DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


quarta-feira, 7 de julho de 2010

ARREMEDO DE GUERRA

Sabes o senhor em que eu penso disso tudo? Penso que estou em pesadelo e que não vou conseguir acordar e fugir das coisas ruins desse pesadelo.
Como pode a pátria ser só pra uma meia dúzia? E praqueles que tombaram varados por balas, desmembrados e explodidos por canhões? De que lhes valeu morrerem pela pátria de meia dúzia? Xente! Sabia assim não. Cabia não em meu pensar, e eu me esgoto de ficar imaginando tudo igual pra todos, a mesma justiça, os mesmos trabalhos, as mesmas preocupações e as mesmas esperanças. Vá dizer... Disseram que lá pelas Europa teve uma guerra de cem anos! Vixe! Cem anos, mesmo? Então, os filhos, dos filhos dos filhos dos primeiros oficiais e soldados também tiveram parte naquela guerra? Isto então é que foi guerra!
Com guerra tão delongada que tal, assim não se teria tempo de inventar cargos e posições pra uns poucos, pois que estavam todos na guerra. Não foi? Ah, eu lá mais Antonio Quelé, José, seu mano, Geraldo Quintão e Chico Danado! A gente ia se fazer senhor sim. Podes crer. Nossa, nem que soubesse eu dessa guerra poderia olhar a nossa com outros olhos. Vá se explicar. Vá se debater que muitos vão me crer não senhor. Parece piada de Trancoso, estória assim vaga sem coisa séria. Isso se deu agora há pouco tempo? Ah, não? Faz muitos séculos? Quantos? Teve sobrevivente? O quê? Isto tudo? Nos tempos dos Reis, foi? Daqueles que se vestiam com garbo de aquelas capas com pompons brancos nos altos, botas até os joelhos e com uma coroa na cabeça? Que tempo de boniteza, hein? Aquela gente é que sabia viver e dar valor a uma guerra. Ô vote! Coisas esquisitas se passaram no mundo, hein? Eles lá tinham espingardas, clavinotes, bacamartes e canhões como os Krupps e as metralhadoras como nós tínhamos na República? Já? Então é coisa velha essa de dar tiros pra cá e pra acolá? Mais arco e flecha, e besta. Besta? O quê? Mula tu queres dizer? Não? Jegue, talvez, hein? Ah, bem, arma. Arma com esse nome? Besta...? Que nome para uma arma de guerra. Besta! Besta! Como funcionava essa tal besta?
Eu te escuto, podes falar com detalhes. Aham... Aham... Entendo. Sim, não de outro modo? Entendi. A flecha tinha uma cama; botava ela dentro do sulco e a corda do arco era esticada pra trás e colocada no pé da flecha. Aham... Gatilho? Tinha um? Ele que soltava? A flecha fazia às vezes da bala? Entendo. Ta entendido. Obrigado. Mas não deixaram de ser armas esquisitas, mas, porém mortíferas, pelo que eu entendi. Tu és mesmo homem de conhecimento. Dou graças de não ter caído em mãos outras, que não as tuas. Dá mesmo gosto conversar com quem entende das coisas da história. É com “H” essa história? Ta bom demais, pois a minha também vai ser chamada assim: história, com agá. Bote, bote aí. Se não for certo, lá na prensa da tipografia eles dão uma olhada e corrigem. Eu não vou pagar o trabalho? Tem que ser como eu acho o correto, mesmo errado. É uma pendenga minha com a língua, que não sei por que chama de portuguesa. Devia ser: língua brasileira. E pronto! Bra-si-lei-ra! É isto. O português é arrevesado. Tu mesmo já ouviste esses carvoeiros e donos de boteco e de quitanda falando, pois não são assim? É tudo embrulhado, aos trambolhões, como se tivessem ovos quentes dentro das bocas. Então, essa sim, pode se dizer que é portuguesa. A nossa deveria ser chamada de língua brasileira. Insisto nisso. É limpa, clara, fácil de entender, sem atropelos a não ser nas bocas dos bodejantes, que falam às pressas misturando tudo.
Bom, não to cá pra dar aulas de língua brasileira. Vamos voltar aos assuntos de em antes, que são eles que vão formar meu livro. Tu achas que já chega? Dá pra fazer um bem grosso, com o que tens ai escrito? Não? Vixe! Haja cabeça pra buscar, lá no fundo, o acontecido.
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