DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


sexta-feira, 15 de maio de 2009

A MÍDIA TUPINIQUIM E ÁLVARO URIBE

O Senado da Colômbia começará a discutir amanhã (14/05/2009), e talvez até coloque em votação, a mudança na Constituição a fim de permitir um terceiro mandato consecutivo a Álvaro Uribe. A mídia oligopolizada tupiniquim simplesmente se omitiu de tratar do assunto, gerando, assim, um nítido contraste com as recentes coberturas que tem feito sobre acontecimentos políticos na também vizinha Venezuela.

Ambas, Venezuela e Colômbia, são países fronteiriços com o Brasil. A Colômbia possuí a terceira maior população da América Latina, 44.379.598 habitantes. Já a população da Venezuela não passa de 27.934.783 habitantes (62% menor). A comparação entre o PIB colombiano, US$422.483 bilhões, com o venezuelano, US$223.430 bilhões (portanto 89% menor), e a renda per capita, na Colômbia, US$8.891 e na Venezuela, US$8.125 (9,42% menor), mostram um pouco das diferenças entre os dois países, e caso nossa mídia fosse realmente isenta e imparcial como tanto propagandeia, em qual dos dois deveria estar mais atenta.

Não bastassem todos esses números, há ainda outros nuances difíceis de passar despercebidos.

A personagem atendida diretamente pela provável mudança constitucional, o atual presidente Álvaro Uribe Vélez, é desde os tempos do Cowboy Bush um dos principais aliados da política de controle de drogas dos EEUU, e com certeza o maior aliado da Casa Branca na América do Sul. Todavia, antes de galgar tal posto, teve na década de 1980 seu nome incluído em uma lista negra da CIA por envolvimento com os cartéis de drogas. Outra notícia, nada auspiciosa para as instituições colombianas, trata do fato de muitos congressistas, funcionários do alto escalão e nomes da confiança do presidente da República, estarem buscando refúgio em outros países, fugindo dessa forma da justiça de seu país que lhes julga, ou, em muitos casos, os condenou por ligações com narcotráfico e grupos paramilitares de direita – esquadrões da morte como são conhecidos cá no Brasil. E, ao que tudo indica, o próprio Uribe possuí fortes laços com esses segmentos nada legais ou democráticos.

Também é bom lembrar que o Congresso estadunidense ainda não aprovou o TLC, acordo de livre comércio entre EEUU e Colômbia, porque, segundo os congressistas norte-americanos,o nível de violência contra integrantes de sindicatos na Colômbia tem aumentado a cada ano, e não se vê disposição do atual governo em reverter tal quadro. Aliás, a Colômbia detêm o recorde mundial de perseguição e assassinato à trabalhadores organizados.

Como fiquei sabendo sobre a tramitação do projeto de re-reeleição na Colômbia através da revista Fórum, tapei o nariz e fui dar uma vasculhada nos principais sites de notícias da mídia oligoplizada. Resultado, Globo, Folha, Estadão, Veja, Ricardo Barriga Noblat, Reinaldo Boca-de-Esgoto Azevedo, nenhum deles tocou no assunto, ainda que fosse superficialmente. Nada, nadica de nada (isto hoje à tarde).

Acho que é até desnecessário fazer qualquer comparação a forma como tratam Hugo Chávez – coronel, ditador, tirano... – com a complacência que têm por Uribe. Se isso não mostrar engajamento ideológico, então que raio é?

A matéria que segue foi pescada do site da Revista Fórum

[http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/NoticiasIntegra.asp?id_artigo=6960]

Senado colombiano votará lei que permite reeleição de Álvaro Uribe


O projeto de lei que poderá permitir a segunda reeleição do presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, será discutido em plenária pelo Senado amanhã, 14, com grandes chances de ser aprovado rapidamente.

Caso a medida seja ratificada, as autoridades deverão convocar um referendo sobre o tema. Como o Senado é amplamente dominado por setores alinhados ao presidente, espera-se que o aval seja dado em pouco tempo, talvez amanhã mesmo.

O debate sobre um possível terceiro mandato de Uribe, que chegou ao governo em 2002, teve início no ano passado, quando grupos simpáticos a ele começaram a recolher assinaturas para impulsionar uma nova mudança na Constituição. De lá para cá, mais de cinco milhões de firmas foram reunidas.

Para que pudesse concorrer ao segundo mandato, Uribe já fora beneficiado, em 2004, por uma outra emenda constitucional.

Desta vez, com as assinaturas em mãos, os promotores da campanha pela nova reeleição levaram, no dia 11 de setembro de 2008, um projeto de lei ao Legislativo. Em dezembro, o dispositivo foi aprovado pela Câmara dos Deputados, onde também a maioria é governista.

Após retornar do período de recessão, em 16 de março, o Congresso voltou a discutir o assunto, que agora chega ao Senado. Depois, bastará uma reunião final entre as duas casas parlamentares e o último aval da Corte Constitucional.

Sempre quando é questionado sobre a possibilidade de permanecer no poder, Uribe adota um tom evasivo. Diz que o mais importante é insistir no processo de pacificação do país iniciado por seu governo.

A oposição, porém, chama a atenção para as denúncias de violações dos direitos humanos, que teriam se intensificado durante os anos da gestão Uribe, quando as Forças Armadas ampliaram suas ações para combater grupos armados e narcotraficantes, muitas vezes afetando a população civil.

Cientes de que o projeto de lei deve passar com facilidade pelo Senado, os setores críticos ao governo já preparam uma campanha para um eventual referendo. A ideia é esvaziar a votação.

De acordo com uma pesquisa da consultoria Invamer Gallup divulgada no dia 8 de maio, 59% dos consultados disseram estar dispostos a participar do referendo e, desta porcentagem, 84% votarão a favor de Uribe.

O presidente possui um alto índice de popularidade, que beira os 70%, número expressivo para um governante que chega ao fim do segundo mandato.

Para participar das eleições, marcadas para maio de 2010, os partidos devem apresentar com até seis meses de antecedência seus candidatos.

Isto quer dizer que, caso Uribe pretenda mesmo concorrer, é preciso que a emenda constitucional seja sancionada até o fim do ano.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas às 19:25 4 comentários
Domingo, 10 de Maio de 2009
Por Uma Verdadeira Reforma Política – Parte I
Temo que por detrás da onda de denuncismo que acomete o Congresso Nacional – trazendo umas denúncias justas, outras nem tanto – esteja à tentativa nada disfarçada de desmoralizar a atividade política dando

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