DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


quarta-feira, 25 de março de 2009

SUGESTÃO AO GOVERNO PAULISTA - EDUARDO SUPLICY

-feira, 24 de Março de 2009
Datafolha – SP
A mais recente pesquisa Datafolha sobre a sucessão ao governo de São Paulo mostrou alguns dados interessantes. Pela pesquisa nota-se que o Grupo Folha já dá como consumada a candidatura de José Serra à presidência da República – ou então por qual outro motivo o nome do atual governador não seria aventado em nenhum cenário pesquisado? Passa-se assim aos incautos leitores a sensação que não há uma disputa fratricida entre Serra e Aécio dentro da agremiação tucana. A pesquisa também revelou a força que o PSDB ainda tem no estado após 15 anos ininterruptos (des)governando essa unidade federativa – leia o Tucanato e a Tragédia Paulista [http://dissolvendo-no-ar.blogspot.com/2008/10/o-tucanato-e-tragdia-paulista.html ] – além de confirmar que o PT vem sistematicamente perdendo espaço entre os eleitores paulistas.

Quanto aos números da pesquisa em si é interessante ver Geraldo Alckmin largando à frente de seus possíveis rivais (é sempre bom lembrar que o Picolé de Chuchu e Príncipe do Atraso é muito bom de saída e inversamente ruim de chegada, quem mais conseguiu ter menos votos num segundo turno do que os obtidos no primeiro???). O Príncipe do Atraso conta hoje, segundo o Datafolha, com um percentual que varia entre 41% e 46% das intenções de voto de acordo com o cenário apresentado. Seu pior desempenho seria diante de Marta Suplicy. O tucano da Opus Dei crava 41% enquanto a petista fica num longínquo 13%. Nos outros dois cenários apresentados em que aparece o nome do ex-governador, tendo os petistas Fernando Haddad com 1% e Antonio Palocci com 3%, Alckmin tem respectivamente 46% e 45% das intenções. Outros possíveis candidatos a se destacarem dependendo do cenário, o nome de Aloysio Nunes substituindo o de Alckmin foi testado em dois dos cinco cenários, foram Paulo Maluf (entre 13% e 20%), Luiza Erundina (entre 7% e 14%) e, quem diria, Soninha Francine (entre 5% e 10%).

Também é importante ressaltar a não inclusão do senador Eduardo Suplicy. Claro, alguém dirá que ele não é suficientemente "confiável" à cúpula do partido por não rezar a cartilha da Articulação (antigo Campo Majoritário), portanto, o estado maior petista dificilmente o lançará candidato. No entanto numa eleição tão importante para os objetivos e futuro do Partido dos Trabalhadores, e especialmente delicada como no caso de São Paulo, por que não levantar a idéia do senador Suplicy ser o postulante do partido ao Palácio dos Bandeirantes?

Acredito que o PIG não colocará por conta própria nome de Eduardo Suplicy entre os possíveis candidatos por uma questão simples. O senador tem simpatia e votos e poderia mostrar-se bem melhor colocado nas intenções de voto que Marta, Palocci ou o ministro Haddad (que faz um bom trabalho à frente do Ministério da Educação). A idéia do PIG é passar aos seus leitores que o PT não possui candidato forte a sucessão de Serra e emplacar de vez algum nome da sacrossanta aliança entre PSDB/DEMO/PMDB que se formou no estado.

Estrategicamente não seria má idéia ter Eduardo Suplicy como candidato. Abriria espaço para Mercadante, outro candidato em potencial, tentar a reeleição ao Senado, enquanto Marta e Haddad poderiam disputar uma cadeira na Câmara com enorme chance de puxarem a legenda para cima. Mais, o PT não perderia nada. O mandato de Eduardo Suplicy só encerra em 2014. Caso derrotado voltaria normalmente ao Senado. Como São Paulo é um estado extremamente conservador e apegado ao "udenismo", um nome há tanto tempo na política, porém, nunca maculado por denúncias de corrupção ou improbidade e tradicionalmente reconhecido como moderado, viria a calhar.

Pode não ser o nome que gostaríamos para mudar o estado (nem Marta, Mercadante, Haddad e menos ainda Palocci o são), todavia, já representaria um grande avanço em comparação à última década e meia.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas às 12:28

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