DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


quinta-feira, 22 de abril de 2010

O OUTRO LADO

(Nano conto)



“Animal selvagem e cruel não é aquele que está atrás das grades. É o que está na frente delas.” Do conto “O Troco” de Marcio Almeida em cronopios.com


Vejo-me ao espelho do pequeno Box no banheiro. Aquele em que por trás de uma portinhola de plástico há divisões para se guardar escovas de dente, cremes, alguns remédios e outras bugigangas. Coisas inofensivas. O que está do outro lado, aprisionado pelo aço com que é revestido o espelho do Box, se assemelha em muito ao animal que se acha por trás das grades de um zoológico, por exemplo, como diz a frase acima. Frase que li no conto de Marcio Almeida, colaborador de site literário. Sou novo ali naquele pedaço. Acabo de entrar, como um enxerido que não foi chamado. Lá, só há cobras. Das grandes, mas sem peçonha. Não há grades ou fossos, entre os nós, leitores, e eles.
Ai, então, mira-me meu duplo do espelho e me sinto perigoso o bastante para me fazer qualquer mal. Afinal estou do lado de cá, onde se encontra o animal selvagem e cruel, pronto a dar o bote fatal.

Dê-me a marreta que quero esfacelar essa superfície lisa onde me aprisiona o meu lado pacífico do outro lado. Já!

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