A poesia "Natal na Rua da Miséria", de José A. Jacob, soa aos nossos ouvidos como carrilhões bélicos, se lida em voz alta, e se assemelha às trevas do Inferno, se lida em silencioso respeito à miséria alheia; como distinguir entre os maltrapilhos que disputam um churrasco de ratazanas seres humanos como nós? Lá, entre as sombras das noites que a tudo disfarça, se escondem por becos e ruas fétidas sombras de gentes que copiam os fantasmas das óperas bufas.
Eis o belo quadro que o nosso sistema social apresenta como um espetáculo não pago aos olhos que passam sem "ver" a verdade de um país nocivo a esses párias. Na verdade, miséria alguma dá Ibope... Engano engenhoso de um títere mal assombrado que cruza nossos céus em um super jato; ele tirou da miséria o seu índice de 87% de popularidade e posa, diante de câmeras de TVs, como um falso Napoleão tupiniquim em cuja mesa, em seu Palácio, farta se acha de guloseimas para os amigos da hora. E os jornais estampam as TVs gritam a todo pulmão e as revistas alardeiam: "Temos o nosso estadista maior, o melhor Presidente que o país já viu nascer, o amigo dos pobres que acabou com a pobreza dentro dos limites de nossa pátria."
Onde, pois, colocar esses "artistas" que fingem a fome, que pervagam as noites à cata de "comida" e, não a achando, se satisfaz a um churrasco de ratazanas? Pode ser um texto exagerado? Um texto para abalar as estruturas sociais, só por brinquedo? Não! Na famosa seca nordestina de 1898, meu avô Machado e seus filhos caçavam calangos e lagartixas, que viviam em mangueiras, para se alimentarem. Ratos são comidos na China, normalmente. Por que não num Brasil de fome escondida, de misérias escamoteadas e de falta total de vergonha de nossas autoridades? Grande esse poema porque traduz a verdade absoluta da atual situação desse nosso Brasil, mais uma vez enganada pela mídia mal intencionada e disposta a receber em suas mãos as verbas "tapa bocas" que o atual governo distribui a mancheias.
DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014
Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.
O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.
O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.
Um comentário:
Meu caro amigo Morani, como vai?
Li esse poema do Jacob, realmente o Brasil que eles mostram não é real.
Digo do meio onde trabalho: a Saude. Existem momentos que da-se a impressão que nao levam a VIDA e SAUDE da população a sério.
A desculpa do empurra, empurra. Pacientes são orientados para se socorrerem na Santa Casa(hospital), a Santa Casa por sua vez empurra os pacientes para os ambulatórios municipais que com pouco recursos faz um tratamento paliativo.
A Santa Casa chora por recursos federais e estaduais...Enquanto isso o povo sofre e morre.
Negar a pobreza no Brasil ou diminui-la, vivemos tempos sazonais de um certo bem estar.Até quando?
Mas a história nos conta que as monoculturas e agronegocios levam a população em alguns casos a extrema pobreza, tomara que isso não se repita, pois os tempos são outros...mas os homens são os mesmos...
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