DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


sexta-feira, 16 de abril de 2010

UMA PASSAGEM POR TÓKYO

UMA PASSADA POR TÓKIO


A lua argêntea não era lua nem argêntea, era um disco amarelo correndo por trás dos galhos retorcidos das árvores tortas do jardim do Mikado. Precisa taxi? Perguntaram em inglês. A resposta ficou engasgada à garganta, mas o chofer de luvas brancas me conduziu ao banco do carona sem saber se era ali que eu desejava sentar. Leve-me ao lugar de onde saem os Shinkanzen que desejo ir a Yamagata ou a Hokkaydo, sim? Disse em fluente inglês. Um sorriso amarelo em um rosto mais amarelo de maçãs proeminentes mais amarelas ainda, e de olhos rasgados além do normal como se tivessem passado por cirurgia estética para deixar o rosto mais nipônico ainda. É o orgulho latente da raça nipônica que levantou uma Tókyo e uma Nagazaki em menos de 65 anos. Sobre Nagazaki o imenso cogumelo tão mais quente que a boca de um vulcão derreteu até aço e derreteria o Homem de Aço ou o Capitão Marvel, mas a Tocha Humana, herói incandescente dos anos 40, faria pior estrago do que fora feito pelo cogumelo venenoso. Negou-se a ir o herói flamejante preferindo o calor da Califórnia.
E na planície que ficou um gaúcho sentado, numa cadeira recostada à única parede que sobrou, tomava chimarrão.
Ali não era os pampas gaúchos era? Não! Eram as terras calcinadas de Nagazaki sobre a qual ele jogou a sobra do chá. Levantou-se colocou as mãos nos bolsos e se foi assoviando a Valsa da Despedida.

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