DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


domingo, 30 de maio de 2010

ARREMEDO DE GUERRA

Sim, sim, por que não? Mulher-dama sim senhor, e que mulher-dama! Ah, se! Então era ou seria se o pai fechasse os olhos espertos fingindo não crer que aquilo poderia dar em coisa pior. E era o que ela mais queria fazer: se dar inteirinha. A bicha pegou no vício, com certeza. E os manos dela? Nem perceberam. Seria? Pareciam ambos tão vivos, tão espertos... O Diabo deve ter tapados os olhos de todos eles. O padre não faria mandinga pra ela ceder pra ele, ah que não! A mandinga tava era nela, naquela desgramenta. Tentação dos Diabos!
Eu só, iria fazer o quê? Aonde eu iria jogar meu corpo cansado? A casa tava toda fechada. Eu iria pra cabana. Sim, era pra lá que eu ia. Gente estranha... Achei de todos eles. Nem um só me disse onde eu deveria dormir. Fui caminhando devagar sem pressa, querendo que a moça aparecesse e me chamasse. Em vão. Atoleimado estava eu sim senhor e por qual razão? Teria? Teria sim, enquanto a moça estivesse passeando sobre meu peito, no meu coração. Me apaixonei ou me enfeitiçou a moça-mulher? Nem sabia. Tava tudo uma confusão dos diabos na minha cachola. Ah, se! E o que fazer? Mandava os cuidados que eu não mais olhasse pra ela. Eles podiam notar a minha paixão sim. Paixão não nem era enfeitiço não. Tava eu caído de quatro pela morena cor de jambo de cabelos fartos grandes e encaracolados. Pensei em ir embora dali no imediato da hora, na rapidez do momento e nunca que mais me veriam nem um só deles: nem doutor Damasceno, nem Zévedo e nem o outrozão de voz grave, o Mirante tão alto como um, e nem a ex-donzela por vontade própria.
Mas uma coisa me acelera a preocupação. Falei o nome delazinha não? Não mesmo? Como me esquecer de seu nome? Não... Tenho a certeza de que toquei no nome da menina-mulher. Aí, assim, dessa maneira de vazio ela parece ser fantasma. Anote, pois, o nome dela. Cuidado com o escrever: bem bonito é bem limpinho: olhe só que nome – Alísia! Ah, Alísia! Falam de um vento alísio; eu falo da ventania alísia. Não era um vento brando manso devagar não! Era uma ventania a tal moça-mulher. Mas nem que o pobre padre tivesse encoberto pela fumaça do incenso de turíbulo, e o pescoço pesando de tanto terço não haveria anjo ou arcanjo que o livrasse daquela tentação. Caiu por que quis, mas, porém quem não quer cair nuns braços de jambo nuns peitos bonitos, também de jambo, entre duas coxas de jambo? Hein, hein? Procuro até os dias atuais um que se negasse a tomar peito a uma quenga como ela, por que era isso no fundo e nos olhos ao alto, principalmente, que ela anunciava o que era, ou o que seria mais tarde se não tivesse apoio de um braço forte de um cabra macho da Paraíba, que era de lá os cabras machos de ventas nas fuças que eu conhecia e que agora se me apresenta com toda a minha paixão pela menina enjeitada pelo padre confessor e professor. O que lhe ensinava aquele traste? A maledicência a pouca vergonha e o vexame à moça-mulher. O papel dele era se avoar dali mais ela indo pra bem longe, lá onde o Diabo perdeu as botas, mas longe ainda dos olhos e dos braços dos seus familiares. Mas, porém não. Deu de ficar perambulando pelo povoado pequeno como se nada houvesse feito de ruim. Tava acreditando deveras na fidelidade dos seus fiéis. Ele não sabe que o povo vai pras igrejas rezar, mas ta doido pra ver o circo pegar fogo. E haja fôlego pra platéia que ela tem sim senhor pra ver sangue rolar.
O padre viria na certa, tinha certeza à moça-mulher e se não atendesse ao chamado iriam buscá-lo até debaixo da batina do Papa. Nem duvidem de um sertanejo. Não se viu o que fizeram os de Uauá de Cambaio de Bendegó de Cima e de Canudos? Aquilo não foi amostra de coragem destemida. Foi não. Foi muito mais: foi uma tapa na cara da República representada pela soldadesca uniformizada ou não. Eu fui um daqueles bocós, desavergonhado.
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