DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


sexta-feira, 21 de maio de 2010

ARREMEDO DE GUERRA

Lembro que tinha uma que vivia batendo com a folha do facão na roda da saia, dando uns pulinhos pros lados, como a querer se safar de alguma coisa, talvez do Capeta. Chiste..., quem sabia lá?
Era desmiolada, a coitada. Mas não vamos perder o impulso: a, pois eu te falava que passei por boa. Acreditas? Se não eu paro e descontinuo. Só não quero perder minha saliva discorrendo sobre fato consumado e não ficar acreditado pelo senhor que escreve estas minhas memórias. Fato consumado! Eita beleza, hein? Posso continuar? Pois é: vai então. Foram aí pela leva do primeiro contingente de praças da Nova República em dura marcha com a luz soalheira mais ardente que os fogos do inferno todos juntos e abrasadores sobre os nossos quepes na direção de Uauá. A gente ia indo pro modo desalojar alguns sertanejos revolucionários em Canudos. Já ouvistes falar dele? Do arraial de Canudos, ora, de que mais? Onde mais poderia ser? A, pois, foi esse mesmo. Vixe, minha santa mãe, que marcha! A gente parecia mais que ia se indo pros infernos mesmo do que pr´uma batalha. Dureza pura meu compadre. Digo e não desdigo e ainda afirmo. Não sou de imbróglios. Ou o cabra tem ou não tem crédito. É... Eu disse, porém, em antes que nunca tinha estado numa guerra não foi? Foi não. Estive sim, mas, porém numa guerrinha à toa Em Canudos. Chinfrim, chinfrim... Era de ver, como não? Sim lá mesmo no norte do estado da Bahia. Já lá fostes? Bom... Conheces, então.
Anotou estas últimas palavras minhas? Ah, não anotou não? O senhor teve um jeito de que ta com sono. Piscou os olhos e teve um repelão na cabeça pra frente. Ta firme mesmo? Não pares de escrever. Anote tudo direitinho que eu já disse: não repito estórias. Certo? Na vida minha velha mãe me ensinou e meu pai insinuava: não se pode perder tempo. Uns minutos são os bastantes pra se morrer, de sede ou de bala. Podes crer mais uma vez. Eu só falo verdade nua e crua. A, pois não é, e não tem sido assim? Vale a mentira? O Diabo anda por aí mesmo atrás desses desavergonhados que mentem é muita coisa. Eu dou respeito a um cidadão sério. Pra mim, tu és um deles né?
Ô! Tu pareces que dormes de olhos abertos. Ta cansado? Estejas desperto pro modo anotar todos os acontecidos. Queres parar? Xente! Queres mesmo? Que seja! Chega por então? Seja, pois, assim. Corre a descansar. Te emboques nesta rede aí.

oo00oo

Tu passaste bem toda a noite meu compadre? Passaste né? Dá pra se notar. Estás por te veres bem disposto. Agora, indagorinha mesmo tu ainda tinhas a cara amassada de sono. Dormiu o bastante não? Se não, voltes pra rede estica o corpo e deixes o sono se achegar. Depois nós continuamos sem pressa, que um serviço dessa natureza não pode ter erros nem dúvidas. Te cuides. Até mesmo eu to com vontade de esticar os ossos. Não parece, mas cansa né? Vamos fazer, então, assim? Tu pra lá e eu pra cá, no balanço bom das redes em nesta fresca da manhã. Prontinho. Se me deixarem, eu embalo na sonolência. Judite! Coe um café fresco pra gente e nos chame na prontidão da mesa. Bom que só. Êta, que eu nem apercebi o meu cansaço.
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