Sábado, 23 de Maio de 2009
Leandro Fortes deu uma boa definição para a aventura que os demos, tucanos, liquidacionistas, e toda a sorte de entreguistas e privateiros estão fazendo ao promoverem uma CPI da Petrobras. “Uma cruzada ao fundo do poço”, segundo o jornalista da carta Capital.
Diria eu que, melhor ainda, trata-se duma epopéia. Ou talvez, autoflagelo, um tiro de bazuca dado no próprio pé – essa expressão é do Locatelli.
A oposição conseguiu aquilo que vínhamos pedindo desde 2003, ou seja, ver o povo nas ruas para defender os interesses e a soberania nacional. A direita conseguiu, quem diria, resgatar os movimentos sociais, sindicatos e organizações populares da letargia a qual se encontravam. Só tem um probleminha, para a direita obviamente, esses movimentos saíram às ruas no ímpeto de denunciar as manobras entreguistas e politiqueiras da própria direita.
Essa aventura está sendo também didática. Afinal uma sucessão de declarações e atitudes da direita, mostram perfeitamente o corolário desse grupo de políticos antipovo. Como por exemplo, a ameaça de obstruir as votações no plenário do Senado caso o povo continue a sair às ruas contra a CPI da Petrobras. Assim tornam publico, mais uma vez, o desprezo e ojeriza que sentem pelo povão.
Os grandes jornais da mídia oligopolizada, aliados incondicionais da direita, não perderam tempo e correram a publicar editorias defendendo a emocionante epopéia entreguista. O Otavinho Frias afirmou com todas as letras que, nenhuma empresa no Brasil, ainda mais uma estatal, pode estar imune a investigação de uma CPI. Concordo plenamente com ele. Inclusive lhe sugiro que nos próximos editoriais defenda uma CPI sobre a fusão entre Sadia e Perdigão, e enfim, possamos tomar conhecimento sobre quantos trabalhadores perderão o emprego e quais unidades serão fechadas. Ou então, sobre outra fusão, a do Itaú com o Unibanco, como serão as relações trabalhistas num setor onde já é notória a degradação da qualidade de trabalho, e, ainda, qual o impacto que essa fusão terá diretamente sobre os ditames das escorchantes taxas cobradas pelos bancos na Terra de Santa Cruz. O publisher da Folha poderia propor também uma CPI que investigasse a conduta do Grupo Folha durante a ditadura militar – ditadura a qual Otavinho prefere chamar de ditabranda –, como se deu inicio ao apoio logístico daquele grupo, cujas peruas eram cedidas para o transporte de presos políticos. A sociedade brasileira tem curiosidade em elucidar tal relação.
Hoje li na Folha Online mais uma das perolas da oposição farisaica. O senador Arthrur Virgílio afirmou ao rebater críticas da ministra Dilma Rousseff sobre a CPI instalada, que a Petrobras “está dominada por políticos derrotados”. Isso, na visão do nobre senador amazonense, é indigno e os ocupantes do primeiro escalão da estatal são incompetentes por natureza.
Acho que o senador Arthur Virgílio estava em Marte nos últimos 7 anos, ou então, pelo menos desde 2006, estava ocupado contanto a enormidade de votos que recebeu para o governo do Amazonas, 5%. Então só pra informá-lo.
A Petrobras valia, a preço de mercado, pouco mais de 50 bilhões de dólares em 2002, hoje vale cerca de 460 bilhões. Durante esse período não tivemos sequer um único acidente que lembrasse de longe o derramamento de óleo que ocorreu nas baías de Guanabara ou Paranaguá, e tampouco algo similar ao afundamento da P36. O barril do petróleo foi ao patamar histórico de US$145,00 na Bolsa de Nova York, no entanto, no mercado interno, o preço da gasolina, do óleo diesel e outros derivados, se manteve praticamente estável nesse período. Mais, a Petrobras se tornou a maior empresa da America Latina, descobriu uma das maiores reservas de petróleo do mundo na chamada camada do Pré-Sal. É sinônimo de tecnologia de ponta em extração de petróleo em alto-mar, e em 2006 o Brasil se tornou um dos poucos países do mundo – pelo menos do que eu vivo, não sei ao certo quanto ao senador Virgílio e seus colegas de oposição – auto-suficiente em petróleo. Além de tudo isso, a empresa estatal tem tido papel relevante como impulsionadora da economia nacional ao tocar projetos do porte de refinarias e gasodutos. É de suma importância salientar que seus acionistas, incluindo àqueles brasileiros que usaram o FGTS e compraram ações durante o governo FFHH, estão muito satisfeitos com o desempenho da empresa na bolsa de valores.
Agora, se é pra ter uma CPI da Petrobras, por que não começar investigando a dinheirama torrada pra trocar o nome da empresa para “Petrobrax”, os desastres ambientais causados pelos derramamentos da década de 1990, e o afundamento da P36?
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas às 12:40
DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014
Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.
O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.
O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.
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