Visita intencional
Visitando o DISSOLVENDO-NO-AR-BLOGSPOT.COM tive a oportunidade, e grata satisfação, de ler o comentário do senhor Walden Bello professor de Ciências Políticas e Sociais da Universidade das Filipinas, membro do Transnacional Institute de Amsterdã, presidente do Freedom From Debt Coalitions e analista sênior do Focus on the Globas South – Novo Consenso Capitalista Está em Gestação – sobre os novos pensamentos para por nos eixos um mundo econômico dominado pelo neoliberalismo fracassado sem ter contribuído, em nada, para a felicidade das nações que o admitiram.
O comentário, longo e bastante detalhado em informações, é um alerta às esquerdas para esses novos planos [do mundo capitalista reformado] que deverão substituir o defunto neoliberalismo, mas sem deixar, naturalmente, os cacoetes e os rumos com os quais farão os mesmos caminhos nessas buscas desenfreadas a uma nova filosofia e estilo de vidas.
Ao meu pobre entendimento, a globalização não foi um bem para o Brasil. Mal o governo de FHC se encerrou, com perfil neoliberal, o outro, que o substituiu, mergulhou de cabeça nas águas turvas do servilismo fiel às novas ordens mundiais, conquanto fosse o senhor Luiz Inácio “Lula” da Silva contrário àquele processo deletério que infestou o globo pós II Grande Guerra, guerra de bastidores, queda do muro de Berlim e outras efemérides que desejem arranjar porque tudo é motivo para “reformas de base”.
A prática da globalização não é novidade na vida dos cidadãos. A Roma dos Césares já a havia adotado mesmo sem ser, nem de longe, a Nação mais poderosa daqueles dias de conquistas das Legiões Romanas. A Grécia trilhou o mesmo caminho e, em ambas, e principalmente nessa última, a democracia plena subiu ao pedestal das novas ordens. A bem da verdade, o poderoso Império Romano foi se deteriorando deixando todo o seu povo mergulhado em pobreza e em imundícies sabidas pelos estudiosos. As ruas de Roma eram fétidas. Não havia infra-estrutura alguma em favor do trabalhador considerado, então, escravo das elites. Aonde foram empregadas as riquezas provenientes de saques às nações conquistadas? Os césares já não vivem mais para as devidas explicações.
Pode-se afirmar, atualmente, que essa prática, agora assessorada por novas ciências e desenvolvidos pensamentos filosófico-social, contribuíram de alguma forma ao desenvolvimento dos mais necessitados tomando as rédeas a uma distribuição de renda mais justa e eqüitativa, ou tudo foi, mais uma vez, direcionado à elite dominante do sistema?
A ordem social “reformada”, preconizada por diversas figuras de projeção do universo financeiro como Jeffrey Sachs, George Soros, David Held e Bill Gates entre outros, é a de obter a revitalização do consumo em torno do capitalismo global. Então pergunto muito legitimamente: haverá novidades se os rumos que desejam as elites continuam com a mesma máscara de sempre?
Convenhamos: as elites jamais serão alijadas a quaisquer processos reformistas, pois todos eles os brindam sobremaneira. Isso toma ares de quimeras. Não creio, particularmente, em novas aberturas econômicas que possam socorrer países em desenvolvimento, nem que o novo presidente eleito Barak Obama seja considerado o novo Messias da Nova Ordem Mundial. Ele será o presidente dos democratas e dos republicanos norte-americanos já “entupidos” de sérios problemas internos a serem resolvidos. Lógico o seu desejo em manter os rumos da política externa para o Afeganistão – uma de suas plataformas de campanha vitoriosa. Os EUA jamais abrirão mão de seus domínios econômicos bélicos e políticos para os países do Sul, e mais principalmente aos em ascensão desenvolvimentista.
Porém, justo seria, como aventa essa hipótese o comentarista Walden Bello, que cada país fosse respeitado em suas políticas internas não se permitindo aos alienígenas interferências tão comuns havidas no governo extinto do senhor FHC. Até mesmo os salários do povo brasileiro eram impostos pelo famigerado FMI – acrônimo odiado por muitos.
A Humanidade já experimentou e suportou diversos modelos de governo e de economia. Já tivemos o imperialismo [ainda sobrevivendo no Japão] o comunismo e o socialismo plenos; a social democracia de Adolf Hitler atualmente implantada, com profundas reformas, na Alemanha de nossos dias e as ditas democracias republicanas, tão maléficas quanto o é a globalização neoliberal.
Pelo projeto em gestação, a globalização será tomada às mãos dos neoliberais para cair em quais mãos?
E tudo para acabar de uma vez por todas (?) com a pobreza e a fome no mundo. De uma coisa estou certo: jamais a pobreza – esse tumor canceroso – será debelada totalmente do planeta. Jamais haverá igualdade aos direitos, mas sim às obrigações.
Não será o sonho de um novo “Plano Marshall”, ou a re-introdução do “New Deal”, de Roosevelt, que nortearão com justiça e com profundo respeito humanitário os futuros governos.
A SDG será mais uma nova sigla [um novo e faccioso acrônimo] a se juntar as outras milhares delas como ONU, OMC, UN, TRIP,BID, UNESCO etc., etc.
Em determinado ponto de seu comentário o senhor Walden Bello afirma: “A SDG é um projeto tecnocrático (não o foram os outros?), com especialistas (não os tiveram os anteriores?) formulando e executando “reformas sociais” desde cima, não um projeto participativo nos quais as iniciativas são tomadas de baixo para cima.”
Todas as reformas levadas a efeito pelos senhores das leis jamais foram de cima para baixo ou vice-versa, mas sempre direcionadas exclusivamente às classes de “baixo” e nunca a favorecê-las, mas, sim, para retirar delas direitos, levando-as a guetos sociais, sem que lhes tremam as mãos no momento de porem as suas rubricas às diretrizes adotadas em futuro imediato.
Chega de reformas nos sistemas. Fazem-se urgentes reformas urgentíssimas dos homens de seus pensamentos reformistas e de suas filosofias capengas e egotistas.
A única medida acertada para já, sem mais delongas, é o cancelamento das dívidas dos países em desenvolvimento, a fim de que esses recursos possam ser utilizados para estimular a economia local e usados, prioritariamente, no social no resgate real dos direitos e bem-estar das classes que realmente produzem riquezas.
Então, sim, os povos livres do peso das dívidas, não contraídas pelos trabalhadores, poderão lobrigar uma luz no fim do túnel.
DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014
Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.
O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.
O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.
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