DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


quinta-feira, 31 de julho de 2008

BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE DOHA

LEVES CONSIDERAÇÕES SOBRE “DOHA”


Lendo notícias sobre as diversas reuniões das potências mundiais para dirimirem dúvidas a respeito de suas economias – indústria e agricultura – a nós, simples mortais ligados às andanças desses grandes dirigentes, parecem ser meros turistas internacionais de obscuras tendências e escamoteados objetivos para que apenas os “grandes” – aqueles países já há muito desenvolvidos – tenham suas prerrogativas aceitas, carimbadas e postas em ação. Jogam ao pano verde das mesas de negociações – como jogadores profissionais de pôquer – suas exigências, que prevêem sendo as únicas a serem aceitas pelos países em desenvolvimento como condições primordiais sem as quais não haverá consenso.
O mundo moderno vem a longos anos envolvidos em debates e exigências praticamente abortadas – e ainda não perceberam esses dirigentes dos grupos “G-8”, “G-20”, “G-50”, que sem abrirem mãos a essas exigências, sem apoio às verdades de cada país participante, essas reuniões só tendem a se transformar num caos como já é a própria vida atual no planeta. Aliás, essa condição caótica já era prevista há alguns milhares de anos.
Eu, como cidadão planetário e vivendo nesta Terra de incongruências, por culpa exclusiva de medidas egoísticas dessa soma de mentes mundiais, que há muito desejam controlar emoções, trabalho, desenvolvimento e consequentemente riquezas dos povos, me vejo como joguete em suas mãos. Das mesas de negociações, sobre as quais repousam as mais finas bebidas, os mais saborosos e requintados pratos, explodem as normas que deverão ter o aceite de todos os que não conseguem domar as “feras da pobreza, da fome e do subdesenvolvimento” em seus rincões.
Nesse período atual, existem negociações de DOHA. Pelo pouco que li, vejo que aquelas mentes não conseguem consorciarem-se umas às outras sem que surjam senões de caráter intransponíveis a cada qual.

Duas potências mundiais, nas figuras de seus representantes, se digladiam a essas alturas das conversações: o ministro indiano Kamal Nath, que diz não estar disposto “a negociar garantias de sobrevivência, subsistência ou pobreza” para chegar a um acordo para a Rodada de Doha de liberalização do comércio global. É seu pensamento que “os países ricos estão falando em promover e proteger sua prosperidade” e que ele não aceita um eventual acordo na rodada da OMC com a chamada “cláusula anti-concentração” – mecanismo que não permite aos paises emergentes blindarem todo um setor do corte de tarifas de importação. Por exemplo: Brasil e Argentina não poderiam proteger sua indústria automotiva, e a Índia toda a sua indústria têxtil. Isto seria uma vantagem para a UE e EU, que poderiam competir em desfavor aos países emergentes.
Como se pode notar UE e EU é tão somente uma questão de trocas de letras, mas jamais uma troca de favores, de ambos, aos países chamados em desenvolvimento. Assim, cada vez mais eles – UE e EU – se tornam mais e mais competitivos em relação àqueles que, por outro lado, ficam menos e menos desprovidos de igualdade de direitos.
Ora, acho eu, cidadão planetário, com o direito de meter um dedo de prosa no assunto DOHA. Na verdade, antes desses debates sobre tarifas os países, todos unidos no mesmo patamar de direitos e obrigações, deveriam, isto sim, discutir à exaustão os sérios problemas do meio-ambiente, da sustentabilidade da vida com a fomentação do aumento da produtividade de alimentos, sua distribuição de maneira mais urgente para abastecer mercados onde a fome passa a “foice” em seres humanos, sem dó nem piedade. Isto seria um trampolim para o estudo e medidas à saúde, educação e empregos mundiais e, pois, o bem-estar dos povos livres que se acha em mãos dos poderosos senhores de um planeta globalizado. Por outro lado, a questão em pauta não teve de Anne-Marie Idrac e de Peter Mandelson um entendimento racional quanto às novas propostas a um índice no corte das tarifas para a importação de produtos agrícolas.

Aquela acha bastante razoável e generosa um corte de 54% - e não arreda pé – ao passo que o outro, Mandelson, chegaria ao patamar de 60%. E ambos pugnam em nome da UE.
Diz a representante Anne-Marie Idrac – é francesa ou de descendência – que a diferença é de cálculo aritmético apenas.
O fato é que tanto UE como EU – combine as letras da maneira como melhor achar, e dará no mesmo – já têm em mente o controle mundial de tudo e de todos. Só não se concretizou ainda porque países como Brasil, Índia e China –BRIC – já são olhados de outro modo pelos grandes do “G-8”, ainda que pese sobre esses três países o instantâneo fotográfico de regiões terceiro-mundistas subdesenvolvidos e em fase de crescimento ridículo – pura politicagem de um só prisma – apenas para o Brasil, pois as outras duas nações asiáticas já crescem acima dos 6%, e até mais.
Esperemos para saber quais as medidas que, saindo vencedoras, serão, de qualquer jeito, impostas sem mais discussões aos demais participantes da Rodada de DOHA.
Agora, com as últimas notícias de DOHA, um mineiro diria: EU mando ou não, UÉ? UÉ, EU mando, sim. Por quê? Porque o Brasil aceitou os termos dos EU abandonando praticamente as conversações em Genebra, tendo Lula afirmado não “haver traição por parte do Brasil”. Pesa-lhe a consciência? Não, não deve pesar por ser ponto nevrálgico de seu governo traições como essa. Traiu em primeiro lugar a sua plataforma, suas afirmações enquanto candidato a candidato à Presidência da República, seus eleitores, sua aversão ao neoliberalismo e, até, os amigos. Lula se apresenta ao cenário mundial como debutante a debatedor; um que senta à mesa sem cartas na manga, sendo, porém, um exímio farsante. Curvou-se diante do Uncle Sam e das forças imperialistas em avançado estado de decadência. Que respostas terá o nosso representante a dar ao outro seu “amigo” venezuelano? Os capítulos dessa novela hão de continuar. Esperemos.

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