DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


sábado, 5 de junho de 2010

ARREMEDO DE GUERRA

Em antes de relatar o restante dessa estória devo dizer que os quatro se sumiram tão depressa que me vi só, apalermado, sem iniciativa apressada como haveria de fazer e contar os demais acontecidos do dia. Olhei a casa abandonada pelos seus donos, ali também só como eu.
Para ser bastante fiel a toda essa estória de vingança boba do doutor Damasceno, coisa desnecessária por já ter a moça feita mulher, e que ninguém nem o Diabo dariam mais jeito na sua virgindade, que era coisa trás importante pras moças daquelas bandas, e de qualquer outra banda que não fosse acolá, me obriga a relatar tudo direitinho nos detalhes de toda a conversa minha mais o padre, que ia ser sacrificado bobamente. To contando por agora por já estar longe de qualquer alcance dos braços fortes de Mirante, do ódio gordo do pançudo doutor Damasceno e do bocó, porém malvado, Zévedo. Ouça bem em esta prosa minha e escreve, pode escrever sim, que quero entrante em minha memória.
Eu já tava com o dinheiro no bolso do meu velho paletó e, meio que descorçoado andei na direção da cabana. Chegando lá, fiz uma pergunta boba a toazinha, pois sabia que o cidadão tava lá dentro, mas fazendo o quê? Por que não saia de lá de dentro?
–O senhor meu bom padre ta ai dentro? Não pretende sair? Pois olhes, tenho ordens pra tocar fogo nessa obra. Depois que eu tocar fogo em tudo, posso me ir embora. Espero o padre vir pra cá pra fora.
Eu só ouvia um gemido abafado como se o padre estivesse enterrado a cabeça chã adentra. Arrisquei espiar e levei baita susto. Não é que o padre tava com uma mordaça enfiada na boca e agarrado ao baú parecia que pela batina? Por riba da tampa do baú deixaram uma peixeira de mais ou menos oito polegadas afiadinha que só navalha de barbeiro. Não tava entendendo mais nada, mas logo me deu uma pancada na cabeça. Pensei: “-Aí tem coisa desgramada.” Ah, então entrei modo ver o que se passava com o senhor meu padre, que eu guardo muito respeito por um. Ai foi que descobri tudinho meu senhor. As coisas do homem tava pra dentro do baú por aquela passagenzinha na tampa e na parte de baixo do malão. Ignorava toda a verdade. “-Tiro já o senhor daí meu padre”, Disse modo acalmar ele. Procurei um meio de abrir o baú, mas cadê a chave? Então resolvi livrar ele da mordaça. Foi ai que ele contou pra eu o que lhe havia feito o doutor Damasceno. Eu relatei pra ele o meu lado, a minha versão, e as ordens que tinha a fazer sob pena de ser caçado pelos três, pelo restante de minha vida. O homem tava agoniado, choroso de dar pena. O causo era o seguinte: uma vez tocado fogo na cabana de palha o padre só teria uma coisa a fazer: cortar ele próprio suas coisas (depois, mais detalhado, ele deu o nome das coisas: genitália), pra se salvar de morte horrível pelo fogaréu. Aí então entendi a maldade daquela gente. Melhor era sangrar o padre logo, mas ah, não...! Ele mesmo tinha que cortar a genitália, que ia se assar dentro do baú. Que coisa difícil de resolver por ele mesmo!
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