DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


segunda-feira, 17 de maio de 2010

ARREMEDO DE GUERRA

A partir da presente data estarei publicando, por páginas, ao modo folhetim, o meu livro "Arremedo de Guerra" narrado pelo personagem Mariano Bello, chamado Bé, que por lá esteve metido até o pescoço em fuga a um padre com sede de vingança.

APRESENTAÇÃO

Oi gentes! To escrevendo uma estória verdadeira que o meu conhecido Paes e Puerta, um filho de espanhóis e de profissão escrevente de Cartório de Registro de Imóveis Históricos, passa pras folhas de meus cadernos comprados tão só para este fim.
Já tem por aí outro livro, oficial, como dizem, enchendo algumas prateleiras das casas de livreiros das cidades, mas não sei dizer se é tão completo e dorido como o meu, que é fruto da experiência vivida na frente das linhas de lutas, já que servi o exército republicano de armas nas mãos atirando e finando muito jagunço fosse esse tal homem mulher ou criança, em vez de uma caneta de pena de peru molhada num tinteiro e sentado a certa distância das refregas, só relatando como faz agora Paes e Puerta livre de perigos e por mim pago, muito bem, para tal oficio de momento na paz desses dias.
A minha vaidade, depois de tantos sofrimentos e perigos, me manda dar uma de escritor para que fique aos meus descendentes a estória de Canudos bem explicada como viram esses meus olhos que um dia a terra há de comer. Mas, enquanto a terra não comer os olhos, nem minha língua, melhor achei era ditar ao meu amigo escrevente, que tem mais jeito nesses causos, os fatos que serão narrados aqui.
Não sei ainda como vou fazer pra ver a estória virada em livro e se espalhar também por prateleiras dessas casas que vendem mapas, cadernos e livros escolares e de escritores. Vocês vão achar diferente a narração. É que por respeitar o modo de falar dos nordestinos paraibanos, e de outras plagas do nordeste, pedi que o escrevente nada mudasse na minha maneira de me expressar para ficar mais original e diferente do outro, que é cheio de salamaleques, de palavreado chique e difícil de entender, e também porque é o que eu sei de nossa língua. Mas haja que foi bem escrito o outro e que não ficaria melhor numa literatura de cordel, pois que nunca que eu vi um de cordel tão volumoso como o daquele cavalheiro gentil e jornalista, além de cientista, mas muito sério, daqui do Rio de Janeiro onde me encontro agora depois de voltear por grande parte das caatingas, dos cerrados e dos desertos do nordeste.
Então, faço a minha solicitação educada: não peço julgamento antecipado, mas gozem o prazer de uma leitura (o Paes e Puerta me ajudou no parágrafo) diferente, original, com a alma mesma do linguajar daquela minha gente boa e simples do nordeste do país. Essa obra, minha primeira, e espero seja a última (ele continua a me orientar), não teve revisão. Sai das páginas dos cadernos como saem os pães das bocas dos fornos das padarias: como são e prontos pra se comer. Se você leitor apanhou esse exemplar que está em suas mãos e abriu as primeiras folhas, é possível que se aventure a ler todo o resto (o escrevente ainda me ajuda). Tua vais rir, chorar, ficar indiferente em alguns trechos, mas não poderás dizer depois que não gostou de nem uma só linha do livro “Arremedo de Guerra”, porque Canudos foi mesmo uma mangação de guerra chinfrim. Saí de minha casa e me mandei pros campos de luta. Angicos era a minha terra, mas não foi de lá que eu fugi pras minhas muitas andanças. Contarei depois.
Bom, chega de conversas fiadas. Vamos aos finalmente que é o que interessa. Ta aí a obra de minha cabeça pra os teus olhos se fartarem nos dias de ócio. Obrigado presumido leitor.
Mariano Bello

PS. Se gostarem, muito bem. Desgostando fica assim mesmo
e de todo pronto. Não me zango; pelo contrário: fico grato.

2 comentários:

Anônimo disse...

Por que o nome do seu blog é Morani? Achei curioso, pois este é o sobrenome da minha família...

Rivaldo R.Ribeiro disse...

Morani eu tentei escrever por diversas vezes a minha opinião sobre o seu blog e deletei...Vou apreender a escrever melhor lendo-o todos os dias.

Dessa forma resolvi resumir numa frase: É muito bom!