DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


sábado, 27 de dezembro de 2008

HOMENAGEM À CASA ONDE MORO

MINHA CASA NO PERISSÊ


Perissê é o bairro onde moro atualmente. O endereço é: Rua Campos Salles, 55, sobrado. Das janelas da sala, e do meu quarto, tenho deslumbrante vista de parte da cidade e parte do mesmo bairro. A minha frente duas montanhas rochosas, gêmeas, nomeadas Duas Pedras, tendo ao topo o antigo Colégio Fundação Getulio Vargas, para filhos de ricos, e mais abaixo, aos seus pés, outro colégio - esse centenário Anchieta onde estudou Euclides da Cunha e deu aulas Ruy Barbosa! Daqui vejo a vetusta fachada e as muitas palmeiras altaneiras, que nos dão boas vindas. Porém, estou aqui para falar de minha casa querida, unida a mim e à Léia como as nossas almas. No dia 23 de março de 1997 entramos pela segunda vez por sua porta, e desta vez em definitivo. Ela era o que vínhamos procurando com todo empenho. Nós cabíamos nela com folga e ela cabia em nosso orçamento familiar, ou seja: o aluguel não ultrapassava os 30% aconselhados por técnicos em economia. Por dentro, ela nos oferece sala espaçosa com candelabro de cinco pontas e com uma das paredes guarnecida por pedras esverdeadas e acinzentadas de matizes variados. Duas grandes janelas trazem-nos a luz soalheira com intensidade. À frente - como disse - uma janela a guisa de moldura mostra parte da cidade. Há uma paisagem digna de um Monet; a segunda, ao lado, leva as vistas para um bosque onde existe um condomínio excelente. A casa nos oferece, ainda: dois quartos e hall de entrada espaçosos; copa-cozinha de ótimo tamanho e banhada de muita luz; banheiro igualmente espaçoso; varanda à ré da casa e uma laje totalmente nossa. Laje imensa, que nos serve como "mirante" nos dando mais vistas da nossa bela cidade e descortinando mais paisagens ricas em verdes, à distância. Mas foi morando nela que me descobri com sérios problemas de saúde, e foi nela que usei a visão privilegiada para pintar paisagens magníficas dali descortinadas! Aqui nesta casa, que nos faz felizes, passei os piores e os melhores momentos da atual quadra de minha vida. Não descarto a possibilidade de permanecer nela por mais 10 anos, se Deus permitir. Sempre fui muito apegado aos lugares escolhidos para moradia. Não vivi pulando de casa a casa, de bairro a bairro, mas, tão somente, de cidade a cidade, como nômade. Valeu à pena a escolha. Demorei a encontrar essa casa bem situada, arejada, bem iluminada, espaçosa e acolhedora e numa rua limpa, onde não há comércio indesejável perto. Para completar, acredito ter o mais humano e compreensível senhorio de toda a minha vida: um nonagenário incomparável como pessoa mesmo solitário - pela metade - como é. Faz-lhe companhia excelente criatura, até às 17 horas. Nelcy é o seu nome. Mulher no gênero, mas um "anjo caído do céu" para dissociar a solidão do meu senhorio, Sr. Cizinio, ao que lhe resta de vida, que espero seja mais longa do que tem sido. Assim me sentirei duplamente atendido, e a continuidade ou não de nossa presença nesta amada casa assobradada talvez dependa da boa vontade de terceiros, mas, se depender de nós, me morrerá, e Léia também, ali entre as suas paredes, olhando paisagens descobertas, que amamos desde 1997.

Augusto de Moraes (Morani)

Um comentário:

Teruko Kanto disse...

Querido Morani, hoje adentrei-me na sua casa sem pedir licença. Observei cada detalhe do seu lar e da Léia...Emocionei com os detalhes e cuidados da sua morada. Que lugar delicioso, amigo! Subi na lage e lá fiquei papeando com você em pensamento. Foi bom demais e me fez muito feliz. Acolheu-me tão bem que nada poderia tirar o brilho e a imensa plenitude que me tomou conta. Obrigada Morani por deixar a porta aberta e eu passar momentos inesquecíveis...Amei!!!
Beijos
Teruko Kanto
de Yamagata- Japão.