DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


sexta-feira, 29 de agosto de 2008

sobre 'BRASIL NADA OLIMPICO" de Hudson

Em 29/08/08

Faço aqui pequeno comentário sobre o assunto do título acima mencionado. Não me sinto no dever prazeroso em me estender sobre o assunto para não deslustrar os outros dois comentarios feitos pelos senhores Roas e Chianello, além o do próprio titular do blog, já mencionado e inserido neste. Fique, pois, apenas como abaixo registro:

Pezado Hudson:Em primeiro lugar, registro neste espaço, de maneira muito sóbria, ao mesmo tempo estupefata, meus cumprimentos pela excelente abordagem à participação dos nossos atletas na última Olimpíada em Pequim. Não há muito que dizer se tudo já foi dissecado pelo amigo, com a habilidade de um cirurgião, sobre o desastre recente naquela efeméride na China. Tanto o senhor Fernando Roas como o nosso conhecido e estimado senhor Lucas Rafael Chianello confirmaram de maneira inteligenteseu lúcido comentário. Sendo solidário aos três, abstenho-me a dar qualquer outra configuração ao assunto e aplaudindo, de pé, os esclarecimentos às razões das falhas e da pífia participação do Brasil no evento olímpico. Um grande e agradecido abraço pela oportunidade.

Morani

BRASIL NADA OLIMPICO

Em 29/08/08

Transcrevo neste meu espaço, com muita propriedade, o comentário do senhor Hudson, titular do blog "DISSOLVENDO-NO-AR", sobre a vergonhosa participação de nossos atletas na última Olimpíada realizada em Pequim.

Quarta-feira, 27 de Agosto de 2008

Brasil nada olímpico
Mais uma Olimpíada chega ao fim e com ela mais uma “frustrante” participação brasileira. Afinal de contas, frustrante para quem? Não para mim cara pálida. Explicarei, antes vale ressaltar o caráter extremamente comercial dos jogos olímpicos que há muito perderam seu objetivo lúdico, ou melhor, venderam o objetivo junto com a alma ao deus Mercado. Se durante as Olimpíadas na Grécia Antiga pobres mortais buscavam uma aproximação com os deuses do Olimpo, hoje os atletas apenas se ajoelham perante o onipresente deus “Mercado”. Medalhas, recordes, superação, tudo não passa de estampa para obtenção do louro olímpico pós-moderno, um bom contrato publicitário com uma marca esportiva, ou com outra de equipamentos eletro-eletrônicos, ou de refrigerantes, ou da industria automobilística ou do que quer que seja, o importante é não perder os “bilhões” de dólares guardados para os laureados. Os jogos Olímpicos há muito também – como toda a competição esportiva – segue critérios políticos – não que esses estejam desvinculados dos critérios comerciais, mas quando se consegue conjugar ambos em plena harmonia, tanto melhor – como ficou explícito na escolha de Pequim para sediá-los esse ano. Uma cidade poluída, o que já denotaria falta de condições para prática esportiva. No entanto Pequim é capital do país que vem se firmando como a grande potência comercial e econômica do século XXI. É sempre assim, critérios políticos ou comercias, no caso de Pequim ambos se completam. Em 1996 por exemplo, no centenário das Olimpíadas modernas, Atenas, capital grega e muito antes de Cristo o berço dos jogos olímpicos, viu Atlanta, capital da Coca-Cola, levar os jogos. Na verdade a Coca comprou aqueles jogos como verdadeira mercadoria que o são. Pra mim Olimpíada era gostoso mesmo quando acontecia àquela briga entre União Soviética e EEUU para saber quem ficaria a frente no quadro de medalhas, pelo menos era um atrativo à parte. Em 1988, torci muito para os soviéticos terminarem com mais medalhas de ouro em Seul, o que de fato ocorreu. Hoje, essa disputa ente China e EEUU não me empolga. Acho-a um tanto vazia, uma vez que os atletas chineses pouco ou nada diferem dos estadunidenses. A mesma Nike responsável por trabalho escravo, banca astros como o estadunidense ídolo na NBA LeBron James e o herói nacional chinês Liu Xiang, atleta dos 110 metros com barreira. Além do mais, tenho severas críticas quanto ao método de treinamento elaborado pelo governo chinês e o total isolamento de alguns de seus atletas olímpicos. Se é verdade, e o é, que a China de certa maneira deu ao esporte o status de política de estado e não poupou investimento nisso, também é verdade que atletas chineses passaram por um regime draconiano para serem apresentados com um objetivo exclusivamente político por seus mandatários.Quanto à melancólica participação brasileira na China, fica mais uma vez claro, infelizmente, que a total falta de políticas voltadas para a prática esportiva, enxergando-a como ferramenta de inclusão social e cultural, em nossas escolas públicas – digo isso com a autoridade de professor de escola pública e ex-aluno de tal – não poderia nos levar a resultado melhor do que as parcas medalhas trazidas por nossos atletas. O governo federal, parece até brincadeira, através do Ministério dos Esportes investiu uma quantia razoável em atletas de alto rendimento, ao passo que segue sucateando escolas públicas.Por isso, pedir investimentos em práticas de iniciação esportiva é pedir demais, se em muitas de nossas escolas não têm sequer biblioteca, giz ou professor!!!A pífia participação brasileira em jogos Olímpicos está umbilicalmente ligada a outros fatores. A falta de seriedade no trato com a educação e o não entendimento que essa, ao lado do esporte e cultura, forma um trinômio e são indissolúveis, nos relega a resultados iguais ou piores que os trazidos de Pequim. 1- Relatório da Unesco, de 2007, atendo-se à qualidade da educação, mostrou que mais da metade de nossos estudantes sequer sabe ler. Revela também que entre os 45 países pesquisados, o Brasil é o último em gastos públicos com educação. 2-O país gasta anualmente US$ 1.303 por aluno; média da OCDE é de US$ 7.527. O Brasil é o que menos gasta com educação dos 34 países analisados por um estudo da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Enquanto o país gasta US$ 1.159 (R$ 2.213) em estudantes primários (à frente apenas da Turquia, que gasta US$ 1.120, o equivalente a R$ 2.139) e US$ 1.033 (R$ 1.973) em estudantes do ginásio e segundo grau (o mais baixo).3- A carga horária média nas escolas é quatro horas, quando, considerando o ambiente adverso em que os mais pobres vivem, o horário integral já deveria ter sido implantado. 4- O acesso à cultura ainda é muito desigual no Brasil. Dados do IBGE mostram que os 10% mais ricos são responsáveis por cerca de 40% de todo o consumo cultural. E, além da desigualdade de renda, há também a desigualdade espacial: as regiões metropolitanas concentram 41% desse consumo. Prova que não somos tão ruins apenas no quadro de medalhas olímpico e que enquanto o governo nas suas distintas esferas – municipal, estadual e federal – não se conscientizar do problema educacional brasileiro, investindo pesado na formação de cidadãos e não gastando bilhões com federações esportivas – entidades cuja transparência e democracia nunca se fizeram presente e onde inexiste fiscalização sobre os recursos públicos a elas repassados – ou com obras megalomaníacas como sediar o Pan, Copa do Mundo ou – Deus nos livre – Jogos Olímpicos, o Brasil continuará no rodapé tanto do esporte, quanto da educação e da cultura mundial.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas às 12:49 3 comentários
Quinta-feira, 21 de Agosto de 2008

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

SOBRE "HÁ ALGO DE MUITO PODRE NO CÁUCASO "

SOBRE “HÁ ALGO DE MUITO PODRE NO CÁUCASO”Tenho a minha frente dois “Atlas Geográfico e Político” de 1976 um, e o outro de 2005. É notória a diferença dos desenhos geopolíticos da Europa, Ásia e de continentes circunvizinhos no espaço de 32 anos, bem como diferentes são as situações econômicas e sociais dos países europeus e asiáticos. A “Velha Senhora” Europa sempre foi o cadinho de drásticas mudanças na História da humanidade. Parece-me estar o Continente europeu fadado a levar adiante essa emblemática postura de agitações, levantes, revoluções, guerras civis, guerras mundiais e desmembramentos de países com prejuízos a todos os povos, mesmo àqueles que se acham separados por oceanos, por culturas, religiões e por economias tão diferenciadas. As diferenças são gritantes, entre aqueles do Velho Continente e os que compõem o Continente Sul-Americano.Por lá, a URSS foi uma das primeiras a sofrer drásticas mudanças com violentas e definitivas decisões de antigas repúblicas soviéticas libertando-se do seu jugo. Os anos de 1991 e 1992 foram de extremadas iniciativas para Letônia, Ossétia do Sul, Turcomenistão, Kirghistão (Ásia Central), Lituânia, Geórgia, e outros (Não sem guerras civis com perdas incríveis em todos os sentidos a esses povos), desligando-se da antiga Pátria-mãe. Está mais do que provado que povo algum se sujeita à condição de dura servidão por muito tempo. Em 1649 Ivan, o Terrível (era o primeiro czar russo) introduziu o estado de servidão na URSS obrigando a plebe ao trabalho no campo para os senhores da elite, mas Catarina, a Grande, aboliu-a em 1861 sem, contudo, diminuir o abismo entre camponeses e a elite. Colimando uma série de outros graves problemas a URSS deixou de existir para se tornar apenas RUSSIA, também em 1991. Iniciou-se em território russo a abertura econômica com a entrada de multinacionais, como a cadeia de lanchonetes MacDonalds e outras; isto funcionou como um rastilho de pólvora em direção a China que, por seu lado, abria as suas portas, depois de anos fechadas, às multinacionais. Se a Rússia passa por um boom econômico, este não foi padrasto com a China. Hoje, vemos largas avenidas com problemas de congestionamentos, não de bicicletas, mas de veículos importados, edifícios e logradouros belíssimos e, atualmente, nos Jogos Olímpicos deste ano, nos mostra uma outra China em ascenção. A disposição de seus atletas anda a braços dados com o crescimento econômico de 10% ao ano. Na Rússia, os “Ladas” vão cedendo lugar a veículos fabricados além de suas fronteiras. É realmente um novo “desenho” que se impõe às vistas dos estudiosos. A China só não apresenta evolução social na relação trabalho-capital. Os salários são baixos, inexiste uma Previdência que capacite os velhos a terem seus próprios ganhos ao invés de dependerem de seus filhos, que são poucos, devido às políticas sobre geração de filhos nos casamentos. Se a família chinesa não cresce por outro lado temos uma industrialização em massa numa competição desigual aos demais países industrializados. Deixou para trás a Grã-Bretanha e a Alemanha como países campeões em produção de bens de capital e de bens duráveis. Mas, principalmente na China, vivem-se ainda os tempos da Revolução Industrial iniciada na Inglaterra no final do século XVIII, com o financiamento importante de Meyer Amschel Rothschild, de Frankfurt, Alemanha, cuja família dominou a economia bancária até a 2ª. Grande Guerra Mundial. Contudo, a Revolução Industrial – que tomou impulso maior com as novas invenções como o processo de irrigação de Arkwright, a máquina de fiar de James Hargreaves e a de vapor de Watt – não trouxe benefício algum às classes trabalhadoras, começando pelas péssimas condições de trabalho, horário além do normal, o uso da ocupação infantil, alojamentos paupérrimos e saneamento insuficiente. O ressurgimento russo – no dizer do sociólogo Hudson, autor do “Há Algo de Muito Podre no Cáucaso” – era de se esperar. O neoczar Vladimir Putin ainda dá as ordens e estabelece as regras tornando a “Europa Ocidental refém na delicada questão energética”. Outro novo Napoleão – norte-americano – pretende um isolamento a nova Rússia, abrindo as portas da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) para a Geórgia de Mikhail Saakachvili e para a Ucrânia de Vicktor Yushchenko – duas ex-repúblicas soviéticas – com “arrepios a União Européia” se levadas à frente tal decisão. Teme-se por reação explosivas dos russos, não como aquela de Nikita Kruschev batendo com o grosso sapato sobre o tampo da tribuna na ONU. Reações desta natureza já não cabem mais no cenário atual da política internacional. Outros meios já foram mostrados na Geórgia pelas tropas russas, sem que o “cowboy” George Bush levantasse a mão em favor de seu protegido Mikhail. E o que fará ele, Bush, no caso de uma ameaça “representada pelo imperialismo russo aos interesses ocidentais no Cáucaso e na Ásia Central?” Muito poucas coisas, acreditam-se. É um Napoleão desterrado a uma Elba moral, e desacreditado como a própria EU no cenário atual dos embates pela hegemonia de seus dogmas. A região caucasiana é formada por um conjunto de povos – os chamados “brancos” – que incluem vastos grupos populacionais na Europa, Norte da África, Sudoeste da Ásia e subcontinente indiano, mas podemos incluir, ainda, os aborígines australianos e os índios americanos. (Fonte: “Enciclopédia Ilustrada do Conhecimento Essencial” – Reader´s Digest). Com uma face tão heterogênea como essa, de que maneira podem os países líderes conduzir uma política de não agressão àquelas nações já independentes, ou às que desejem o mesmo? Desaconselháveis, nesse momento delicado, são fechar acordos trazendo retaliações àqueles que se sintam prejudicados – no caso, a Rússia – pois se sabe que essa não irá aceitar, de maneira alguma, ser relegada a um segundo plano em detrimento às novas repúblicas tão somente como ato de atiçar mais suas reações para autenticar de modo sutil, e diplomacia canhestra, seu isolamento na OTAN. Os cientistas políticos e sociais precisam estudar mais profundamente a influência do DNA dos povos mencionados neste comentário. O que se viu, durante séculos seguidos, foram nações poderosas continuando suas trajetórias de êxitos políticos, econômicos e sociais – salvo erro ou omissão – e as nações pobres pisando os mesmos pântanos das desgraças, a mesma caminhada às submissões e explorações numa contínua peregrinação para um isolamento total e avassalador. São como as famílias poderosamente abastadas que sobrevivem há séculos amontoando mais bens, mais riquezas, mais poderes sem que haja solução de continuidade. Não se deseja suas desgraças, mas o que se quer, e é o que deveria ser, é que haja mais igualdade no trato a esses povos chamados “inferiores”, não brancos, e atrasados pela própria iniciativa malévola de impérios que se taxam de salvadores da raça humana. A Humanidade vive ainda, para mim, a Idade da Pedra, com passagem no obscurantismo da Idade Média, não parecendo ter atingido o Renascimento e Idade Moderna. Até quando? Torno a repetir a pergunta, cansado de tantos desentendimentos entre os povos. Já nos chegam os Genghis Khan, Alexandre Magno, Napoleão, Adolf Hitler e o Bush. Chega! Agora, abro um espaço especial para abordar os quatro últimos itens do comentário inteligente do sociólogo Hudson:Levando-se em conta que nem uma só potência européia irá chancelar tal medida, proposta pelo imperador Bush, para não se envolverem em problemas com a Rússia, é provável que Mikhail Saakachvili testemunhe tropas vermelhas ocupando boa parte de seu território – como na Hungria e no Afeganistão (Se a minha memória não falha) – enquanto envida esforços para se manter as rédeas do poder (palavras do sociólogo Hudson em seu estudo). Mikhail não deve, por sutileza, confiar nem em Bush ou em Putin. Aquele é bem mais esperto que uma raposa; é bem possível – se não for verdadeiro – que o novo Napoleão queira mesmo testar as forças do exército russo. Se este não demonstrar férrea vontade e indomável arranco para sustentar um conflito militar no Cáucaso, então o grande conquistador estrelado porá suas mangas de fora. Mas são muitos os fatores contrários a que o exército norte-americano, já depauperado pela campanha no Iraque, venha a se assanhar com uma invasão protecionista aos interesses da Geórgia ou a uma contra o Irã que faz parte do Anel do Mal. Outros fatores acham os estudiosos são as próximas eleições nos EUA. O orçamento militar dos americanos necessita de uma emenda constitucional para ser aumentada ou esperar um novo Orçamento, partindo do governo de Barack Obama que deverá ser sufragado na próxima eleição, porque o atual Orçamento já se exaure. Não há condição de levar adiante tal aventura bélica em duas frentes, e com duas potências. Esperamos que o presidente da Geórgia tenha juízo bastante para se conformar com o seu mandato e se envolver mais com os problemas de sua República, que não são poucos como não são os de muitas outras espalhadas pelo globo terrestre. Israel já tem muitas “coceiras” com os palestinos no seu calcanhar. O que tinha a dar a Geórgia já deu. Os georgianos que nada esperem mais deles a não ser: “Já ensinamos, agora ajam por conta própria.”
20 de Agosto de 2008 14:00

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

RESULTADO DO REFERENDO NA BOLÍVIA

RESULTADO DO REFERENDO NA BOLÍVIA - 10/08/08


Sinto-me bastante reconfortado nesta manhã de segunda-feira, dia 11/08/08, com a vitória maiúscula de Evo Morales no Referendo levado a efeito na Bolívia para confirmar a sua presença à frente dos destinos de sua pátria.
Já havia escrito alguma coisa sobre essa efeméride, mas não me lembra quais os contornos desse comentário. Porém, acredito tenham sido os mais alvissareiros, e a favor de Evo que com a sua coragem indígena irá conduzir os destinos da Nação irmã dentro da linha socialista que determinou como primordial às mudanças na economia de seu país; seja a médio ou longo prazo o que importa é a sua atitude corajosa de nacionalizar as riquezas carboníferas da Bolívia, hoje exploradas por companhias brasileiras, espanholas, holandesas e inglesas. Aliás, as incursões de espanhóis já datam desde os tempos primevos com a invasão e guerra aos povos indígenas deste Continente. E os ingleses não ficam atrás em matéria de exploração de povos miseráveis impondo-lhes suas patas dominadoras. Já os holandeses fizeram uma boa política, principalmente em Recife, com Mauricio de Nassau. O Brasil também entrou nessa de estender seus tentáculos às riquezas vizinhas? É de se abestalhar, quando sabemos que as nossas, em solo pátrio, deveriam ser mais exploradas em benefício próprio. Faz muito bem Evo de por um basta nessas sanguessugas econômicas. Tenho vergonha de saber que o Brasil anda por terras estranhas, e de nações amigas, rapinando seus bens naturais. Um conselho ao nosso governo: “Vai trabalhar, vagabundo, e não ficar, de pouso em pouso, refestelado no luxuoso e dispendioso aérolula, aqui e acolá, além das nossas fronteiras, como um verdadeiro turista desocupado.”
Mire-se num governante fidelíssimo à sua bagagem socialista.

O anseio de Evo é confirmar e executar uma revolução socialista não isolada sabedor que na América Latina há uma grande rebelião contra as políticas econômicas que não resolvem os imensuráveis problemas sociais da maioria do povo, como acontece neste nosso Brasil indiferente a esses problemas internos e injustos se basta vontade e coragem política para por as “rodas nos eixos”.
Ainda segundo Evo Morales – o confirmado presidente da nação boliviana – o Referendo encerrado, com a sua esmagadora vitória, reconduzirá à reconciliação a Nação boliviana de uma vez por todas.
Apesar do total apoio do povo, ainda há resquícios antipáticos à política do presidente com um dos prefeitos – de Cochabamba – relutando em entregar o cargo.
Como eu previ, e desejei, o povo, o verdadeiro povo boliviano, que carrega o país nas costas sem conta em bancos e sem residências luxuosas, deu uma demonstração daquilo que eu gostaria de presenciar em nossa terra brasileira. Infelizmente, os nossos irmãos são inebriados por novelas, programas de auditório manjados, copiados e extenuantes. É assim que se “engana” um povo sem uma visão mais abrangente e correta sobre a verdadeira situação d e um país chamado BRASIL.
Ah, Evo Morales... Se você tivesse nascido na Amazônia tupiniquim e se chamasse Ivo Moraes...
Morani

sábado, 9 de agosto de 2008

A BOLÍVIA E O REFERENDO DE 10 DO CORRENTE M~ES

A Bolívia e o Referendo do próximo dia 10/08/08

Mais uma vez o país vizinho – Bolívia – se vê engolfada por insatisfações que têm foco nos departamentos de Santa Cruz de La Sierra e Tarija, os considerados mais ricos, e onde se encontram as elites daquele país.
A insatisfação dessas elites, que desejam sempre o domínio total da economia em certos países, é lugar comum na história das nações, cujos abismos sociais entre as classes se tornaram escandaloso.
Por aqui, não estamos muito distanciados dessa triste realidade que se impõe de maneira covarde, descarada e, ao mesmo tempo, revestida de total indiferença das autoridades às quais está afeto o bom andamento das políticas sociais mais justas, e mais de acordo com a própria economia interna.
Domingo – 10 do corrente mês – será realizado Referendo para confirmar em seus cargos o presidente Evo Morales, o vice Álvaro Garcia e mais oito governadores departamentais (estados).
Se elogios de outros líderes sul-americanos bastassem para manter Evo no lugar em que está – teve 53,76% dos votos em sua eleição – na certa ele nem precisaria do Referendo. Disse o nosso presidente: “O Evo é a cara da Bolívia”. Como ele gostaria de ouvir ou ler de outros líderes latino-americanos a mesma frase para a sua pessoa. Impossível tal assertiva. Enquanto Evo luta pela Bolívia, e por extensão pelo seu povo; o nosso Lula (meu não) dá terras na Amazônia, virando as suas costas para os sérios problemas lá implantados com a presença de alienígenas barrando brasileiros ao livre acesso às terras indígenas, como se donos fossem (e são, pois que se adonaram das mesmas sem nenhuma medida do nosso governo). As suas maiores preocupações estão focadas aos problemas africanos, aos de alguns dos países da América Latina (Colômbia, Chile e Venezuela, principalmente) e nunca aos problemas internos do país que desgoverna. Os nossos, caem no olvido.

E nesse olvido – verdadeiro abismo que tudo engole – vão-se passando os dias, semanas e meses até a próxima eleição presidencial. Referendo aqui? Não seria má idéia se fosse para interromper a caminhada de um petista que traiu a todos os que nele confiavam (como eu, que nele votei na primeira eleição).
Para a Bolívia se deslocaram 300 representantes para confirmar que será democrático o Referendo. Por que tantos olheiros estrangeiros? Subentende-se que algo de podre existe no reino da Bolívia, que não há confiança total na lisura do Referendo, que pode haver “golpe de estado” (o que não seria de se admirar, pois em quase todas as republiquetas latino-americanas sucedeu assim).
As afirmações do senhor Carlos Alvarez, presidente da Comissão de Representantes Permanentes do Mercosul, esclarece que “não há espaço para um golpe de estado” na Bolívia, e que todos devem estar ombreados para defender a democracia no país. O estado democrático jamais deveria ser defendido. Ele teria o escudo da proteção contra assalto da sanha dos inimigos desse estado, normalmente, se por trás não houvesse o “olho grande” da elite dominadora – a mais interessada no caos interno. Mas em toda a América Latina há um desconforto, escamoteado pela imprensa favorável aos dirigentes da hora; há uma dúvida (uma só não, muitas) sobre os andamentos da trajetória política atual nessas nações, conduzidos por homens que se curva diante dos poderosos que dizem como deve ser a política social a cada uma. Não se pode negar essa submissão covarde, que ainda existe e que supera a liberdade e a autonomia de cada uma dessas nações. Por isso, e só por isso, caberia no Brasil Referendo com as mesmas finalidades. Acredito nos brasileiros que têm para Evo votos de sucesso absoluto nesse conturbado país que é a Bolívia.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

SOBRE COMENTÁRIO DE HUDSON V.L.BOAS- RECOLONIZAÇÃO...

Em 07/08/08Amigo Hudson:Os homens(?)que controlam as nossas riquezas - aqueles aos quais estão afetos todos os cuidados para que mantenham incólumes esses bens - desde priscas Eras, digamos: desde a colonização por Portugal, usam e abusam dos mesmos princípios entreguistas sem um laivo sequer de vergonha e conhecimento de crime de Lesa-pátria. Fazem à entrega de nosso patrimônio em bandejas de ouro e nas faces o sorriso de um Coringa, plenos de satisfação por servirem os mega-investidores que aqui aportam tão somente para solapar essas nossas terras exaurindo-as até à exaustão, sugando-as, como se faz ao se chupar uma laranja dulcíssima. Não é surpresa a associação de Bush ao Reschtul - genro de FHC. Os Donos do mundo precisam de um "laranja" de expressão como é o senhor genro do ex-presidente FHC. Como o atual presidente tem na cabeça uma produção incalculável de cana-de-açúcar para converter em combustível seria óbvio que um "expert" alienígena não se receasse em investir num país sem dono, quando o dinheiro de fora é mais dono do que a população brasileira. Não é possível que não exista entre os homens do poder algum, ou alguns, que tenham visão ampla para impedir quase que uma mono-cultura (esqueceram o que aconteceu em Cuba?) se as nossas terras são tão pródigas em outras espécies mais importantes? Não pode ser relegada ao ostracismo a falta de alimento que ronda todas as nações da terra; os milhões de bocas ávidas por pão e leite que se vêm privadas do mínimo para as suas sobrevivências. Há uma letargia emocional entre os que têm em mãos o poder de tudo mudar em benefício desses milhões de seres que rolam como párias por avenidas, ruas e becos dos países mais adiantados e mais ricos. Não entram em minha cabeça as atitudes de homens galvanizados apenas pelo desejo de ganhos cada vez mais elevados, e menos taxados pelas regras do universo financeiro. Não entendo a ganância dividida entre poucos em detrimento a tantos outros, por mais lúcidos sejam os seus comentários didáticos a esse respeito. Assim como mencionei que as conversas em Doha teriam um final de festa descolorida - um verdadeiro fracasso - penso agora que tudo o que o amigo menciona em seu ótimo comentário sobre "Um Novo Projeto de Recolonização" do Brasil tem embasamento técnico - fruto de observação e de estudos acurados por sua visão abrangente e por seu espírito sempre captador dos meandros sujos pelos quais navegam os "sócios" voluntários de homens que servem de degrau a um Bush. O que nós, simples seres humanos do "povinho", poderemos fazer para limpar de nossos terrenos os interesses mal intencionados desses fantoches que são da elite dominante? Uma revolução ou um simples levante social como foi outrora? Muitos morreram na luta inglória, pois se mantiveram no Poder os apátridas e os entreguistas como no caso do falecido Ministro da Fazendo que transferiu para os cofres-fortes do Pentágono nossas reservas-ouro para garantia de pagamento de nossas dívidas. Dá-me nojo saber essas "novidades" tão velhas como as Pirâmides do Egito. Se houver mais pobreza, exploração, trabalho escravo e entrega de nossa soberania, o que sobrará de bom e de bem aos autênticos brasileiros, amigo Hudson?Morani
7 de Agosto de 2008 08:24

UM NOVO PROJETO DE RECOLONIZAÇÃO

Segunda-feira, 4 de Agosto de 2008

Um novo projeto de recolonização
Há pouco tempo soube que Bush comprou terras e usinas de etanol na região de Ribeirão Preto. Um fundo internacional capitaneado pelo ex-presidente da Petrobras e genro de FFHH, Henri Philippe Recihtsul, vem adquirindo quantias vultuosos de terras no Centro-Oeste. Exemplos de outros grupos internacionais – sejam em forma de pessoa jurídica ou até mesmo física – comprando grandes extensões de terra em todas as regiões de Brasil, em especial na Amazônia, são abundantes e amparados por uma lei caduca e fora do espaço-tempo. O Estado mostra-se leniente sobre assunto tão caro a nossa soberania ao constatarmos – e ficarmos abismados com – a inexistência de dados oficiais tanto do Incra, quanto do Ibama ou do Ministério da Agricultura, sobre a quantidade de terras que se encontra em mãos de grupos ou cidadãos estrangeiros.Toco nesse assunto porque um embate histórico entre “trabalho versus capital” e “soberania nacional versus colonização” está sendo travado nesse momento, ainda que muitas pessoas não tenham se apercebido disso. Está ficando nítido a olho nu, o quanto a soberania nacional se esvai graças à sanha do capital internacional que reencontrou um antigo filão, a colonização dos países terceiro-mundistas através da exploração/saturação de suas matérias-primas e solo e o conseqüente abandono desses à sua eterna condição na divisão internacional do trabalho. O projeto de recolonização em tempos neoliberais em nada difere substancialmente dos antigos projetos de colonização, ou seja, o objetivo único é sempre exaurir o solo e extorquir a população condenada.Tanto no caso da aquisição de imensidão de terras por estrangeiros, como no do tão propalado etanol, é preocupante a atuação desleixada do Estado brasileiro – obviamente por razões da força do capital. O cultivo da cana-de-açúcar guarda relação direta com a expulsão de outras culturas em direção à floresta por pressão dos plantadores de cana, o risco de especialização produtiva da agricultura de certos estados, a sobreutilização dos recursos hídricos, a falta de regularização fundiária de um percentual grande de terras destinadas a tal cultura e a perpetuação das relações de trabalho no setor onde é sabido o modo animal como são tratados os chamados bóias-fria. Isso tudo num país acostumado ao mal produzido por monoculturas como a do café ou da própria cana-de-açúcar. Não deixa de ser preocupante também a defesa reticente prestada por alguns membros do governo, e de forma ainda mais entusiasmada pelo presidente Lula, sobre os benefícios gerados pelos agrocombustíveis, desprezando de maneira presunçosa e perigosa os riscos da monocultura num país onde tradicionalmente graça a concentração fundiária e de renda, sem citar o risco imediato de perdemos nossas terras produtivas para capital internacional.Se o baluarte mor do pensamento direitista tupiniquim, Roberto Campos – ou Bob Field como preferia – estivesse entre nós, seria defensor incansável da política do governo Lula para o agronegócio e os agrocombustíveis.Muito mais do que apenas a desnacionalização de nossas terras e potenciais energéticos ou um negócio lucrativo para o imperialismo ianque – ou venha de onde vier esse imperialismo –, o agrocombustível da forma como vem sendo tratado e vendido por nossas elites (governo, mídia e burguesia nacional, como sempre entreguista) não é, e nunca poderia ser, a salvação para o Brasil.É na verdade nossa perdição. Pois representa um novo projeto de recolonização do país a fim de dar sobrevida ao já exaurido modo de vida que o ocidente optou e exportou há pelo menos 5 ou 6 décadas atrás no auge desse capitalismo desumano e materialista ao extremo – como se pudesse haver algum dia outra forma de capitalismo –, e de quebra tentar barrar o atual processo de derrotas que o neoliberalismo vêm sofrendo no continente latino-americano graças aos movimentos populares que vêm ganhando cada vez mais intensidade nessa região do globo.Para o Brasil num futuro bem próximo, o agronegócio e os agrocombustíveis representam pobreza, miséria, exploração, quiçá trabalho escravo e certamente a entrega de mão beijada de nossa soberania.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas às 14:54 2 comentários

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

PAULISTANIZAÇÃO

Dissolvendo No Ar
Terça-feira, 29 de Julho de 2008

Paulistanização
O egocentrismo paulista fica nítido na forma como a midiazona, alguns políticos e até analistas bem intencionados mas que se deixam levar pela boiada, tratam a disputa pela prefeitura de São Paulo. Uma “paulistanização” da política nacional, como se todas as decisões de âmbito federal passassem única e exclusivamente pelo crivo do eleitorado paulistano, relegando o resto do país a um papel secundário. Obviamente não podemos negar a força da cidade de São Paulo, não só a maior cidade do Brasil, como também o maior colégio eleitoral, a maior força econômica, produtiva e financeira e onde se concentram as principais redes de comunicação e informação do país. Mas o Brasil não é a Argentina ou o México onde 1/3 de população vive no mesmo município. Aliás, o fenômeno da “paulistanização” vem ocorrendo pelo menos desde a reabertura política, mostrando-se maléfico para a democracia e para a federação, tumultuando o equilíbrio e a eqüidade entre os entes federativos. Nesse ano a disputa entre Marta Suplicy e Geraldo Alckmin em alguns momentos toma contornos de disputa nacional, estando na verdade bem longe de tanto. Fico me perguntando, qual o grau de conhecimento que o eleitor baiano, gaúcho ou goiano – eleitor médio – tem sobre a ex-prefeita de São Paulo além do fato de também ser ex-esposa do senador Eduardo Suplicy? Ou então sobre Geraldo Alckmin além do fato de ter sido candidato a presidente em 2006? Qual a verdadeira expressão nacional de ambos, se é que possuem alguma? Na ultravalorização dada à disputa pela prefeitura da capital paulista fica patente o exagero caso tomemos o cuidado de analisar o desempenho de Lula nas duas últimas eleições presidenciais. Tanto em 2002 quanto em 2006, Lula obteve uma percentagem muito menor de votos em São Paulo se comparado ao conjunto do país. Em 2006 Lula sequer venceu Alckmin na capital, na região metropolitana ou no estado de São Paulo em nenhum dos dois turnos e ainda assim logrou vencedor com cerca de 60% dos votos válidos na contagem geral do segundo turno. Outro exemplo; em 1989 Maluf venceu o primeiro turno na capital paulista e no geral amargou um modesto quinto lugar.Essa ultravalorização e superdimensionamento das eleições para prefeito de São Paulo apenas denotam um bairrismo vulgar, esdrúxulo e tacanho, incompatível para uma imprensa e uma classe política que se dizem – ou almejam ser – cosmopolita, demonstrando o quão despreparada essa classe esta para governar o Brasil além dos limites da Via Anhangüera ou da Imigrantes.Afirmar que a eleição na capital paulista é um termômetro para o resto do país é justamente inverter despudoradamente a lógica. Querer usar a disputa paulistana como ensaio para 2010 não passa dum exercício de futurologia, mesmo porque ainda nem sabemos quais serão os candidatos daqui a dois anos e não só a disputa em São Paulo, mas também em outras capitais, o tempo, as alianças e os conchavos é que serão capazes de forjar os nomes presidenciáveis. O único nome cogitado hoje para a sucessão de Lula que ouso apostar ser candidato de fato é o de José Serra. A raposa Serra já deixou Gilberto Kassab a ver navios graças ao pífio desempenho desse nas pesquisas de opinião de voto e desembarcou na campanha de Alckmin, podendo assim apaziguar seu próprio partido. Mas isso é muito pouco para uma eleição municipal que pretende pautar toda a disputa federal em 2010. Eleger Serra, Alckmin, Kassab ou Marta inquilino da Granja do Torto apenas baseando-se no resultado das eleições paulistanas é viver ainda nos bons tempos – para a elite paulista – da Republica Velha.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas às 17:45 3 comentários