DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


sexta-feira, 23 de abril de 2010

O LUGAR DA VÍRGULA

Conto liliputiano


Eu era criança ainda mas já tomava contato com as primeiras letras do nosso alfabeto e aos números da tabuada. Com o tempo aprendi a formar frases de início pequenas depois as maiores e com o passar dos anos as complicadas.
Aprendi ainda que a nossa língua portuguesa pudesse ser mais assimilável e cujas paradas ao descanso a uma leitura em voz alta corresponderia a um silêncio tácito e não subjugado a um pequeno apêndice de nome estranho então a mim: vírgula.
Lembro-me de respostas ríspidas como “Você quer aparecer? Uma vírgula que você é o que pensa ser.” Afinal para que servia a vírgula se não fosse para dar pausa a um texto e não pretexto para humilhar pessoas? Quer dizer: o sujeito nada era. Era uma vírgula.
E a tia que vivia em nossa casa perguntava-me a um escorregão na escrita: “Você não esqueceu nada?” Eu olhava e olhava e olhava e nada enxergava de errado. Então a correção se intensificava: Cadê a vírgula? Vírgula era apêndice descartável pensava eu então. Lá vinha de novo a exigência: “Qual é a casa da vírgula?”
Eu nem sabia que a tal vírgula tivesse casa. Olhava para os olhos inquisidores de minha tia com cara de besta ou de desentendido.
“Qual a casa da vírgula?”
Queria lá eu saber? Eu queria escrever e pronto. A vírgula não é o que ela pensa ser e é tão somente uma vírgula. Tenho dito: é uma vírgula!

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