DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


terça-feira, 18 de novembro de 2008

MEU COMENTÁRIO À "GENEROSIDADE ÀS MONTADORAS"

Friburgo, 18/11/08


Generosidade às montadoras

Por Paulinho Passarinho
Economista e vice-presidente do CRE,RJ


Fico em profunda dúvida, ao ler nos noticiários da nossa mídia especializada e em comentários como o acima mencionado, do senhor Paulinho Passarinho, que se repetem as urgentes e costumeiras reuniões das mais poderosas economias do planeta sem que vinguem soluções práticas e imediatas. Com tantos cérebros privilegiados – assim os vejo – jungidos pela experiência em seus ofícios, por que cargas d´águas não vislumbram com antecedência que tais e tais fatos acontecerão irremediavelmente? Não entendo esse “desleixo profissional” da parte a quem compete estar vigilante quanto aos rumos tomados pela economia. Se ela chega claudicante, à beira do abismo, incontrolável e pronta a sujeitar milhões de trabalhadores ao desemprego, e já tendo permitido a corrosão das riquezas a custo acumuladas pelas nações, o que se pode esperar desses cérebros comprometidos senão medidas superlativas que venham engessar aquilo que está lhes escorrendo entre os dedos como as areias das praias? O mundo nunca esteve tão em litígio como agora; também, é verdade, nunca esteve em equilíbrio bastante para emoldurar o mundo globalizado com a certeza de que não seriam abalados os pilares dessas economias. A meu ver, o pior desastre é o que atinge as economias produtivas por abrangerem outros segmentos importantes como o emprego e o crédito. Este se liga umbilicalmente ao sistema financeiro, sem dúvida, e, infelizmente, os governos se acham obrigados a socorrerem o segmento mais lucrativo das economias para que a débâcle não seja maior que as próprias reservas dolarizadas nos Bancos Centrais para sanar, em parte, essa situação que se acreditava não ter maiores extensões de como as atuais se apresentam.
Está totalmente calçado em bases sólidas o comentarista quando afirma – fruto de seu conhecimento analítico – que as “políticas monetárias saudáveis” nada mais são que eufemismo para as novas políticas de arrocho, que acenam com o fantasma da inflação, em caráter persistente e nocivo.
O quinto parágrafo do comentário do economista Paulinho Passarinho se acha eivado por total e afiançável razão. Isto é que é o governo Lula – o mesmo que foi chamado de “traiçoeiro”, no evento das conversações em Doha, pelos argentinos; o mesmo que desviou sua rota de campanha enveredando pelos caminhos tortuosos antes combatidos por ele e pelo PT! Eram, sim, contra a ditadura dos bancos e transnacionais sobre a condução da economia do país. Hoje não só a defendem como se alinharam aos que já eram sobejamente conhecidos nessa prática, para mim de lesa-pátria. Não acredito que a política – ele não tem políticas sociais – social levada a cabo no seu governo pífio tenha peso necessário para elevar uma grei de infelizes a patamares mais altos na pirâmide social. Não passa a medida, pueril a meu ver, de sucesso em termos eleitorais, e mais nada. Não é dessa política capenga que precisa o povo brasileiro. Precisam ver respeitados os seus direitos, as suas prerrogativas de seres enquanto cidadãos. Lula só respeita (por covardia) bancos e montadoras; esses são os que mais remetem lucros ao exterior. Quem não sabe disso? Quem ignora o protecionismo concedido às “fortalezas” da economia? Contudo, não deve ser esquecida a “fortaleza” do trabalho, que sem ele – o trabalho de milhões de brasileiros – o capital inexistiria. Em mãos da classe trabalhadora é que está toda a razão de ser de uma Nação! E é preciso menos do que necessitam os demais segmentos do país. Antes, é primordial atarraxarem nas caras a vergonha e usarem mais o coração às cifras estatísticas para se proclamarem vitoriosos.
Morani

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