DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


sexta-feira, 10 de abril de 2009

UM VIZINHO CHAMADO CLEMÉRIO

Em minha existência fui itinerante por necessidade. Morei desde o Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, com passagens por Itu, São Paulo, Juiz de Fora, Recife e Rio de Janeiro – minha terra natal, e todas ao rastro de meu pai.
Vivo em Nova Friburgo, atualmente; sou, pois, montanhês com muita honra e prazer por estarmos mais perto do céu. Minha rua é a Campos Salles. Rua Campos Salles no aprazível bairro Perissê. Lugar alto. Daqui diviso com os meus olhares atentos toda a cadeia de montanhas que cerca a cidade incluindo as pedras gêmas conhecidas por Duas Pedras: dois baluartes rochosos se elevando para um céu límpido. Já falei delas em minha crônica “ASSIM SOMOS TODOS”, anteriormente inserida em meu blog.
Mas fz-se necessário falar de gente; falar de pessoas que respeitamos e com as quais guardamos uma amizade sincera; pessoas que se revestem de grande importância e que sendo humildes como somos tenham papel relevante no contexto de nossas vidas.
Compreendo que os tempos atuais não facilitem em nada as amizades sinceras.
Manter uma, por largo período de tempo, reveste-se de um esforço hercúleo a que nem todos se permitem. Tenho muitos bons vizinhos, contudo entre nós não vamos além de uns “bons dias”, “boas tardes, tudo bem?” As “boas noites” são raras, porque raros são os encontros noturnos. Fica tudo à luz dos dias e das tardes.
Contudo, há um vizinho que considero especial. Fomos companheiros de trabalho na Usabra S/A – firma norte-americana que existia em Friburgo às décadas de 60 e 70.
Esse senhor – está hoje com 75 anos –, bondoso e querido por muitos, tem um pouco de “irracionalidade”. Fácil é a explicação. Tenho a admitir que esse vizinho que eu considero “amigo do peito” fez em sua mocidade uma péssima escolha: torce, desde a mais tenra idade, pelo Fluminense – o tricolor das Laranjeiras. É um doente. Um fanático. É um desses torcedores que apenas ouvem e vem o que querem. Não acompanha as transmissões de um Fla x Flu, por exemplo, na mesma emissora de preferência geral nem assiste pelo mesmo canal de TV quando o jogo aludido tem transmissão ao vivo. Não! Descobri que é manha, para rebater os incidentes do jogo e inventar situações diferentes em determinados lances cruciais. Coisas de sujeito ranzinza, de torcedor doente e esperto. É pena, por que nos obriga a ficar discutindo sem que cheguemos a uma conclusão amigável. Não diz Flamengo; diz “menguinho”; Felipe, craque da seleção é “pisador de ovos”, com joanete maior que o próprio pé. Então lhe digo que o jogador precisa de uma chuteira só para o seu joanete, e que por isso joga o que joga. A outro craque – Dimba –, chama “dentuço”. E por ai vai. Mas no fundo, ele deve mesmo é torcer pelo Flamengo, e talvez mais do que eu, pois só fala no meu clube. Disse-lhe:
–Você é um torcedor rubro-negro enrustido, assim como há “gays” enrustidos. O homem quase virou uma fera. E Clemério, o meu vizinho, não dá o braço a torcer. Já o convidei passar para o nosso lado - que lugar de rubro-negro é o de cá - junto à torcida flamenguista que a ela pertence sem saber, e junto a mim, que me sei rubro-negro.

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