aqui? Não seria má idéia se fosse para interromper a caminhada de um petista que traiu a todos os que nele confiavam (como eu, que nele votei na primeira eleição).
Para a Bolívia se deslocaram 300 representantes para confirmar que será democrático o Referendo. Por que tantos olheiros estrangeiros? Subentende-se que algo de podre existe no reino da Bolívia, que não há confiança total na lisura do Referendo, que pode haver “golpe de estado” (o que não seria de se admirar, pois em quase todas as republiquetas latino-americanas sucedeu assim).
As afirmações do senhor Carlos Alvarez, presidente da Comissão de Representantes Permanentes do Mercosul, esclarece que “não há espaço para um golpe de estado” na Bolívia, e que todos devem estar ombreados para defender a democracia no país. O estado democrático jamais deveria ser defendido. Ele teria o escudo da proteção contra assalto da sanha dos inimigos desse estado, normalmente, se por trás não houvesse o “olho grande” da elite dominadora – a mais interessada no caos interno. Mas em toda a América Latina há um desconforto, escamoteado pela imprensa favorável aos dirigentes da hora; há uma dúvida (uma só não, muitas) sobre os andamentos da trajetória política atual nessas nações, conduzidos por homens que se curva diante dos poderosos que dizem como deve ser a política social a cada uma. Não se pode negar essa submissão covarde, que ainda existe e que supera a liberdade e a autonomia de cada uma dessas nações. Por isso, e só por isso, caberia no Brasil Referendo com as mesmas finalidades. Acredito nos brasileiros que têm para Evo votos de sucesso absoluto nesse conturbado país que é a Bolívia.

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