DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


quinta-feira, 31 de julho de 2008

TRAIÇÃO DO BRASIL NO OMC - DOHA

TRAIÇÃO DO BRASIL NO OMC – DOHA


Em meu comentário anterior sobre as negociações de DOHA, Genebra, com o Brasil presente e representado pelo Ministro Celso Amorim e pelo próprio presidente Lula, teci divagações sobre a possível e quase comprovada traição do Brasil ao Encontro dos Países cujo tema para debates é a Liberalização do Comércio Global e as novas propostas a um índice no corte das tarifas para a importação de produtos agrícolas.
Quem desconhece as “brigas” do Brasil com o EU, por insensatez dos governos norte-americanos e muito principalmente do atual, do Sr.Bush, em teimar manter o subsídio aos agricultores norte-americanos com uma proteção descabida aos seus produtos? A UE – União Européia – por seu lado, tem a mesma política protecionista, mormente na França onde é forte essa blindagem.
Com tais blindagens, temos a impressão de que essas nações dos dois Continentes são mais do que auto-suficientes nas produções agrícolas – desde as frutas, os legumes, o vinho e outros derivados da terra. É preciso consenso, reconhecimento de que o mundo chegou a um ponto em que se tornam necessários acordos bem urdidos e aceites por uma grande maioria dos chamados países ricos.
Lula, o presidente, falou sobre os comentários da imprensa, sem reservas algumas, que o Brasil não traiu o encontro de Doha, e explica:
“Não falo isso pelo Brasil, porque o Brasil é competitivo na agricultura, tem tecnologia, tem terra e tem água. Falo pelos outros países menores da América Latina, pelos países africanos, que precisariam de flexibilização do mercado europeu e do fim dos subsídios americanos para poderem colocar os seus produtos nesses mercados”. Ele não lembrou de citar aqueles países da UE que praticam as mesmas políticas protecionistas. Por quê?

Quem outorgou ao presidente Lula a representação para falar por outras nações? Creio que quase todas aquelas envolvidas no problema tenham lá os seus lídimos representantes. O presidente Lula poderia se manter calado, mas por lá não havia um Rei da Espanha que lhe dissesse: “Por que não te calas?” O que ele tem a fazer é se envolver com os nossos problemas, que não são poucos, em vez de se ocupar dos problemas de terceiros. Falando, ainda, sobre os países ricos – como se o Brasil não fosse suficientemente rico, o bastante para crescer de maneira invejável. Basta que ele cumpra o seu papel de governante pondo todos os corruptos na cadeia, que é esse o grande mal deste país – continuou ele: “É preciso que os países ricos entendam o que significa comércio livre.” “O mundo rico precisa compreender que liberdade de comércio significa não apenas eles quererem vender, significa também eles terem disposição de comprar.”
Ele falou o óbvio!
E, agora, ele cita ainda a desculpa capenga: “O G-20 não ficará dividido em conseqüência de o Brasil ter aceito [aceitado, Sr. Presidente] a proposta apresentada [as propostas apresentadas] pelo Estados Unidos e União Européia na negociação de Genebra”. “Eu continuo acreditando que nós vamos fechar o acordo.” [Fecharemos os acordos], pois diversas são as nações de UE a proporem um acordo, e mais o do(s) EU.
Ora, se ele admite ter acolhido as propostas apresentadas por aquelas nações acima citadas, e logo adiante arrisca declarar que os países ricos “precisam entender o que seja comércio livre”, ele está dando diplomas de ignorantes aos líderes das nações do norte. Se aqueles líderes desconhecem totalmente o que seja a diplomacia comercial entre nações, por que aceitou ele os acordos? Em vez de se curvar às vontades férreas daquelas nações, ele deveria, isto sim, bater insistentemente na tecla da prepotência daqueles governos blindando suas produções agrícolas, denunciando-as veementemente.

Enquanto o Sr. Lula postulava a Presidência da República, somente com a experiência de deputado federal, aqueles distintos senhores, elegantes, como “dandys”, já de há muito se achavam envolvidos com problemas internacionais, o que lhes dá grande margem à frente no entendimento de todos os grandes problemas que assaltaram igualmente as nações que eles representam. Os problemas do Brasil remontam há 500 anos apenas; os deles têm muito mais de 1000 anos! Foram mais de 1000 anos de lutas, de conquistas, de derrotas, de soerguimento, de buscas e de experiências em todos os campos do trabalho bruto na terra, no desenvolvimento intelectual e comercial, do ressurgir da Idade Média com seus feudos e daí passando à Renascença nas artes, nas indústrias, e nas descobertas dos segredos do Cosmo; já praticavam a navegação e com ela o comércio das trocas de riquezas e de mentes brilhantes postas à disposição das velhas nações que largaram as lanças e as espadas e se dedicaram ao arado, à imprensa e a outros quesitos do conhecimento humano. Os maiores pensadores – filósofos, matemáticos, engenheiros, diplomatas, artistas e inventores – já aumentavam em número e em qualidades. Onde pensa estar o Sr. Lula? Com quem pensa lidar o nosso presidente?
Senhor Luiz Inácio Lula da Silva, Excelentíssimo Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, é preciso aninhar a humildade de reconhecer que são tênues os seus conhecimentos sobre diplomacia comercial; débeis a sua astúcia diante de homens galvanizados por guerras, revoluções, divisões de países, de tantos acordos enquanto a Nação brasileira, que o senhor representa, dormia o sono da infância política com os seus adendos; engatinhava na projeção internacional; tropeçava na pobreza do desenvolvimento – ainda tropeça – e despertava, tardiamente, às luzes dos conhecimentos primários. O Brasil é grande, sim, rico como poucos o são, mas sujo como um poleiro, graças às imundícies que fazem aqueles que chegam ao poder para favorecer os “amigos”, daqui e os de fora. Grite contra os que desejam solapar nossas riquezas e nossa gente, e terá ao seu lado milhões de outros gritos prontos a acusar os meliantes.

Nenhum comentário: