DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

REVOLUÇAO UM & DOIS

POSTADO POR NILDO OURIQUES - Elucro certo!

REVOLUÇÃO - UM


Onde está a direção REVOLUCIONÁRIA? Nenhum setor escapa. Óbvio que o impacto é diferenciado. Alguns reagem e até conseguem transformar a crise em lucro. Os bancos brasileiros se dizem “saudáveis” (pudera: a agiotagem, a pilhagem e o o roubo permitidos e assegurados por sucessivos governos federais, de Collor a Lula, dão-lhes lugar único no planeta. Vale a sentença de Lênin: assaltar um banco é nada comparado com fundar um). Mas, no geral, há consenso mesmo entre economistas liberais: a catástrofe é mais grave que a de 1929. O que todos sabem, mas poucos afirmam, é que a crise do capital foi produzida pela infinita voracidade do próprio capital, confirmando, uma vez mais, o diagnóstico de Marx sobre os limites do capitalismo. Não há novidade no fato de que a necessidade de busca permanente do aumento de lucros leva o capital a aventuras cada vez mais destrutivas, como as guerras. A “novidade” consiste nas proporções da destruição possível: graças aos avanços tecnológicos, atingiram dimensões titânicas, pois dotam o capital do poder de transformar radicalmente a paisagem natural (basta pensar no buraco na camada de ozônio); desafiar os limites impostos por bilhões de anos do processo evolutivo (transgênicos, que eliminam a fronteira entre os reinos naturais); e aniquilar a vida sobre o planeta (a capacidade mortífera demonstrada em Hiroshima e Nagasáqui não passa de brinquedo comparada ao poderio contemporâneo). Debate-se o conceito de “antropoceno”, a idéia de que a ação humana pode, finalmente, alterar o ecossistema planetário, à semeljhança dos cataclismos que marcaram a divisão entre as eras. Sob o domínio do capital, ciência e técnica deixaram de ser forças produtivas. São destrutivas. Seu desenvolvimento não se volta para o bem-estar da principal força produtiva, o trabalhador, a maioria, mas para sua destruição. Como mostra um dado dramático, divulgado pela 5ª Conferência Internacional da Via Campesina, que reuniu 600 militante de 60 países, entre 16 e 23 de outubro: A produção mundial de grãos 2007/2008 está estimada em 2,1 bilhões de toneladas, um aumento de 4,7% em relação à safra anterior. Estatísticas da ONU mostram que, no início dos anos 1950, 2,5 bilhões de seres humanos dispunham, em média, de 2.450 calorias diárias; em 2000, 6 bilhões tinham à disposição, em média, 2.700 calorias. A extensão de terras aráveis e culturas permanentes passou de 1,33 bilhão para 1,5 bilhão de hectares, ao passo que a área de superfícies irrigadas mais que triplicou (de 80 milhões para 270 milhões de hectares). Apesar disso, o número de pessoas com fome cresceu até alcançar a cifra de 1 bilhão. Como explicar? Infelizmente, é simples: comida virou commodity, artigo de especulação negociado nas bolsas, ainda mais quando parte dos grãos vai produzir combustíveis. Observa-se a mesma lógica predatória em todos os setores.
CONOMISTA FUNDADOR DO OBSERVATÓRIO LATINO-AMERICANO

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