DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


domingo, 28 de fevereiro de 2010

A INFLEXÃO DE MARINA SILVA

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Ano passado antes de Marina Silva romper com o Partido dos Trabalhadores e aceitar encarar a aventura de se candidatar à presidência da República pelo Partido Verde, escrevi-lhe uma carta aberta pedindo que repensasse no assunto e se dispusesse a pleitear tal candidatura pelo PT. Meu temor, e esse temor estava explicito naquela carta, era de que ao desembarcar no PV Marina se tornasse a inocente útil das pretensões conservadoras. Afinal tal temor se baseava no fato de o PV não passar dum partideco de aluguel sem qualquer substância ideológica ou organicidade política a não ser a de tirar proveito (próprio) do poder. Como exemplo, à época, argumentei que o PV faz parte tanto da base do governo federal quanto das bases de Serra e Aécio, assim como também fez parte da administração de Cesar Maia no Rio de Janeiro.

Hoje, passados quase sete meses daquela missiva, percebo que o inocente foi eu. Marina não se deixou engabelar pelo PV, ela sabia exatamente para onde estava indo e a inflexão sofrida por seu discurso recente escancara essa opção.

Há poucos dias a senadora culpou o PT por não dialogar com o PSDB nem enquanto oposição e nem depois enquanto governo. Na visão (estrábica) da senadora acreana apenas o PT se mostrou intransigente em ambas as oportunidades, assim o PSDB deve ser isentado, uma vez que sempre se mostrou aberto ao diálogo. Talvez a ex-ministra do Meio Ambiente pense que o PSDB queria o melhor para o Brasil quando urdia o golpe branco para derrubar o presidente Lula durante a crise do “mensalão”. Ou então enquanto os tucanos estavam à frente do governo federal tinham razão em sucatear de forma desenfreada o estado brasileiro e acentuar nossa histórica desigualdade social. Interessante esse ponto de vista.

Não bastassem declarações dessa estirpe, Marina agora também faz coro com a direita tupiniquim condenando Hugo Chávez e Irã, além de querer dar aulas de democracia para Cuba. Quiçá Marina pregue o “criacionismo” para o povo cubano.

Em entrevista para a radio CBN (das Organizações Globo) Marina soltou algumas pérolas que mostram seu modelito neoliberal:

“Não podemos ficar reféns dessa combinação que é um pouco preocupante, da democracia representativa com a democracia direta. No caso da América Latina, a Venezuela tem uma ênfase plebiscitária que pode colocar em risco a alternância de poder, a subtração de liberdade.”

Sobre Cuba:

“A revolução contribui com alguns aspectos? Contribuiu e muito. Agora, é o fim da história? Não é. Existe um desafio ali? Existe. Qual é o desafio? É de que Cuba precisa se abrir para o mundo, precisa se transformar numa a democracia. Cuba não tem que ter medo da democracia porque até os amigos de Cuba já começam a ser constrangidos pela falta de liberdade de expressão.”

Durante a semana Marina também havia gravado participação para o programa É Notícia, comandado pelo jornalista Kennedy Alencar na Rede TV. E lá foi Marina, sem pudor, jactar mais algumas pérolas do tipo:

“Para a ministra Dilma, parece que as questões ambientais não são prioridade”.

Talvez seja até triste fazer uma constatação dessas, mas Marina agora está no partido certo, um partido feito à sua medida.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas às 17:57

Um comentário:

Matheus Braz disse...

Olha aqui vemos muitas interpretações indutivas da Marina Silva.

Eu juro q não entendo pq omitir e dizer q a Marina disse q só o PT esteve errado ao não dialogar com o PSDB. Na entrevista, se vc viu, vc deve ter percebido com clareza q ela falou q os dois governos, há 16 anos não há dialogo entre estes dois partidos. Ela falou isso e concordo pq sem dialogo quem perde não são eleitores e sim pessoas, brasileiros.

Espero q pare de fazer isso, se conhece a Marina, não tenha medo de dizer e votar nela. Ela é a única q tem criticado o governo Lula, entre os candidatos, o q mostra a coragem dela. Mas desde quando criticas são ruins, q eu saiba as criticas construtivas são sempre bem vindas, não é? Quer dizer se estivermos falando de pessoas e não de eleitores...