sexta-feira, 25 de junho de 2010
A novela sobre quem será – e, a essa altura, quem não será – o vice de José Serra ultrapassou os limites da analise política e se transformou em comédia. Afinal alguma coisa está muita errada na cabeça de José Serra e seus companheiros.
Senão vejamos.
Achar que Patrícia Amorim agregará votos porque é presidente do Flamengo ou Valéria Pires Franco porque, pasmem, conta com 12% da preferência dos eleitores no Pará, é coisa de quem pouco entende de estratégia política; de quem está desesperado; de quem não tem discurso; de quem não tem projeto; de quem não conhece o Brasil; de quem não sabe a que veio ou o que fará da campanha. Ou seja, todo esse imbróglio em torno de quem será ou não o vice – ou a vice – de Serra é bem o retrato do atual estágio da campanha tucana.
Aqui em Minas costumamos usar um ditado, talvez até pouco politicamente correto, mas a campanha tucana está mais perdida que ”cego em tiroteio”.
Não fosse a grande força que Serra recebe do Partido do Capital (mídia oligopolizada e mazombeira), sua candidatura estaria derretendo de forma ainda mais rápida.
O desespero a caça de um nome para compor a chapa apenas transparece a falta de sintonia entre um candidato sem ter o que dizer, propor ou mostrar, para uma nação satisfeita com o grupo político que ora governa o país.
Peguemos um exemplo claro da falta de sintonia dos tucanos e da oposição farisaica como um todo com a realidade. Ultimamente deram pra atacar com unhas e dentes a política externa do governo Lula. Pois bem. Política externa nunca rendeu mais 0,0001% dos votos no Brasil, mas a oposição de direita na sua completa falta de criatividade imaginou que pudesse empolgar os eleitores desancando o Itamaraty. Infelizmente, para a oposição, o povo brasileiro – e quando falo povo me refiro ao povão, a gente simples, que, por exemplo, trabalha de dia e à noite cursa o EJA (Educação para Jovens e Adultos) – está orgulhoso pela forma como o Presidente Lula é tratado no exterior e enxergam nele, com razão, o responsável pelo respeito que o Brasil adquiriu junto à comunidade internacional nos últimos anos. Mais que isso, Lula elevou a autoestima dos brasileiros em todos os segmentos e a política internacional não é diferente.
Esse é apenas e tão somente um exemplo da falta de sintonia da oposição farisaica com quem realmente importa, o povão. Para o infortúnio dessa oposição o país está crescendo a taxas que há muito não se via, o desemprego cai vertiginosamente, o acesso à moradia digna, a educação e a saúde melhoraram de forma significativa e o trabalhador a cada dia se vê mais inserido no mundo do consumo – com todos os aspectos positivos e negativos que isso acarreta.
As bandeiras neoliberais empunhadas pelo PSDB/DEMO ou foram confinadas a página virada da historia – flexibilização da CLT, desmanche do setor público etc. – ou surrupiadas pelo PT que as pôs em prática de forma mais eficiente – superávit primário, acumulo das reservas internas etc.
O único fato que poderia dar um alento novo a candidatura Serra seria nesse momento Aécio Neves aceitar a condição de vice. Todavia o governador mineiro, além de vaidoso demais para aceitar o papel de coadjuvante, tem seus próprios planos.
Não que Aécio seja uma sumidade, longe disso, Aécio é na verdade o grande rei da publicidade, pai da mentira e fã do autoritarismo que ele mesmo implantou em Minas. Mas seria um sinal que o PSDB está unido e quer retomar o poder.
Sem Aécio, para usar outro ditado mineiro, Serra ficará na chuva sem pai nem mãe.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas
DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014
Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.
O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.
O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.
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