DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


terça-feira, 9 de março de 2010

UMA SIMPLES HOMENAGEM ÁS MULHERES

Segunda-feira, o8 de março de 2010

É fácil deduzir que quem viveu a adolescência ou juventude durante as décadas de 1960/70 considere Elis Regina a grande figura feminina da MPB. E com certeza Elis Regina foi mesmo a grande voz feminina daquela geração – e olha que ela concorria com Gal Costa, Maria Bethânia, Nara Leão entre outras. Mas para a minha geração dos 1980/90 quem marcou foi Cássia Eller – seguida de perto, muito perto mesmo, por Marisa Monte. Hoje, “Dia Internacional da Mulher”, escolho justamente uma interpretação de Cássia Eller, composição do genial Renato Russo, para homenagear essas criaturas belas, fortes, angelicais e diabólicas.

Com vocês 1º de julho na voz única de Cássia Eller.
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domingo, 7 de março de 2010


A insistência dos grão-tucanos e do Partido do Capital (mídia oligopolizada) em fazer de Aécinho candidato à vice-presidência, além de fazê-los passar por constrangimentos dantescos como o presenciado durante a inauguração da obra faraônica da Cidade Administrativa em BH, ainda consegue expor todas as fraquezas duma oposição farisaica, sem rumo e sem projetos para o país. No mais desgasta Serra – que ainda não se declarou candidato a nada –, além do próprio Aécinho e deixa no ar que sem o segundo o primeiro não conseguirá empunhar uma candidatura robusta.

Sempre considerei, na disputa interna entre ambos os governadores, o nome de José Serra como a opção menos ruim para o Brasil. Aécio Neves, como já escrevi antes, não passa dum yuppie, neoliberal de carteirinha, mas o mais importante, um produto de marketing muito bem feito. Já Serra representava uma certa tradição cepalina de desenvolvimentismo e me parecia ser uma criatura política séria e coerente – muito embora não comungasse de suas idéias –, isso até ele se envolver com o que há de mais conservador (e nojento) na política tupiniquim e com os famosos cães de guarda da burguesia, encastelados na mídia oligopolizada.

Pelo andar do carruagem, depois dos demo-tucanos terem passado o vexame de 2006 com o Picolé de Chuchu – quando Geraldo Alckmin obteve no segundo turno menos votos do que no primeiro –, agora querem lançar a chapa “mula sem cabeça”, Aécinho, que queria ser presidenciável, aceita ser vice sem ter um candidato na cabeça de chapa.


JANIO DE FREITAS [da Folha de São Paulo]
Via blog do Luis Nassif


Serra contra Serra

A permanência no governo em nada favoreceu, até agora, a ainda quase admitida candidatura à Presidência

A PRIMEIRA resposta à expectativa criada pela tática de José Serra, de manter-se por tanto tempo como uma incógnita, não lhe é favorável. O desenrolar das circunstâncias políticas criou-lhe mais embaraços do que as vantagens esperadas por sua permanência, com aparências apáticas, no governo paulista. Nem as ocorrências em seu território de responsabilidades governamentais o pouparam, criando-lhe mais situações de desgaste do que colhendo reflexos eleitorais de seus pequenos eventos administrativos e políticos.

O principal efeito positivo da permanência de Serra no poder falhou de todo: sua exposição, favorecida pela condição de governador, ficou muito aquém do conveniente ao candidato. E, no entanto, era arma de grande importância, talvez fosse mesmo decisiva, para mantê-lo na altitude que as pesquisas lhe davam, enquanto Lula e Dilma Rousseff sairiam pelos caminhos pedregosos à cata de grãos percentuais.

Mas não foi a exposição, em si, que falhou, nem, muito menos, jornais e TV que não corresponderam a estímulos. A falha foi do próprio Serra, carente da criação de atrações para câmeras e notícias.

Nisso até chegou ao cúmulo. Nas várias semanas de calamidade fluvial dentro de São Paulo, oportunidade extraordinária -sem se considerar o dever- para juntar-se ao prefeito e demonstrar a capacidade de iniciativa ágil e eficaz esperada de um governante e de um candidato, Serra sumiu. Do ponto de vista da população, não só a paulista, não foi governante nem candidato. E não é preciso falar-se das péssimas notícias que têm vindo da sensível área de educação, de crianças sentadas no chão por falta de cadeiras e mesas à greve de professores.

A permanência no governo em nada favoreceu, até agora, a ainda quase admitida candidatura de José Serra à Presidência. Só lhe permitiu protelar até ao limite a decisão entre ser candidato a presidente ou à reeleição. O que, para uma psicologia hamletiana, seria mesmo o fundamental.

A dinâmica da política poderia trazer compensações para Serra, mas não o fez. Ou só o fará, segundo a opinião dominante, caso Aécio Neves se conforme com a candidatura a vice. A julgar pelo ambiente em Minas a esse respeito, exposto em editorial de “O Estado de Minas” no gênero dos que só saem raramente, a decisão nem cabe mais a Aécio Neves, apenas. Extravasou do âmbito político para o da emocionalidade, com algumas razões coerentes.

Mas nessa historiada de vice cabe outra hipótese: crer que Serra deseje, de fato, a candidatura de Aécio é uma dedução de jornalistas, que a ele transferiram o que se sabe, no máximo, ser desejo de alguns outros peessedebistas. A Aécio não conviria uma vice sem luz própria, para brilho exclusivo de Serra, nem conviria ficar como figura secundária em esperável candidatura de Serra à reeleição presidencial. Serra, por certo, sabe disso, como sabe que a ninguém é conveniente um vice com brilho.

Não sendo Aécio, quem quer que entre como vice de Serra já chega desvalorizado ao lugar, tamanha tem sido a caracterização do governador mineiro, inclusive no PSDB, como indispensável às possibilidades de Serra. É outro, e grave, efeito da tática de Serra de manter-se por tanto tempo como incógnita. E dentre todos os efeitos ainda há o que sobressai aos olhos do eleitorado: a queda forte nas pesquisas contra a subida forte de Dilma Rousseff, já os dois, considerada a margem de erro, em situação de empate técnico.

Se candidato, José Serra terá muito trabalho para reverter os males de sua tática até aqui.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas

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