10/01/09
Minha querida Raffa:
Muito belas e verdadeiras as palavras que não sendo suas transmitem o mais fundo de sua alma e de seu coração aflito pela verdade dos sentimentos. É verdade: escondemos a nós mesmos, e logicamente aos outros, toda uma grei de emoções que se usadas normalmente nos dariam a paz desejada e a tranquilidade de nossas consciências. Já tive oportunidade de comentar com uma sobrinha de Curitiba - filha de meu falecido irmão Sergio - que os homens preferem se fazer ilhas em vez de arquipélago; de se fazer deserto em detrimento a um oásis; de ser só a ser multidão fraterna, doce e compreensiva. Muitas vezes assassinamos esses nossos sentimentos e damos a esse crime várias desculpas. Não sabemos, ainda, enfrentar a nós mesmos diante a um espelho tão translúcido como o é a Vida. E vamos remando ao contrário, mergulhando no caos e nas incertezas, sem esquecer as mentiras.
Não é dificil abrirmos essa caixa de Pandora, onde escondemos nossa outra face suja de alfenim. Desmistificar deveria ser o objetivo de quantos sofrem por guardar sentimentos sinceros e verazes como se guarda velhos livros bolorentos em estantes, nos esconsos de nossas almas medrosas, que só desejam campo aberto às suas prerrogativas. Somos assim e não há jeito! Somos débeis demais, mas preferimos nos mostrar fortes. Vamos construindo nossos castelos com tijolos de areia, sem a argila que daria a firmeza à obra. Colocamos as máscaras da alegria insosa, pisamos pântanos, em troca prejudicial, ao chão firme. Enganamo-nos como se enganavam os bobos das cortes da era medieval, enganando a todos os circundantes. Os risos frouxos revelavam as alegrias facciosas, as sensações comesinhas das coisas sem brilho, as farsas humanas, enfim. Todos vivem intramuros - a mais drástica prisão na qual nos colocamos conscientemente. E por quê? Porque muitos de nós amam o sofrer, assim como os verdadeiros poetas amavam se sentir assim. No entanto, ao longe, podemos divisar luz, alegria, liberdade e gozo total para podermos, se assim o desejarmos, mergulhar nessa esfera iluminada que é a Verdade sem os sintomas de falsa indiferença. Lembra-se da fábula da raposa e das uvas? Essa raposa somos nós, e as uvas são os doces prazeres de uma vida verdadeiramente fiel aos principios do direito de vivermos na plenitude de nossa liberdade. "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará".
Fico por aqui. Espero ter colaborado ao seu atual espírito de confabulações pessoais, liberando-a às suas incertezas e aos seus medos.
Abraça-a seu velho tio enjoado.
Mário
(Morani)
DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014
Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.
O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.
O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.
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