quinta-feira, 29 de abril de 2010
De perseguido pela fome a líder mundial
Ano passado quando Barack Obama chamou Lula de “the guy”, teve colunista aqui no Brasil – muito conhecido pelas suas barrigas – que viu naquele gesto de simpatia, talvez até um ato de admiração, um deboche do homem mais poderoso do planeta para com o “bebum nordestino”. Será que a conceituada Time também está “debochando” quando elege Luiz Inácio Lula da Silva um dos líderes mais influentes do mundo?
Lula, o retirante perseguido pela fome e depois pela Ditadura Militar, que se tornou, extraordinariamente, não só o presidente mais popular da história do Brasil, mas que também conseguiu inserir o país no século XXI, entre outras coisas por retirar milhões de brasileiros da miséria crônica e por adotar uma política externa soberana, é tratado com esnobação pela mídia oligopolizada – ou o Partido do Capital, como Gramsci a chamava¬ ¬– e bombardeado com zombarias e preconceito pela classe média branca. Pois bem, agora FFHH e suas viúvas devem estar cortando os pulsos de inveja, afinal, como pode um nordestino analfabeto, pingaiada, vagabundo e barbudo ir até onde eles nunca sonharam? Isso é ousadia demais pra essa gente fina suportar!!!
Luiz Inácio Lula da Silva
Por Michael Moore (tradução Viomundo)
Quando os brasileiros primeiro elegeram Luiz Inácio Lula da Silva presidente, em 2002, os barões do país [robber barons] checaram o tanque de combustível de seus jatos privados. Eles haviam tornado o Brasil um dos países mais desiguais da terra e então parecia ter chegado a hora da “vingança”. Lula, 64, era um filho genuíno da classe trabalhadora da América Latina — na verdade, um membro fundador do Partido dos Trabalhadores — que tinha sido preso por liderar uma greve.
Quando Lula finalmente conquistou a presidência, depois de três tentativas fracassadas, ele era uma figura familiar na vida nacional. Mas o que levou à política? Foi seu conhecimento pessoal do quanto é duro para muitos brasileiros trabalhar para sobreviver? Ser forçado a deixar a escola na quinta série para ajudar a família? Trabalhar como engraxate? Ter perdido um dedo em um acidente de trabalho?
Não, foi quando aos 25 anos de idade ele viu a esposa Maria morrer durante o oitavo mês de gravidez, junto com o filho, por não poderem pagar um tratamento médico decente.
Há uma lição aqui para os bilionários do mundo: deixem as pessoas terem bom atendimento médico e elas vão causar muito menos problemas para vocês.
E aqui há uma lição para o resto de nós: a grande ironia da presidência de Lula — ele foi eleito para um segundo mandato em 2006 e vai servir até o fim do ano — é de que quando ele tenta colocar o Brasil no Primeiro Mundo com programas sociais como o Fome Zero, desenhado para acabar com a fome, e com planos para melhorar a educação disponível para os trabalhadores do Brasil, faz os Estados Unidos parecerem cada vez mais um país do velho Terceiro Mundo.
O que Lula quer para o Brasil é o que um dia chamamos de Sonho Americano. Nós, nos Estados Unidos, onde o 1% no topo da escala tem mais riqueza financeira que os 95% da base combinados, estamos vivendo em uma sociedade que está ficando rapidamente cada vez mais parecida com a do Brasil.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas
DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014
Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.
O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.
O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
TIME E RANKING ARRANJADO
O Brasil e os brasileiro já podem dormir tranquilos. A revista Time negou que tenha dado ao presidente Lula o pimeiro lugar no ranking das pessoas de maior influência no mundo. Abaixc, o desmentido pelo Deptº. de Relações Públicas da revista Time.
Pela manhã, o site da revista norte-americana divulgou uma relação com os nomes dos 25 líderes mais influentes do mundo escolhidos pela publicação. A lista era numerada de 1 a 25, não estava em ordem alfabética, e colocava o presidente brasileiro em primeiro, ao lado do número 1 (veja foto acima). Na edição eletrônica da publicação, ao clicar na sessão "líderes", o internauta era direcionado automaticamente para um perfil de Lula escrito pelo cineasta Michael Moore.
O UOL e outros sites noticiosos brasileiros e internacionais divulgaram a informação que Lula havia sido escolhido o líder mais influente do mundo. A redação do UOL Notícias entrou em contato com o departamento de Relações Públicas da revista "Time", que negou que a lista numerada era um ranking. Segundo a assessoria, "a Time não faz distinção no nível de influência das 100 pessoas que aparecem na lista."
Após os questionamentos do UOL, o site da "Time" retirou os números na lista de líderes mais influentes do mundo.
Pela manhã, o site da revista norte-americana divulgou uma relação com os nomes dos 25 líderes mais influentes do mundo escolhidos pela publicação. A lista era numerada de 1 a 25, não estava em ordem alfabética, e colocava o presidente brasileiro em primeiro, ao lado do número 1 (veja foto acima). Na edição eletrônica da publicação, ao clicar na sessão "líderes", o internauta era direcionado automaticamente para um perfil de Lula escrito pelo cineasta Michael Moore.
O UOL e outros sites noticiosos brasileiros e internacionais divulgaram a informação que Lula havia sido escolhido o líder mais influente do mundo. A redação do UOL Notícias entrou em contato com o departamento de Relações Públicas da revista "Time", que negou que a lista numerada era um ranking. Segundo a assessoria, "a Time não faz distinção no nível de influência das 100 pessoas que aparecem na lista."
Após os questionamentos do UOL, o site da "Time" retirou os números na lista de líderes mais influentes do mundo.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
DUAS NOTIFICAÇÕES DO VEREADOR FLÁVIO FARIA
Do Vereador Flávio Faria - Poços de Caldas, MG
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Informe a população – Indicações do mês de abril
Preocupado com a situação dos usuários da Farmácia Pública que se encontra no hospital Margarita Morales e a população da Zona Sul de modo geral, pedi à Secretaria de Saúde, através de Indicação na Câmara Municipal, a ampliação do horário de entendimento da citada farmácia. Hoje o horário de atendimento é muito restrito, com a farmácia funcionando apenas até às 14:00, o que prejudica parte da população, principalmente àquelas que trabalham durante o dia.
Outro assunto que mereceu Indicação de minha parte é uma realização de estudos visando à transferência da agência do Banco Itaú, ao lado da Prefeitura, para um local mais amplo. O espaço físico daquela agencia não oferece conforto aos clientes, principalmente em dias de pagamento dos servidores públicos municipais, quando há grande fluxo de pessoas.
terça-feira, 27 de abril de 2010
Pela valorização da Educação em Minas
Não é de hoje que os professores da rede estadual de Minas vem lutando por melhorias salariais além da valorização da profissão, melhores condições de trabalho e por uma educação de qualidade. Infelizmente os oito anos do governo neoliberal de Aécio Neves sucateou a educação em nosso Estado, digo isso como professor, embora da rede municipal, e conhecedor de todos os males que a categoria atravessa há tempos.
Em 2008, o Congresso Nacional aprovou e coube ao Presidente Lula sancionar, a implementação de um Piso Salarial Profissional Nacional para os Profissionais do Magistério Público da Educação. Hoje esse piso é de R$ 1.312,00. Trata-se do valor mínimo a ser pago a um profissional do magistério público, com formação de nível médio (modalidade Normal) para uma jornada de, no máximo, 40 horas semanais, conforme determina a Lei 11.738/2008.
Neste valor, é bom frisar, não estão incluídos outros direitos dos trabalhadores da Educação, como o pó de giz, qüinqüênios, abonos, e demais vantagens de natureza individual, local ou de trabalho.
Os valorosos professores mineiros lutam por nada mais que o cumprimento de tal Piso Salarial (previsto em Lei), daí minha solidariedade a toda a categoria, da qual orgulhosamente faço parte.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Informe a população – Indicações do mês de abril
Preocupado com a situação dos usuários da Farmácia Pública que se encontra no hospital Margarita Morales e a população da Zona Sul de modo geral, pedi à Secretaria de Saúde, através de Indicação na Câmara Municipal, a ampliação do horário de entendimento da citada farmácia. Hoje o horário de atendimento é muito restrito, com a farmácia funcionando apenas até às 14:00, o que prejudica parte da população, principalmente àquelas que trabalham durante o dia.
Outro assunto que mereceu Indicação de minha parte é uma realização de estudos visando à transferência da agência do Banco Itaú, ao lado da Prefeitura, para um local mais amplo. O espaço físico daquela agencia não oferece conforto aos clientes, principalmente em dias de pagamento dos servidores públicos municipais, quando há grande fluxo de pessoas.
terça-feira, 27 de abril de 2010
Pela valorização da Educação em Minas
Não é de hoje que os professores da rede estadual de Minas vem lutando por melhorias salariais além da valorização da profissão, melhores condições de trabalho e por uma educação de qualidade. Infelizmente os oito anos do governo neoliberal de Aécio Neves sucateou a educação em nosso Estado, digo isso como professor, embora da rede municipal, e conhecedor de todos os males que a categoria atravessa há tempos.
Em 2008, o Congresso Nacional aprovou e coube ao Presidente Lula sancionar, a implementação de um Piso Salarial Profissional Nacional para os Profissionais do Magistério Público da Educação. Hoje esse piso é de R$ 1.312,00. Trata-se do valor mínimo a ser pago a um profissional do magistério público, com formação de nível médio (modalidade Normal) para uma jornada de, no máximo, 40 horas semanais, conforme determina a Lei 11.738/2008.
Neste valor, é bom frisar, não estão incluídos outros direitos dos trabalhadores da Educação, como o pó de giz, qüinqüênios, abonos, e demais vantagens de natureza individual, local ou de trabalho.
Os valorosos professores mineiros lutam por nada mais que o cumprimento de tal Piso Salarial (previsto em Lei), daí minha solidariedade a toda a categoria, da qual orgulhosamente faço parte.
GREVE DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO MG
quarta-feira, 28 de abril de 2010
A greve nas escolas estaduais de Minas Gerais está completando 21 dias nesta quarta-feira (28/04). Os professores reivindicam a adequação do Estado ao piso salarial de R$ 1.312,85 além das gratificações. Mas, sobretudo, respeito e valorização da educação no Estado, que se encontra sucateada pelo descaso dos governantes mineiros nas últimas décadas, além de melhores condições de trabalho para toda a classe.
O Sind-UTE (Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação de Minas Gerais) calcula adesão de 60%. Levando em conta que Minas conta hoje com 203 mil servidores na área de educação, somos mais de 120 mil servidores em greve.
“O que a Secretaria (de Educação) tem que fazer é apresentar uma proposta para a categoria que está em greve e não ficar nessa disputa de interpretação de legislação. A nossa reivindicação está clara. A greve é por tempo indeterminado e nós queremos uma proposta concreta do governo de Estado para negociar”, declarou Beatriz Cerqueira, coordenadora-geral do Sind-UTE, sobre a interpretação da Lei 11.738/2008 que implementou o Piso Salarial Profissional Nacional para os Profissionais do Magistério Público da Educação, esse piso, em valores atualizados, é de, justamente, R$1312,85.
Já em resposta à ameaça de retaliar os servidores grevistas com “falta” no livro de ponto e a possível contratação de substitutos, o Sind-UTE divulgou a seguinte nota:
Em atenção ao Ofício Circular Gab.n° 1013/2010 de
26/04/2010, da Secretária de Estado da Educação,
Vanessa Guimarães, o Sind-UTE/MG esclarece:
1) O direito de greve dos servidores públicos é legítimo, estando previsto
constitucionalmente, na regra do art. 9º da Constituição Federal de 1988.
2) A Lei Federal n° 7.783 de 28/06/89, por força da decisão proferida no Mandado de Injunção nº 708 do Supremo Tribunal Federal, regulamenta o direito de greve dos servidores públicos.
3) A participação em greve suspende o contrato de trabalho, sendo vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratação de trabalhadores substitutos (art. 7º, parágrafo único, lei n° 7.783/89).
4) As faltas em serviço por motivo de mobilização da categoria para a defesa de seus direitos são faltas justificadas, logo, não se equivalem à faltas por ausência injustificada ao serviço.
5) De acordo com a legislação vigente, o servidor em greve, seja efetivo, designado, efetivado pela Lei100, efetivo em estágio probatório, ou em qualquer outra situação não pode sofrer retaliação em função de participar da greve.
6) A emissão do ofício por parte da Secretaria Estadual é uma clara estratégia de desmobilizar a categoria num momento em que a greve se consolidou ganhando adesão em todas as regiões do estado. Não podemos deixar que a Secretaria alcance o seu objetivo. Se os profissionais em greve recuarem, perderemos a oportunidade histórica de conquistar um salário melhor e não teremos condições de realizar qualquer negociação, uma vez que o sindicato ficará fragilizado.
7) Todas as medidas judiciais possíveis estão sendo tomadas pelo Sind-UTE/MG para tentar anular os efeitos do Ofício da Secretária.
8) Precisamos manter nossa mobilização e as atividades definidas pela assembleia realizada em São João Del-Rei.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boa
A greve nas escolas estaduais de Minas Gerais está completando 21 dias nesta quarta-feira (28/04). Os professores reivindicam a adequação do Estado ao piso salarial de R$ 1.312,85 além das gratificações. Mas, sobretudo, respeito e valorização da educação no Estado, que se encontra sucateada pelo descaso dos governantes mineiros nas últimas décadas, além de melhores condições de trabalho para toda a classe.
O Sind-UTE (Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação de Minas Gerais) calcula adesão de 60%. Levando em conta que Minas conta hoje com 203 mil servidores na área de educação, somos mais de 120 mil servidores em greve.
“O que a Secretaria (de Educação) tem que fazer é apresentar uma proposta para a categoria que está em greve e não ficar nessa disputa de interpretação de legislação. A nossa reivindicação está clara. A greve é por tempo indeterminado e nós queremos uma proposta concreta do governo de Estado para negociar”, declarou Beatriz Cerqueira, coordenadora-geral do Sind-UTE, sobre a interpretação da Lei 11.738/2008 que implementou o Piso Salarial Profissional Nacional para os Profissionais do Magistério Público da Educação, esse piso, em valores atualizados, é de, justamente, R$1312,85.
Já em resposta à ameaça de retaliar os servidores grevistas com “falta” no livro de ponto e a possível contratação de substitutos, o Sind-UTE divulgou a seguinte nota:
Em atenção ao Ofício Circular Gab.n° 1013/2010 de
26/04/2010, da Secretária de Estado da Educação,
Vanessa Guimarães, o Sind-UTE/MG esclarece:
1) O direito de greve dos servidores públicos é legítimo, estando previsto
constitucionalmente, na regra do art. 9º da Constituição Federal de 1988.
2) A Lei Federal n° 7.783 de 28/06/89, por força da decisão proferida no Mandado de Injunção nº 708 do Supremo Tribunal Federal, regulamenta o direito de greve dos servidores públicos.
3) A participação em greve suspende o contrato de trabalho, sendo vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratação de trabalhadores substitutos (art. 7º, parágrafo único, lei n° 7.783/89).
4) As faltas em serviço por motivo de mobilização da categoria para a defesa de seus direitos são faltas justificadas, logo, não se equivalem à faltas por ausência injustificada ao serviço.
5) De acordo com a legislação vigente, o servidor em greve, seja efetivo, designado, efetivado pela Lei100, efetivo em estágio probatório, ou em qualquer outra situação não pode sofrer retaliação em função de participar da greve.
6) A emissão do ofício por parte da Secretaria Estadual é uma clara estratégia de desmobilizar a categoria num momento em que a greve se consolidou ganhando adesão em todas as regiões do estado. Não podemos deixar que a Secretaria alcance o seu objetivo. Se os profissionais em greve recuarem, perderemos a oportunidade histórica de conquistar um salário melhor e não teremos condições de realizar qualquer negociação, uma vez que o sindicato ficará fragilizado.
7) Todas as medidas judiciais possíveis estão sendo tomadas pelo Sind-UTE/MG para tentar anular os efeitos do Ofício da Secretária.
8) Precisamos manter nossa mobilização e as atividades definidas pela assembleia realizada em São João Del-Rei.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boa
segunda-feira, 26 de abril de 2010
NUNCA MAIS
NUNCA MAIS
Nunca mais... Duas palavras curtas que carregam em seus bojos de significados a sensação do eterno, até mesmo ao que se restringe ao âmago de nossas existências. Observemos dois amantes a uma despedida: “Não, nunca mais!”; um filho a seus pais: “Não há jeito a dar. Nunca mais!”; de um pai aos seus familiares: “Parto, não sei se voltarei, talvez seja para nunca mais!”
Porém, avaliemos separadamente as palavras, cada uma de per si:
Nunca: negação a uma possibilidade de vir se concretizar; mais: adiciona algo a outra situação, embasada na expectativa de vir acontecer.
Juntando a duas palavras teremos o mesmo efeito de se tentar unir o pólo negativo ao pólo positivo: haverá uma repulsão de resultados físicos em que ambos se rejeitarão.
Nunca mais... Dói bem mais que um morrer, porque sentimos coisas morrendo dentro da gente.
Nunca mais... Significa separação; separação conota ausência e essa poderá ser passageira ou eterna. A passageira é por si só suportável, todavia a eterna mergulha todas as sensações humanas no averno; de lá ninguém sai inteiro, nem feliz ou com uma fímbria de esperanças.
Lá, mergulhamos de cabeça em um mar de Nunca mais.
Nunca mais é saudade, é abatimento, é cansaço, é a negação a tudo, é o vazio, são as trevas nos engolindo ao Nunca mais. É o compasso do relógio da Eternidade e os seus nunca mais, nunca mais, nunca mais, nunca...
Nunca mais... Duas palavras curtas que carregam em seus bojos de significados a sensação do eterno, até mesmo ao que se restringe ao âmago de nossas existências. Observemos dois amantes a uma despedida: “Não, nunca mais!”; um filho a seus pais: “Não há jeito a dar. Nunca mais!”; de um pai aos seus familiares: “Parto, não sei se voltarei, talvez seja para nunca mais!”
Porém, avaliemos separadamente as palavras, cada uma de per si:
Nunca: negação a uma possibilidade de vir se concretizar; mais: adiciona algo a outra situação, embasada na expectativa de vir acontecer.
Juntando a duas palavras teremos o mesmo efeito de se tentar unir o pólo negativo ao pólo positivo: haverá uma repulsão de resultados físicos em que ambos se rejeitarão.
Nunca mais... Dói bem mais que um morrer, porque sentimos coisas morrendo dentro da gente.
Nunca mais... Significa separação; separação conota ausência e essa poderá ser passageira ou eterna. A passageira é por si só suportável, todavia a eterna mergulha todas as sensações humanas no averno; de lá ninguém sai inteiro, nem feliz ou com uma fímbria de esperanças.
Lá, mergulhamos de cabeça em um mar de Nunca mais.
Nunca mais é saudade, é abatimento, é cansaço, é a negação a tudo, é o vazio, são as trevas nos engolindo ao Nunca mais. É o compasso do relógio da Eternidade e os seus nunca mais, nunca mais, nunca mais, nunca...
sábado, 24 de abril de 2010
A FACE ESTRANHA
conto liliputiano
Que face é esta que trago comigo? Tateio com as pontas dos dedos todas as linhas que desenham esta face estranha. De onde a terei ido buscar? Essa face, porém, não me é estranha como me faço convencer. Não me pareço a ninguém. Tenho algo de Baudelaire, mas muito vago, bastante nebuloso, diria sem sustos. Talvez... Talvez queira me convencer, ao menos, para ter um parâmetro a quem me pertence essa face... Oxalá a um Nietzsche? Não, não, ao filósofo das causas perdidas não havia o traço refinado do belo. Como saberia se não sei se tenho algo de belo ou de horrendo? Teria a minha face se formado do pó das estrelas? Ela é minha, desde quando? Estarei carregando uma face milenar? Uma coisa eu desconfio, e mais: pendo para o lado da certeza de que esta não foi sempre a minha face. Formou-se da argila do Monte Olímpio? Olho e olho, e me enxergo mais um Baudelaire mesmo. Já me asseguraram isso. Tolices. Isto é mais sério que o próprio. Meus dedos, que a tateiam, não me dizem nada. Nada me revelam. Só me revelam uma angústia de não me parecer a mais ninguém a não ser a mim mesmo com ou sem beleza - despersonalizada face estranha. Renego-a! Espanco-a ao pórfiro dos pelasgos. É provável tenha vindo de lá. Ah, Grécia! Ah, Grécia! Como a choro..., a ponto de me afogar em minhas próprias Lacrima Christi. Mas... Mas... Não sei ainda. Confusas estão minhas crenças e dúvidas. A face estranha que não se parece a Baudelaire ou a Nietzsche, já sei a quem se parece. Parece-se a Deus, que me Fez à sua imagem e semelhança. Mas... Como ninguém jamais viu Deus meus questionamentos continuam. Esta face é mesmo minha? Um dia ela há de se juntar ao pó da terra, e se moldarem uma máscara mortuária talvez se pareça a mim mesmo. Pronto! Fiat Lux! Resolvi o problema da estranha face estranha. Sou eu: milenar e fogo-fátuo.
Que face é esta que trago comigo? Tateio com as pontas dos dedos todas as linhas que desenham esta face estranha. De onde a terei ido buscar? Essa face, porém, não me é estranha como me faço convencer. Não me pareço a ninguém. Tenho algo de Baudelaire, mas muito vago, bastante nebuloso, diria sem sustos. Talvez... Talvez queira me convencer, ao menos, para ter um parâmetro a quem me pertence essa face... Oxalá a um Nietzsche? Não, não, ao filósofo das causas perdidas não havia o traço refinado do belo. Como saberia se não sei se tenho algo de belo ou de horrendo? Teria a minha face se formado do pó das estrelas? Ela é minha, desde quando? Estarei carregando uma face milenar? Uma coisa eu desconfio, e mais: pendo para o lado da certeza de que esta não foi sempre a minha face. Formou-se da argila do Monte Olímpio? Olho e olho, e me enxergo mais um Baudelaire mesmo. Já me asseguraram isso. Tolices. Isto é mais sério que o próprio. Meus dedos, que a tateiam, não me dizem nada. Nada me revelam. Só me revelam uma angústia de não me parecer a mais ninguém a não ser a mim mesmo com ou sem beleza - despersonalizada face estranha. Renego-a! Espanco-a ao pórfiro dos pelasgos. É provável tenha vindo de lá. Ah, Grécia! Ah, Grécia! Como a choro..., a ponto de me afogar em minhas próprias Lacrima Christi. Mas... Mas... Não sei ainda. Confusas estão minhas crenças e dúvidas. A face estranha que não se parece a Baudelaire ou a Nietzsche, já sei a quem se parece. Parece-se a Deus, que me Fez à sua imagem e semelhança. Mas... Como ninguém jamais viu Deus meus questionamentos continuam. Esta face é mesmo minha? Um dia ela há de se juntar ao pó da terra, e se moldarem uma máscara mortuária talvez se pareça a mim mesmo. Pronto! Fiat Lux! Resolvi o problema da estranha face estranha. Sou eu: milenar e fogo-fátuo.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
O LUGAR DA VÍRGULA
Conto liliputiano
Eu era criança ainda mas já tomava contato com as primeiras letras do nosso alfabeto e aos números da tabuada. Com o tempo aprendi a formar frases de início pequenas depois as maiores e com o passar dos anos as complicadas.
Aprendi ainda que a nossa língua portuguesa pudesse ser mais assimilável e cujas paradas ao descanso a uma leitura em voz alta corresponderia a um silêncio tácito e não subjugado a um pequeno apêndice de nome estranho então a mim: vírgula.
Lembro-me de respostas ríspidas como “Você quer aparecer? Uma vírgula que você é o que pensa ser.” Afinal para que servia a vírgula se não fosse para dar pausa a um texto e não pretexto para humilhar pessoas? Quer dizer: o sujeito nada era. Era uma vírgula.
E a tia que vivia em nossa casa perguntava-me a um escorregão na escrita: “Você não esqueceu nada?” Eu olhava e olhava e olhava e nada enxergava de errado. Então a correção se intensificava: Cadê a vírgula? Vírgula era apêndice descartável pensava eu então. Lá vinha de novo a exigência: “Qual é a casa da vírgula?”
Eu nem sabia que a tal vírgula tivesse casa. Olhava para os olhos inquisidores de minha tia com cara de besta ou de desentendido.
“Qual a casa da vírgula?”
Queria lá eu saber? Eu queria escrever e pronto. A vírgula não é o que ela pensa ser e é tão somente uma vírgula. Tenho dito: é uma vírgula!
Eu era criança ainda mas já tomava contato com as primeiras letras do nosso alfabeto e aos números da tabuada. Com o tempo aprendi a formar frases de início pequenas depois as maiores e com o passar dos anos as complicadas.
Aprendi ainda que a nossa língua portuguesa pudesse ser mais assimilável e cujas paradas ao descanso a uma leitura em voz alta corresponderia a um silêncio tácito e não subjugado a um pequeno apêndice de nome estranho então a mim: vírgula.
Lembro-me de respostas ríspidas como “Você quer aparecer? Uma vírgula que você é o que pensa ser.” Afinal para que servia a vírgula se não fosse para dar pausa a um texto e não pretexto para humilhar pessoas? Quer dizer: o sujeito nada era. Era uma vírgula.
E a tia que vivia em nossa casa perguntava-me a um escorregão na escrita: “Você não esqueceu nada?” Eu olhava e olhava e olhava e nada enxergava de errado. Então a correção se intensificava: Cadê a vírgula? Vírgula era apêndice descartável pensava eu então. Lá vinha de novo a exigência: “Qual é a casa da vírgula?”
Eu nem sabia que a tal vírgula tivesse casa. Olhava para os olhos inquisidores de minha tia com cara de besta ou de desentendido.
“Qual a casa da vírgula?”
Queria lá eu saber? Eu queria escrever e pronto. A vírgula não é o que ela pensa ser e é tão somente uma vírgula. Tenho dito: é uma vírgula!
quinta-feira, 22 de abril de 2010
O OUTRO LADO
(Nano conto)
“Animal selvagem e cruel não é aquele que está atrás das grades. É o que está na frente delas.” Do conto “O Troco” de Marcio Almeida em cronopios.com
Vejo-me ao espelho do pequeno Box no banheiro. Aquele em que por trás de uma portinhola de plástico há divisões para se guardar escovas de dente, cremes, alguns remédios e outras bugigangas. Coisas inofensivas. O que está do outro lado, aprisionado pelo aço com que é revestido o espelho do Box, se assemelha em muito ao animal que se acha por trás das grades de um zoológico, por exemplo, como diz a frase acima. Frase que li no conto de Marcio Almeida, colaborador de site literário. Sou novo ali naquele pedaço. Acabo de entrar, como um enxerido que não foi chamado. Lá, só há cobras. Das grandes, mas sem peçonha. Não há grades ou fossos, entre os nós, leitores, e eles.
Ai, então, mira-me meu duplo do espelho e me sinto perigoso o bastante para me fazer qualquer mal. Afinal estou do lado de cá, onde se encontra o animal selvagem e cruel, pronto a dar o bote fatal.
Dê-me a marreta que quero esfacelar essa superfície lisa onde me aprisiona o meu lado pacífico do outro lado. Já!
“Animal selvagem e cruel não é aquele que está atrás das grades. É o que está na frente delas.” Do conto “O Troco” de Marcio Almeida em cronopios.com
Vejo-me ao espelho do pequeno Box no banheiro. Aquele em que por trás de uma portinhola de plástico há divisões para se guardar escovas de dente, cremes, alguns remédios e outras bugigangas. Coisas inofensivas. O que está do outro lado, aprisionado pelo aço com que é revestido o espelho do Box, se assemelha em muito ao animal que se acha por trás das grades de um zoológico, por exemplo, como diz a frase acima. Frase que li no conto de Marcio Almeida, colaborador de site literário. Sou novo ali naquele pedaço. Acabo de entrar, como um enxerido que não foi chamado. Lá, só há cobras. Das grandes, mas sem peçonha. Não há grades ou fossos, entre os nós, leitores, e eles.
Ai, então, mira-me meu duplo do espelho e me sinto perigoso o bastante para me fazer qualquer mal. Afinal estou do lado de cá, onde se encontra o animal selvagem e cruel, pronto a dar o bote fatal.
Dê-me a marreta que quero esfacelar essa superfície lisa onde me aprisiona o meu lado pacífico do outro lado. Já!
quarta-feira, 21 de abril de 2010
UM, HERÓI; O OUTRO, INIMIGO
Bom dia, amigo Gimenez:
De todos os acontecimentos que precederam o golpe militar de 64, como ficou conhecido por anos entre nós brasileiros, esse do jornalista Herzog foi o mais absurdo entre os muitos sucedidos nos porões do DOI-CODI. Como se pode esquecer um capítulo que enlameou a história da nossa Nação, com a democracia vigendo em nosso território a pleno vapor e para o gáudio de todos os cidadãos? Não que tenha sido um período do qual pudéssemos nos orgulhar. Tudo teve inicio com a posse do senhor João Goulart à frente dos destinos da Nação brasileira. Ato consolidado e apoiado na Constituição. Após, e quase simultaneamente, o famoso comício da Central do Brasil e a conhecida Revolta dos Marinheiros encabeçada por um militar - cabo Anselmo - que abrigava ao peito um autêntico libelo contra a situação perversa que a raia miúda das nossas Forças Armadas passava. Esse fato, até hoje registrado nos anais da história da pátria com marca indelével e firme, desencadeou o pretexto ao golpe militar. Os jornalistas, mercê à liberdade de imprensa que sustentava os meios de comunicações brasileiros, botaram a boca no trombone; se insurgiram contra os arrochos e perseguições iniciadas com o fito de promover o respeito pelo medo. Contrariamente ao que era esperado pelos generais de prontidão, esse terror não passou de um susto àqueles que lutavam, sobre a capa da clandestinidade, contra o novo regime imposto pela força e pelas vias da inconstitucionalidade. Não teria sido essa a primeira vez, sabemos todos. Antes, no governo Vargas, houve uma polícia de quepes vermelhos - a Polícia Especial do regime da hora, e outro órgão ligado ao mesmo governo com objetivos de calar os recalcitrantes, os insatisfeitos e os possíveis contra golpistas. Em 64, adotaram o mesmo viés. Vlado Herzog foi o símbolo maior dessa voz da liberdade que se tentou sufocar por meio de torturas e de sumiços, que providenciavam aos que se tornavam barreiras humanas e ideológicas ao império da farda.
Hoje, face um governo falacioso do PT - verdadeiro polvo a estender seus tentáculos longe de nossas fronteiras, como em França - a gente se torna saudosista a um regime que perdeu sua força truculenta já no governo do general Figueiredo, mas ainda sob o ranço do autoritarismo brando, contudo autoritário. Então, o que se vê hoje? O Estado é o responsável pelos marginais que se encontram sob sua custódia, contudo como explicar a morte do assassino serial de Luziânia, por enforcamento, dentro da cadeia, numa imitação barata e sem o verniz que outra morte, violenta e sob as mesmas circunstâncias, porém com outra conotação, se dera no DOI-COD anos atrás? A do jornalista Vlado Herzog se viu revestida pela roupagem do verdadeiro sacrifício dos heróis; a do pedreiro de Luziânia, acobertada como suicídio, não passa de um ato de vingança e de justiça à revelia da Justiça. Essa morte arranjada, ainda não pode dar ao Processo o desfecho "Encerrado". Por trás do corpo do pedreiro, pendurado por uma corda elaborada com o tecido de um colchão de sua cela, há muito mais mistério do que sonha a vã filosofia dos homens.
Gimenez, obrigado pelo histórico sobre a morte do jornalista Vlado Herzog, pois vemos repetir-se aquele trágico processo de execução para calar uma voz atuante de nossa imprensa, imprensada pelos tanques militares.
A voz do assassino dos rapazes de Luziânia foi calada por quê? Veremos, ao desenrolar das apurações. Abraços.
De todos os acontecimentos que precederam o golpe militar de 64, como ficou conhecido por anos entre nós brasileiros, esse do jornalista Herzog foi o mais absurdo entre os muitos sucedidos nos porões do DOI-CODI. Como se pode esquecer um capítulo que enlameou a história da nossa Nação, com a democracia vigendo em nosso território a pleno vapor e para o gáudio de todos os cidadãos? Não que tenha sido um período do qual pudéssemos nos orgulhar. Tudo teve inicio com a posse do senhor João Goulart à frente dos destinos da Nação brasileira. Ato consolidado e apoiado na Constituição. Após, e quase simultaneamente, o famoso comício da Central do Brasil e a conhecida Revolta dos Marinheiros encabeçada por um militar - cabo Anselmo - que abrigava ao peito um autêntico libelo contra a situação perversa que a raia miúda das nossas Forças Armadas passava. Esse fato, até hoje registrado nos anais da história da pátria com marca indelével e firme, desencadeou o pretexto ao golpe militar. Os jornalistas, mercê à liberdade de imprensa que sustentava os meios de comunicações brasileiros, botaram a boca no trombone; se insurgiram contra os arrochos e perseguições iniciadas com o fito de promover o respeito pelo medo. Contrariamente ao que era esperado pelos generais de prontidão, esse terror não passou de um susto àqueles que lutavam, sobre a capa da clandestinidade, contra o novo regime imposto pela força e pelas vias da inconstitucionalidade. Não teria sido essa a primeira vez, sabemos todos. Antes, no governo Vargas, houve uma polícia de quepes vermelhos - a Polícia Especial do regime da hora, e outro órgão ligado ao mesmo governo com objetivos de calar os recalcitrantes, os insatisfeitos e os possíveis contra golpistas. Em 64, adotaram o mesmo viés. Vlado Herzog foi o símbolo maior dessa voz da liberdade que se tentou sufocar por meio de torturas e de sumiços, que providenciavam aos que se tornavam barreiras humanas e ideológicas ao império da farda.
Hoje, face um governo falacioso do PT - verdadeiro polvo a estender seus tentáculos longe de nossas fronteiras, como em França - a gente se torna saudosista a um regime que perdeu sua força truculenta já no governo do general Figueiredo, mas ainda sob o ranço do autoritarismo brando, contudo autoritário. Então, o que se vê hoje? O Estado é o responsável pelos marginais que se encontram sob sua custódia, contudo como explicar a morte do assassino serial de Luziânia, por enforcamento, dentro da cadeia, numa imitação barata e sem o verniz que outra morte, violenta e sob as mesmas circunstâncias, porém com outra conotação, se dera no DOI-COD anos atrás? A do jornalista Vlado Herzog se viu revestida pela roupagem do verdadeiro sacrifício dos heróis; a do pedreiro de Luziânia, acobertada como suicídio, não passa de um ato de vingança e de justiça à revelia da Justiça. Essa morte arranjada, ainda não pode dar ao Processo o desfecho "Encerrado". Por trás do corpo do pedreiro, pendurado por uma corda elaborada com o tecido de um colchão de sua cela, há muito mais mistério do que sonha a vã filosofia dos homens.
Gimenez, obrigado pelo histórico sobre a morte do jornalista Vlado Herzog, pois vemos repetir-se aquele trágico processo de execução para calar uma voz atuante de nossa imprensa, imprensada pelos tanques militares.
A voz do assassino dos rapazes de Luziânia foi calada por quê? Veremos, ao desenrolar das apurações. Abraços.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
UMA PASSAGEM POR TÓKYO
UMA PASSADA POR TÓKIO
A lua argêntea não era lua nem argêntea, era um disco amarelo correndo por trás dos galhos retorcidos das árvores tortas do jardim do Mikado. Precisa taxi? Perguntaram em inglês. A resposta ficou engasgada à garganta, mas o chofer de luvas brancas me conduziu ao banco do carona sem saber se era ali que eu desejava sentar. Leve-me ao lugar de onde saem os Shinkanzen que desejo ir a Yamagata ou a Hokkaydo, sim? Disse em fluente inglês. Um sorriso amarelo em um rosto mais amarelo de maçãs proeminentes mais amarelas ainda, e de olhos rasgados além do normal como se tivessem passado por cirurgia estética para deixar o rosto mais nipônico ainda. É o orgulho latente da raça nipônica que levantou uma Tókyo e uma Nagazaki em menos de 65 anos. Sobre Nagazaki o imenso cogumelo tão mais quente que a boca de um vulcão derreteu até aço e derreteria o Homem de Aço ou o Capitão Marvel, mas a Tocha Humana, herói incandescente dos anos 40, faria pior estrago do que fora feito pelo cogumelo venenoso. Negou-se a ir o herói flamejante preferindo o calor da Califórnia.
E na planície que ficou um gaúcho sentado, numa cadeira recostada à única parede que sobrou, tomava chimarrão.
Ali não era os pampas gaúchos era? Não! Eram as terras calcinadas de Nagazaki sobre a qual ele jogou a sobra do chá. Levantou-se colocou as mãos nos bolsos e se foi assoviando a Valsa da Despedida.
A lua argêntea não era lua nem argêntea, era um disco amarelo correndo por trás dos galhos retorcidos das árvores tortas do jardim do Mikado. Precisa taxi? Perguntaram em inglês. A resposta ficou engasgada à garganta, mas o chofer de luvas brancas me conduziu ao banco do carona sem saber se era ali que eu desejava sentar. Leve-me ao lugar de onde saem os Shinkanzen que desejo ir a Yamagata ou a Hokkaydo, sim? Disse em fluente inglês. Um sorriso amarelo em um rosto mais amarelo de maçãs proeminentes mais amarelas ainda, e de olhos rasgados além do normal como se tivessem passado por cirurgia estética para deixar o rosto mais nipônico ainda. É o orgulho latente da raça nipônica que levantou uma Tókyo e uma Nagazaki em menos de 65 anos. Sobre Nagazaki o imenso cogumelo tão mais quente que a boca de um vulcão derreteu até aço e derreteria o Homem de Aço ou o Capitão Marvel, mas a Tocha Humana, herói incandescente dos anos 40, faria pior estrago do que fora feito pelo cogumelo venenoso. Negou-se a ir o herói flamejante preferindo o calor da Califórnia.
E na planície que ficou um gaúcho sentado, numa cadeira recostada à única parede que sobrou, tomava chimarrão.
Ali não era os pampas gaúchos era? Não! Eram as terras calcinadas de Nagazaki sobre a qual ele jogou a sobra do chá. Levantou-se colocou as mãos nos bolsos e se foi assoviando a Valsa da Despedida.
sábado, 10 de abril de 2010
CARTA A UMA FÃ DE LULA
CARTA A UMA FÃ DE LULA
2010/04/10
Senhora:
Recebi, diretamente do Japão, PPS enaltecendo o atual presidente da República - o cidadão Lula. Como formatador, aparece o seu endereço eletrônico; todavia ignoro se saiu de sua lavra os encômios ao petista em foco.
Ora, não sei ainda a qual Brasil a senhora se refere. Se existir outro país, seja em qual quadrante for neste planeta, com o mesmo nome deste em que vivemos, na certa lá pode ser que haja um presidente coincidentemente usando - ou usurpando - o augusto nome do ex-sindicalista Lula, porque os elogios, registrados no PPS que mencionei, soam como coisa falsa. O fato de ele ser nordestino – eu vivi lá e respeito a todos eles - em nada o desabona; a sua profissão, nos primórdios de sua vida - metalúrgico -, também em nada muda quanto ao nosso respeito por um trabalhador, todavia atribuir genialidade a um cidadão que nada sabe mesmo - outro fato que não lhe fere a dignidade é o seu baixo nível cultural - começando pelo vergonhoso caso do "Mensalão" da Câmara dos Deputados - o maldito e sujo começo de tudo o que viria a seguir.
Lula, o homem, parece não ter cérebro e se o tem, falta a esse cérebro a zona onde estariam armazenadas suas palavras do período de suas campanhas eleitorais - a memória; assim como nada sabe, assim parece ter esquecido o que prometeu. Lula não esperava a vitória na primeira oportunidade. Ele jogou como quem joga na mesa de pano verde das ilusões ou dos sonhos todas as suas esperanças, e deu sorte! Aí, começou o nosso "azar". A "prepotência", depois do "deslumbramento" pela sua subida ao Poder máximo do Brasil, foi o seu segundo "prato". Fartou-se, como se farta até o presente momento, desse alimento prejudicial ao caráter de qualquer um. Lula "descaracterizou-se"; "bajulado" - sob segundas intenções de autoridades estrangeiras - se colocou, ele próprio, a um patamar que o faz acreditar tudo poder; o que está resolvido por ele, ninguém poderá mudar, sejam quais forem às conseqüências, tomem os rumos que tomar. Mas não é assim. A sua última tomada de posição contra a ONU, que não está nem aí para ele, e as suas "relações amistosas" ao ditador do Irã, ainda lhe darão uma colheita amarga como a cicuta. Ninguém o elegeu a defesa da causa palestina. Aquilo - a incapacidade de Israel soberano não ceder aos lídimos apelos dos árabes, infelizmente - tornou-se, e não é de hoje, um ninho de vespas. Como ser humano, que não deseja a desgraça a terceiros, eu daria um conselho a quem nada sabe: "Não meta a sua mão naquela cumbuca, pois é um assunto que escapa à sua compreensão política ou humana; procure resolver os sérios e inarredáveis problemas do Haiti que existe dentro do nosso território; não distribua, à mão cheia, dólares e mais dólares a países que sempre souberam resolver seus problemas internos sem os "pitacos" dos governos brasileiros; olhe para os trabalhadores, não superficialmente, mas com profundidade e estenda esse olhar aos idosos aposentados e jamais pergunte aos seus pares "de onde sairá o dinheiro para o reajuste, justo e constitucional, a essas pessoas?". Isso demonstra o seu desconhecimento ( outro ainda?) sobre a verdadeira situação de nossa Previdência. Puxe por sua memória - se a tiver - e verá que nós estamos lá, conforme promessas do homem que nada sabe ou que nada lembra.
O nosso Brasil é o mesmo de antes e depois de Fernando Henrique Cardoso, ou para a sua compreensão: ao seu comando, pouco mudou; ah, perdoe-me, houve uma mudança notável: o aumento descarado da corrupção. Devo debitar isso ao seu comando, ao seu desgoverno. O resto, que se encontra registrado no aludido PPS, é balela. Não me merece qualquer comentário maior. Não tenho tempo a perder.
Morani
2010/04/10
Senhora:
Recebi, diretamente do Japão, PPS enaltecendo o atual presidente da República - o cidadão Lula. Como formatador, aparece o seu endereço eletrônico; todavia ignoro se saiu de sua lavra os encômios ao petista em foco.
Ora, não sei ainda a qual Brasil a senhora se refere. Se existir outro país, seja em qual quadrante for neste planeta, com o mesmo nome deste em que vivemos, na certa lá pode ser que haja um presidente coincidentemente usando - ou usurpando - o augusto nome do ex-sindicalista Lula, porque os elogios, registrados no PPS que mencionei, soam como coisa falsa. O fato de ele ser nordestino – eu vivi lá e respeito a todos eles - em nada o desabona; a sua profissão, nos primórdios de sua vida - metalúrgico -, também em nada muda quanto ao nosso respeito por um trabalhador, todavia atribuir genialidade a um cidadão que nada sabe mesmo - outro fato que não lhe fere a dignidade é o seu baixo nível cultural - começando pelo vergonhoso caso do "Mensalão" da Câmara dos Deputados - o maldito e sujo começo de tudo o que viria a seguir.
Lula, o homem, parece não ter cérebro e se o tem, falta a esse cérebro a zona onde estariam armazenadas suas palavras do período de suas campanhas eleitorais - a memória; assim como nada sabe, assim parece ter esquecido o que prometeu. Lula não esperava a vitória na primeira oportunidade. Ele jogou como quem joga na mesa de pano verde das ilusões ou dos sonhos todas as suas esperanças, e deu sorte! Aí, começou o nosso "azar". A "prepotência", depois do "deslumbramento" pela sua subida ao Poder máximo do Brasil, foi o seu segundo "prato". Fartou-se, como se farta até o presente momento, desse alimento prejudicial ao caráter de qualquer um. Lula "descaracterizou-se"; "bajulado" - sob segundas intenções de autoridades estrangeiras - se colocou, ele próprio, a um patamar que o faz acreditar tudo poder; o que está resolvido por ele, ninguém poderá mudar, sejam quais forem às conseqüências, tomem os rumos que tomar. Mas não é assim. A sua última tomada de posição contra a ONU, que não está nem aí para ele, e as suas "relações amistosas" ao ditador do Irã, ainda lhe darão uma colheita amarga como a cicuta. Ninguém o elegeu a defesa da causa palestina. Aquilo - a incapacidade de Israel soberano não ceder aos lídimos apelos dos árabes, infelizmente - tornou-se, e não é de hoje, um ninho de vespas. Como ser humano, que não deseja a desgraça a terceiros, eu daria um conselho a quem nada sabe: "Não meta a sua mão naquela cumbuca, pois é um assunto que escapa à sua compreensão política ou humana; procure resolver os sérios e inarredáveis problemas do Haiti que existe dentro do nosso território; não distribua, à mão cheia, dólares e mais dólares a países que sempre souberam resolver seus problemas internos sem os "pitacos" dos governos brasileiros; olhe para os trabalhadores, não superficialmente, mas com profundidade e estenda esse olhar aos idosos aposentados e jamais pergunte aos seus pares "de onde sairá o dinheiro para o reajuste, justo e constitucional, a essas pessoas?". Isso demonstra o seu desconhecimento ( outro ainda?) sobre a verdadeira situação de nossa Previdência. Puxe por sua memória - se a tiver - e verá que nós estamos lá, conforme promessas do homem que nada sabe ou que nada lembra.
O nosso Brasil é o mesmo de antes e depois de Fernando Henrique Cardoso, ou para a sua compreensão: ao seu comando, pouco mudou; ah, perdoe-me, houve uma mudança notável: o aumento descarado da corrupção. Devo debitar isso ao seu comando, ao seu desgoverno. O resto, que se encontra registrado no aludido PPS, é balela. Não me merece qualquer comentário maior. Não tenho tempo a perder.
Morani
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