DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


quinta-feira, 13 de novembro de 2008

SOBRE O 'DEBATE NA BLOGSFERA"

Friburgo, 14/11/08

Amigo Hudson:

Concordo com você ao citar que existem outros temas de relevância a serem discutidos e postos à mesa dos debates para que sejam esmiuçados dentro de um espírito de independência e de justiça; se inimigos eu tive, ou tenha, jamais deixei de lhes dar a mão à palmatória naquilo que eles tiveram ou têm de melhor. O debate pelo simples debate, as divergências gratuitas, com açodamentos inaceitáveis, isto tudo nada constrói. Uma grande lição nos deu meu falecido pai a nós homens da casa – éramos três – e principalmente para os dois mais velhos; um já oficial do exército, o segundo em vias de sê-lo, mas da Aeronáutica, como de fato aconteceu, e a mim, ainda em formação, contudo já ciente sobre as lutas partidárias (eu o acompanhava em suas lides políticas, e a muitas sessões da Câmara eu comparecia), ou de caráter hierárquico. Ele dizia em sua sisudez, ao enveredar por esses meandros:
“Por mais que um governo seja falho, e que nele se possa encontrar fatos que lhes venham envergonhar, jamais levantem a bandeira da oposição, mas procurem lobrigar, nessas destemperanças político-administrativas, as razões plausíveis aos escorregões para a vala da vergonha. Muitos erram por faltar-lhes amadurecimento; a esses perdoamos; outros erram por pura improbidade; a esses não condenamos, mas nos afastamos reclamando. Não nos somemos gratuitamente aos seus erros, já nos bastam os nossos”.
Tirei essas palavras acima de uma carta que ele fez questão de escrever àqueles dois filhos – Sergio e Luiz Carlos – após ter-nos dado verbalmente esse conselho. De meu ponto de vista, calcado na ingenuidade própria a um jovem em desenvolvimento, perguntei-lhe mais tarde: “Pai e se esse governante for do tipo do governador Varela (na época o governador do Rio Grande do Norte) devemos perdoar?”
“Esperneie como eu farei”. E ele fez!


Aconteceu ter feito o referido governador Varela um “deslize” (hoje corrupção) contra os cofres da Prefeitura de Natal. Não me vem à memória o cerne da questão, mas seria degradante se posta ao público pela imprensa contrária. Lembro, porque meu pai comentava veladamente a outros políticos que nos visitavam; e ele era da oposição!
Atualmente, vejo essas coisas: múltiplos atos de corrupção e dolo superlativo grassando na esfera federal, e muito próximo à figura do senhor Lula. Esse homem simples, vindo do nordeste que conheço bem, enveredou por caminhos antes jamais pisados por ele e por seu partido, o PT! O poder subiu à sua cabeça; anda inebriado pelas relações quase fraternas a outras figuras de projeção internacional; homens que ele jamais pensou um dia chegar ao menos perto. Lula se perdeu nesse emaranhado perigoso que é o Poder; esqueceu a sua origem e a origem de seu partido, a sua linha precípua no cenário político brasileiro. Acompanho, desde o começo, o nascimento do PT. Votei nele na primeira eleição em que ele foi sufragado nas urnas eletrônicas. Votei, acreditando no homem Lula. Na segunda oportunidade dei meu voto consciente a Heloisa Helena, pela sua combatividade no plenário do Senado, pela sua postura corajosa diante dos descalabros dos títeres petistas, também ébrios pelo Poder, e pela falência desse governo. Se ela era ou não a melhor solução, não a julguei senão pelo papel exercido enquanto senadora da República. Em 2010 se houver uma coligação Tucanos/Dem(onios!)/PPS, não darei o meu voto nem que o candidato venha ser Jesus Cristo! Também, por outro lado, não votarei em Dilma Roussef, ou qualquer outro da Estrela Vermelha. A Operação Satiagraha parece ter cedido lugar a outro tema relevante: o perdão das dívidas dessas organizações que se dizem “filantrópicas”. O valor R$ 2,5 bi deve estar pesando nos bolsos dos “amigões”. E o compadre Bush não pretende mais dividir a “bolada” de US $ 700 bi com os bancos ou com as montadoras. E agora? Para que Lula quer “injetar” alguns bilhões em bancos tupiniquins, que sempre tiveram astronômicos lucros? Ele que gosta de copiar os atos tresloucados dos alienígenas, vai ficar com que cara? Ira insistir ou desistir? Eis a questão. Perdoar ou não? Não! Por ser reincidente, por dolo, por consciência de que erra mais do que acerta e por sua insensibilidade às verdadeiras questões sociais, muito maiores que esses milhares de famílias que recebem a Bolsa! Não o perdôo, mas não o condeno. É um amador conduzindo um “barco” de grande calado por águas traiçoeiras.

OS – O Banco do Brasil teve lucro de R$ 1,9 bi no trimestre!!!

Abraços.

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