DESPESAS COM REFORMAS ESTÁDIOS PARA COPA 2014

Chegou ao meu conhecimento, e muitos devem saber igualmente, que para sediar a Copa de Futebol de 2014 o país gastou verdadeira fortuna em publicidade apelativa. Agora, um PPS recebido de amigos esclarece o montante que se irá gastar para a reconstrução - reformas em estádios já existentes - e construções de novas arenas para a prática futebolística.

O dinheiro não virá dos clubes, pois que a maioria deles anda na "corda bamba", financeiramente falando; muitos agremiações esportivas se acham mesmo no "vermelho": salários atrasados, encargos sociais nas mesmas condições e outros problemas inerentes ao mundo de negócios do futebol. Pois pasmem: o montante dessa despesas com estádios para a Copa de 2014 atingirá, de saída, R$ 5.713 bi. É uma "bagatela", para um país que nada em dinheiro, que distribui entre os países irmãos vultosas somas, que perdoa dívidas elevadíssimas aos países africanos e ainda financia não sei que obras ou situações na Grécia. Melhor é lacrar os cofres da Previdência, a fim de se evitar futuros transtornos àquela instituição e aos seus beneficiários.


sábado, 27 de dezembro de 2008

TARDIAS EXPLICAÇÕES

Estas duas crônicas abaixo fazem parte da obra "DOCES FRUTOS", mas colocarei outras enquanto durarem as férias muito justificáveis dos blogueiros neste final de ano. Os blogs que integram o meu circuito de relacionamento eletrônico são:
"DISSOLVENDO-NO-AR" do meu amigo Hudson Luiz V. Boas, sociólogo, e o "EscutaZÉ", do jornalista José Luiz Teixeira, da Folha de São Paulo. Agradeço, desde já, a paciência e a atenção dos amigos.

RECORDANDO OS VELHOS AMIGOS

Saudades, neste fim de ano...


Às vezes me vejo compelido a trazer de volta, através da saudade, todos os meus companheiros – velhos companheiros da mocidade – que de uma maneira ou outra se envolveram a mim e que trocaram este nosso mundo pela eternidade. Digo, porque alguns o fizeram pelas próprias mãos, em desatino, numa barganha totalmente de inteiro prejuízo a eles.
Recordar esses velhos camaradas hoje revestidos da imponderabilidade do eterno, mas vivos em minhas lembranças e saudades, me traz a satisfação profunda de me colocar num tempo em que, no contexto de nossas róseas existências, nada previam fins tão violentos e desenlaces prematuros.
Contudo, cada fantasma, desses tantos amigos, ao se aproximar de mim, à periferia de minha mente, abre novas chagas na minha alma; abala indelevelmente meu coração me dando, às vezes, a impressão de reclamar a minha presença entre eles para que, uma vez juntos, possamos trilhar os fulgurantes caminhos das estrelas à busca de novas e de eternas aventuras.
Como não tenho vocação suicida nem anseio pelo termo natural de minha existência física, aguardo sem medo e sobressaltos o momento de receber o aviso prévio do celestial Patrão indo, de vez, engrossar o já incontável exército de almas livres, voejando pelos imensuráveis mundos além da visão.
Dentre esses amigos, recordo com carinho Jacaré – colega de trabalho, com seu metro e oitenta, bonachão e entusiasta da Vida. Não esqueço o grande porre – o primeiro – patrocinado por ele no Ano Novo de 1954, em casa de minha hoje falecida irmã Tieta.
Uma galopante o matou a flor da idade após ingerir seis comprimidos de Melhoral com ajuda de cerveja gelada, depois de um jogo de basquete.

Outro a quem recordo: o Elcinho. Que esforço fazia para parecer craque em nossas peladas de domingo no Clube Sans-Souci, nosso bairro residencial do Alto das Braunes. Numa bela tarde, em seu escritório de corretagem e sentado à sua mesa, ingeriu guaraná com forte dose de formicida. Sobre ela havia arrumado, caprichosamente, todos os seus objetos de uso como relógio, carteira, anel e documentos, morrendo a seguir entre roucos estertores e olhando a porta de sua sala. Fora um suicídio passional A quem esperava ele abrisse a porta de seu escritório? Pobre Elcinho... Jovem, tão jovem ainda.
Chega-me, em disputa aos outros, de uma distância bem maior no tempo, o Wilsinho – jovem craque do Fluminense falecido em 1961. Morreu numa radiosa manhã de sábado em acidente de motocicleta. O garfo do seu veículo se partiu repentinamente, e repentinamente o levou. Uma bela carreira futebolista o esperava pela frente. Que pena!
Navega é outro que sem pedir licença me chega com aquele seu jeito de capoeirista que não era. Era, sim, bom de xadrez, e de bola também. Torcedor do Fluminense e com promissora carreira publicitária. Esse foi o meu maior parceiro de sinuca no Salão Taco de Ouro da estreita Rua São João. Era meu vizinho de rua, morando na extremidade da Sara Braune. Quanta briga por causa dos resultados dos jogos do Fla x Flu! Varávamos as madrugadas em estéreis discussões sobre cada lance. Depois, cansados, íamos cada qual para a sua casa. No dia seguinte, estava tudo esquecido e lá íamos nós ao jogo de sinuca da Rua São João. Hoje, essa rua se chama Monsenhor Miranda e não mais existe o Taco de Ouro. Uma úlcera perfurada encerrou seus brilhantes dias na Terra.
Lembro do Bezerra, de Natal, RN, de família abastada, que em pleno banquete social – ele de “smoke” e gravata borboleta –, após fazer um brinde a todos, e sorrindo, colocou, sem que lhe tremesse a mão, cuidadosamente, uma bala à sua têmpora sem deixar nenhuma explicação ao seu ato. Só a Deus daria conta de seu tresloucado gesto.

E o Edinho “Sapo Feliz”? Grande amigo o Edinho do Trio Iraquitã, de saudosa memória! Era colega de rádio – eu em novelas e ele na contra-regra da Rádio Poty de Natal – afiliada a Tupi Rio –, mas estava bem, tanto nacional como internacionalmente, com o seu famoso Trio Iraquitã. Vi-o, pela última vez, na Avenida São João, em São Paulo. Que festa aquele encontro inesperado! Prometeu cantar, pelo Natal, lá em nosso apartamento à Rua Anhaia, no Bom Retiro, onde morávamos eu, meu irmão Luiz e minhas manas Mariza – hoje vivendo em Veneza – e minha gêmea Marina, já falecida também aos 48 anos. Não foi, por motivos de compromissos profissionais. Matou a esposa argentina enquanto ela dormia, deitou-se ao seu lado e disparou contra a própria cabeça. Que Lástima! Que perda!

Foram muitos mais, porém continuam, todos, invioláveis em meu coração.
Seria injustiça de minha parte esquecer de Beto (*) meu colega de trabalho e padrinho de meu segundo casamento. Excelente profissional e sério chefe de família. Trabalhamos 13 anos na mais plácida e sincera amizade. Amigão, sim, mais que amigo, portanto. Lembro da brincadeira que fazia a mim a respeito de minha atual esposa, Léia: “Mario gracinha... Você vai ficar chupando o dedinho porque ela não o quer. É muito bonita pra você!” Soltava essa e saía às carreiras, com receio às minhas reações.Tudo nas melhores das brincadeira,sempre.
Foi por eu ter ficado quatro longos anos paquerando minha atual esposa sem que eu tivesse uma decisão da parte dela. Minha paciência inesgotável saiu vencedora e eu fiz a Beto meu padrinho nesse casamento desacreditado. Foi uma honra para nós, tê-lo nessa qualidade tão planejada e desejada por mim e por Léia.
É isso aí! Então à minha partida para a Eternidade formaremos de novo a turma do barulho, em algazarras celestiais. Fiquem aí nessa esfera de luz. Esperem-me! Não retornem já! Jogaremos futebol, sinuca e o que quiserem sobre as nuvens macias, e xadrez no tabuleiro celestial de São Pedro.

(*) O meu amigo e padrinho Beto faleceu em acidente automobilístico junto a um outro amigo – Silvinho – em 27 de abril de 1987. Morreu pela empresa que não o mereceu ter por tantos anos.

HOMENAGEM À CASA ONDE MORO

MINHA CASA NO PERISSÊ


Perissê é o bairro onde moro atualmente. O endereço é: Rua Campos Salles, 55, sobrado. Das janelas da sala, e do meu quarto, tenho deslumbrante vista de parte da cidade e parte do mesmo bairro. A minha frente duas montanhas rochosas, gêmeas, nomeadas Duas Pedras, tendo ao topo o antigo Colégio Fundação Getulio Vargas, para filhos de ricos, e mais abaixo, aos seus pés, outro colégio - esse centenário Anchieta onde estudou Euclides da Cunha e deu aulas Ruy Barbosa! Daqui vejo a vetusta fachada e as muitas palmeiras altaneiras, que nos dão boas vindas. Porém, estou aqui para falar de minha casa querida, unida a mim e à Léia como as nossas almas. No dia 23 de março de 1997 entramos pela segunda vez por sua porta, e desta vez em definitivo. Ela era o que vínhamos procurando com todo empenho. Nós cabíamos nela com folga e ela cabia em nosso orçamento familiar, ou seja: o aluguel não ultrapassava os 30% aconselhados por técnicos em economia. Por dentro, ela nos oferece sala espaçosa com candelabro de cinco pontas e com uma das paredes guarnecida por pedras esverdeadas e acinzentadas de matizes variados. Duas grandes janelas trazem-nos a luz soalheira com intensidade. À frente - como disse - uma janela a guisa de moldura mostra parte da cidade. Há uma paisagem digna de um Monet; a segunda, ao lado, leva as vistas para um bosque onde existe um condomínio excelente. A casa nos oferece, ainda: dois quartos e hall de entrada espaçosos; copa-cozinha de ótimo tamanho e banhada de muita luz; banheiro igualmente espaçoso; varanda à ré da casa e uma laje totalmente nossa. Laje imensa, que nos serve como "mirante" nos dando mais vistas da nossa bela cidade e descortinando mais paisagens ricas em verdes, à distância. Mas foi morando nela que me descobri com sérios problemas de saúde, e foi nela que usei a visão privilegiada para pintar paisagens magníficas dali descortinadas! Aqui nesta casa, que nos faz felizes, passei os piores e os melhores momentos da atual quadra de minha vida. Não descarto a possibilidade de permanecer nela por mais 10 anos, se Deus permitir. Sempre fui muito apegado aos lugares escolhidos para moradia. Não vivi pulando de casa a casa, de bairro a bairro, mas, tão somente, de cidade a cidade, como nômade. Valeu à pena a escolha. Demorei a encontrar essa casa bem situada, arejada, bem iluminada, espaçosa e acolhedora e numa rua limpa, onde não há comércio indesejável perto. Para completar, acredito ter o mais humano e compreensível senhorio de toda a minha vida: um nonagenário incomparável como pessoa mesmo solitário - pela metade - como é. Faz-lhe companhia excelente criatura, até às 17 horas. Nelcy é o seu nome. Mulher no gênero, mas um "anjo caído do céu" para dissociar a solidão do meu senhorio, Sr. Cizinio, ao que lhe resta de vida, que espero seja mais longa do que tem sido. Assim me sentirei duplamente atendido, e a continuidade ou não de nossa presença nesta amada casa assobradada talvez dependa da boa vontade de terceiros, mas, se depender de nós, me morrerá, e Léia também, ali entre as suas paredes, olhando paisagens descobertas, que amamos desde 1997.

Augusto de Moraes (Morani)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

MENSAGEM FINAL DE ANO DE MORANI

EM 22/12/08

A TODOS AMIGOS, QUE CREIO TER POR ESSE MUNDO AFORA, CONHECIDOS OU NÃO, E A TODOS OS SOFRIDOS BRASILEIROS DESTE PAÍS, QUE HÁ DE CRESCER E SER MAIS JUSTO A TODOS OS SEUS CIDADÃOS, DESEJO UM FELIZ NATAL COM MUITA PAZ, HARMONIA, SAÚDE E FARTURA DE FELICIDADE, DE BENS ESPIRITUAIS E, SEM ESQUECER, POR NÃO SER CRETINO: MESA FARTA TODO O ANO DE 2009 E MUITO TRABALHO. QUE UM ANJO DO SENHOR DESÇA SOBRE AS CABEÇAS DOS HOMENS DE BRASÍLIA ILUMINANDO SUAS MENTES E ADOÇANDO OS SEUS CORAÇÕES.

ESSES SÃO OS VOTOS DE MORANI.

REVOLUÇAO UM & DOIS

POSTADO POR NILDO OURIQUES - Elucro certo!

REVOLUÇÃO - UM


Onde está a direção REVOLUCIONÁRIA? Nenhum setor escapa. Óbvio que o impacto é diferenciado. Alguns reagem e até conseguem transformar a crise em lucro. Os bancos brasileiros se dizem “saudáveis” (pudera: a agiotagem, a pilhagem e o o roubo permitidos e assegurados por sucessivos governos federais, de Collor a Lula, dão-lhes lugar único no planeta. Vale a sentença de Lênin: assaltar um banco é nada comparado com fundar um). Mas, no geral, há consenso mesmo entre economistas liberais: a catástrofe é mais grave que a de 1929. O que todos sabem, mas poucos afirmam, é que a crise do capital foi produzida pela infinita voracidade do próprio capital, confirmando, uma vez mais, o diagnóstico de Marx sobre os limites do capitalismo. Não há novidade no fato de que a necessidade de busca permanente do aumento de lucros leva o capital a aventuras cada vez mais destrutivas, como as guerras. A “novidade” consiste nas proporções da destruição possível: graças aos avanços tecnológicos, atingiram dimensões titânicas, pois dotam o capital do poder de transformar radicalmente a paisagem natural (basta pensar no buraco na camada de ozônio); desafiar os limites impostos por bilhões de anos do processo evolutivo (transgênicos, que eliminam a fronteira entre os reinos naturais); e aniquilar a vida sobre o planeta (a capacidade mortífera demonstrada em Hiroshima e Nagasáqui não passa de brinquedo comparada ao poderio contemporâneo). Debate-se o conceito de “antropoceno”, a idéia de que a ação humana pode, finalmente, alterar o ecossistema planetário, à semeljhança dos cataclismos que marcaram a divisão entre as eras. Sob o domínio do capital, ciência e técnica deixaram de ser forças produtivas. São destrutivas. Seu desenvolvimento não se volta para o bem-estar da principal força produtiva, o trabalhador, a maioria, mas para sua destruição. Como mostra um dado dramático, divulgado pela 5ª Conferência Internacional da Via Campesina, que reuniu 600 militante de 60 países, entre 16 e 23 de outubro: A produção mundial de grãos 2007/2008 está estimada em 2,1 bilhões de toneladas, um aumento de 4,7% em relação à safra anterior. Estatísticas da ONU mostram que, no início dos anos 1950, 2,5 bilhões de seres humanos dispunham, em média, de 2.450 calorias diárias; em 2000, 6 bilhões tinham à disposição, em média, 2.700 calorias. A extensão de terras aráveis e culturas permanentes passou de 1,33 bilhão para 1,5 bilhão de hectares, ao passo que a área de superfícies irrigadas mais que triplicou (de 80 milhões para 270 milhões de hectares). Apesar disso, o número de pessoas com fome cresceu até alcançar a cifra de 1 bilhão. Como explicar? Infelizmente, é simples: comida virou commodity, artigo de especulação negociado nas bolsas, ainda mais quando parte dos grãos vai produzir combustíveis. Observa-se a mesma lógica predatória em todos os setores.
CONOMISTA FUNDADOR DO OBSERVATÓRIO LATINO-AMERICANO

REVOLUÇÃO UM & DOIS

POSTADO POR NILDO OURIQUES-ECONOREVOLUÇÃO - DOIS


CONTINUAÇÃO: O capitalismo já demonstrou que pode apenas prometer mais destruição. E, contudo, sua atual crise foi produzida por mecanismos inerentes ao seu funcionamento, sem participação do movimento de massas ou, muito menos, de setores influentes da esquerda. A esquerda foi reduzida a observadora, enquanto os senhores das finanças decidem. Nisso há uma diferença crucial em relação a 1929: a Revolução Russa estava no auge, e os Estados Unidos eram palco de greves e manifestações de massa. Ao ser acusado de “comunista” pelos republicanos, para quem o New Deal era sinônimo de coletivização, Franklin Roosevelt disse que ele era o verdadeiro capitalista, pois se deixassem o mercado resolver por si só a Depressão, arriscava abrir uma avenida para a revolução socialista no país. Hoje, uma parte da antiga esquerda foi corrompida, absorvida pelo Estado, e constitui força auxiliar do capitalismo, na missão de “acalmar” os trabalhadores, tirar do horizonte toda perspectiva de revolução e convencer a todos de que bolsas compensatórias é o máximo a que a juventude e os trabalhadores podem aspirar. Bolsas compensatórias, quando o planeta caminha para o precipício! A crença de que a estabilidade do capitalismo tende ao infinito, de que nada conseguirá transformar o mundo, após três décadas de neoliberalismo, age como estupefaciente, até mesmo sobre lideranças combativas, que hoje fazem do socialismo mais profissão de fé, um mantra esvaziado de sentido, do que um norte político. A contrapartida da prostração é a constatação de que vivemos, nas duas últimas décadas, um refluxo do movimento de massas. A obviedade, anunciada sempre em tom solene, junto com a explicação de que a “correlação de forças” é desfavorável, acaba servindo como justificativa, estribilho de uma canção de ninar para crianças inquietas, e assim evitar qualquer passo ousado, ruptura com a ordem estabelecida (mesmo quando ela agoniza). A esquerda submete-se a uma subjetividade derrotada, antes mesmo de iniciar o bom combate. A crise demonstra mais uma vez, e com dramaticidade ímpar, que as condições objetivas estão dadas para sua superação, se concordamos com a análise de Marx sobre a natureza do jogo estabelecido entre modo de produção e forças produtivas. O modo de produção do capitalismo não é mais capaz de oferecer solução aos desafios da humanidade, e a crise atual só demonstra isso. Trabalhadores, juventude, mulheres, vítimas do racismo, famílias endividadas — todos sentem isso. Falta “apenas” a direção revolucionária para dar um sentido ao combate, oferecer alternativa às bolsas compensatórias e à perspectiva social-democrata. Sem sua direção, os trabalhadores até derrubam De La Rua, mas empossam Kirchner; derrotam Bush, mas acreditam em Obama; odeiam os tucanos, mas só enxergam Lula. Onde está nossa direção revolucionária? Mark Twain: Outubro. Este é um dos meses especialmente perigoso para se especular em ações. Os outros são julho, janeiro, setembro, abril, novembro, maio, março, junho, dezembro, agosto e fevereiro



PREVIDÊNCIA PÚBLICA A CARGO DO TESOURO NACIONAL TRANSFORMADA EM PREVIDÊNCIA PRIVADA DA PREVI,ÉTROS,FUNCEF,FUNPRESP (SERVIDORES PÚBLICOS-2007 MAIS STF/EC 41/2007)


IMPOSSÍVEL RETORNO DO KEYNESIANISMO. CRISE PODE DESMANCHAR PACTO CONSTRUÍDO EM 1994 E PERPETUADO POR LULA. A transferência de recursos públicos para salvar o negócio dos “honoráveis bandidos” não fez menos do que levar a crise para dentro do Estado. Em setembro de 2007 (data da criação do FUNPRESP), os primeiros sintomas da crise emergiram. Os defensores do sistema disseram que se tratava de um problema de insolvência no mercado de hipotecas nos Estados Unidos; algo localizado. Mesmo assim, o Fed (Federal Reserve, Banco Central dos EUA) injetou 300 bilhões de dólares para salvar o negócio dos ricos. Na Europa, drenaram outros 300 bilhões para bancos e corretoras. Já era possível desconfiar, mas ninguém perdeu a aparente respeitabilidade que caracteriza o mundo dos banqueiros e seus economistas, regiamente pagos e treinados na arte de iludir. O esquecimento que, como sabemos agora, é pródigo entre os economistas, garantiu a tranquilidade necessária para a continuidade do negócio. A mídia deu sua contribuição e tratou o problema de acordo com os interesses dominantes: tudo não passava de um ajuste natural dos preços; ademais, a oportuna e sábia intervenção estatal outorgou mais autoridade aos operadores do sistema sobre a própria sabedoria. Humildes como dentistas. Passada a turbulência, seguiram na expressão de Marx para denominar os banqueiros.farra os “honoráveis bandidos” Alan Greenspan, eleito oráculo do mundo das finanças, tinha assegurado rédeas soltas ao negócio: empréstimos sem garantias, violação da legislação bancária com todo tipo de falcatruas (derivativos) e, em caso de “turbulência”, garantia de recurso ao dinheiro público em nome da estabilidade do sistema. ATÉ MESMO UMA PARTE MINÚSCULA DOS TRABALHADORES PARTICIPAVA DO BOTIM RENTISTA, VIA FUNDOS DE PENSÃO. Com a eclosão da crise, a respeitabilidade professada pelos “honoráveis bandidos” evaporou, e eles se refugiaram na descrição secular. Os economistas, pelo menossempre mais visíveis e desinibidos que os banqueiros, ensaiaram inútil recomendação feita por Keynes no distante e crucial anomomentaneamente de 1930: ser tão humildes quanto os dentistas. Na mesma medida em que os doutores neoclássicos desapareçam de cena, os economistas keinesianos assumiram, em nome da esquecida autoridade, o comando das ações. Segundo eles, a crise atual estava demonstrando que tudo se resolveria com mais Estado, mais regulação, e não menos, como ensinava o bando principal. No momento, eles pregam a ilusão de que a intervenção estatal poderá não somente mitigar os efeitos mais mas, sobretudo, o desemprego e os baixos salários perversos da crise garantir uma nova era dourada ao sistema “onde todos possam ganhar”. Mas a transferência de recursos públicos para salvar o negócio dos “honoráveis bandidos” não fez menos do que levar a crise para dentro do Estado, cuja expressão é a multiplicação do déficit público; esta decisão implicará em dilema muito maior do que aumentar ou diminuir impostos nas eleições presidenciais dos EUA.



(CONTINUAÇÃO) PREVIDÊNCIA PÚBLICA A CARGO DO TESOURO NACIONAL TRANSFORMADA EM PREVIDÊNCIA PRIVADA DA PREVI,PETROS,FUNCEP,FUNPRESP (SERVIDORESPÚBLICOS 2007 MAIS EC 41/2003)


CONTINUAÇÃO: Pobres perderam a ira. Os novos keynesianos fingem ignorar que a besta está solta e que suas recomendações apenas tangenciam o problema sem, contudo, enfrentar a crise. Poderiam colocar os banqueiros em seu devido lugar? Acaso se atrevem a enfrentar o “cálculo financeiro autodestrutivo” que tirou o sono de Keynes e que, segundo ele, “temos que seguir sendo pobres porque não é ‘rentável’ ser ricos”? Poderão diminuir a voracidade da concentração e centralização do capital que está ocorrendo como efeito necessário da crise atual? Estariam dispostos a controlar preços? Claro que não! Os novos keynesianos estão unicamente preocupados em oferecer estabilidade e, se possível, um pouco de crescimento com o propósito de diferenciação política. Em 1934, Keynes fez um sombrio diagnóstico do capitalismo: “Não é um êxito. Não é inteligente, não é formoso, não é justo, não é virtuoso e não entrega os produtos. Resumindo, nos dá desgosto e estamos começando a depreciá-lo.” Claro que o Lord ficava perplexo com a alternativa socialista; mas quem, entre seus atuais discípulos, estaria disposto a fazer semelhante juízo do capitalismo? Ora, Keynes viveu em uma época em que os ricos temiam os pobres. As greves nos Estados Unidos nos anos prévios à grande depressão, ainda mantinham grande vitalidade até 1934, quando a política do New Deal produziu seus efeitos. O ativismo sindical era, na maioria das vezes, encabeçado pelos comunistas. Este mesmo temor acompanhou David Ricardo durante o século 19, fato que obrigou ambos pensar alternativas em que os de baixo necessitariam ser contemplados. Há ameaça agora? Exceto na América Latina, onde o nacionalismo revolucionário se manifesta, os pobres perderam a ira em relação aos ricos. Perderam também consciência e organização e, sem estas, uma solução tipicamente keynesiana é impensável. País segue afundando. No Brasil? Aqui todos esqueceram o efeito destrutivo da estabilidade. Quando esta começou a cobrar seu preço, as classes dominantes avançaram para o mito do crescimento, como se um percentual maior do PIB fosse capaz de superar a desigualdade social e a dependência que historicamente nos caracteriza. Por isso, o país segue afundado no subdesenvolvimento e todos os seus dramas intocáveis. É possível que a crise atual desmanche o pacto de classe construído em 1994 por FHC e perpetuado por Lula quando o sistema estava esgotado. O SÓCIO MENOR DAQUELE PACTO — A CLASSE TRABALHADORA — PERCEBERÁ QUE SUA PARTE NO BOTIM DA DÍVIDA ESTATAL, REPRESENTADO PELOS GANHOS MOMENTÂNEOS DOS FUNDOS DE PENSÃO, NÃO PASSAM DE PAPEL. NÃO PODEM COMPRAR UM LUGAR NO PARAÍSO. A crise apenas começou e o reino da liberdade não está na esquina: ainda é largo o caminho no reino da necessidade. (Nildo Ouriques, economista, fundador do Observatório Latino-Americano)

sábado, 20 de dezembro de 2008

OS DILUVIOS DE SANTA CATARINA E DE MINAS GERAIS

Vimos, recentemente, revestidos da compaixão estéril, o dilúvio quase bíblico que foi despejado sobre boa parte do estado de Santa Catarina. Cidades importantes como Itajaí e Blumenau (nesta, não é a primeira vez de uma catástrofe), sofreram os horrores de uma hecatombe que jamais será esquecida pelos seus nativos e visitantes. Na localidade Morro do Baú não foram menores os estragos. A tragédia entrou pelos olhos, pelos cabelos e pelos poros de seus habitantes incautos por lhes faltar, como em outras partes do país, serviço perfeito de previsões às tragédias tão comuns nesta época dos anos que se sucedem quase iguais. Não há como medir os sofrimentos humanos – físicos e morais – da população desadorada com a indiferença das autoridades de um estado que parece estar fadado aos grandes espetáculos nocivos da Natureza. Três anos são previstos à recuperação dos estragos. Enquanto isso, o que farão os prejudicados por tantas chuvas, avalanches de terra, pedra e resíduos outros? Estão quase todos em depósitos humanos e, quiçá, não sejam esquecidos por lá por mais tempo que o necessário. A tarefa de reconstrução de lares, que caberiam aos governos federal e estadual, tomou-a uma igreja – a Universal do Reino de Deus, já tão enfronhada, perigosamente, no meio político nacional.
Agora, é o pujante e importante estado de Minas Gerais a sofrer com a precipitação de chuvas que deveriam cair em 30 dias, mas que desceram em apenas uns dois ou três, levando o caos e o sofrimento a outros tantos cidadãos deste país com as mesmas proporções aos de Santa Catarina. E o governo central se ufana do Fundo Soberano, além das reservas elevadas provenientes dos trilhões de impostos acumulados num único semestre, conforme propalado pelos jornais televisivos! E haja verbas rápidas e polpudas ao atendimento à rede bancária e à de construção civil, além das para pagamentos da dívida externa que se transmudou em internas, escamoteando verdades dolorosas, sem esquecer da rolagem dessas mesmas dívidas a juros astronômicos! Grande governo tem o nosso povo crédulo! O que eu não entendo são os índices de popularidade de Lula se contrapondo ao baixo desempenho IDH, que está por volta do septuagésimo lugar!
Gostaria que o meu conselho chegasse ao conhecimento desse presidente de araque – pai dos infelizes estrangeiros:
Senhor Lula: não aja como a um unha de fome, um atormentado pela preocupação de fazer seu sucessor, um prepotente e inebriado pela posição em que se encontra. Seja um brasileiro antes que o tempo lhe roube a chance de se tornar um estadista, que é o seu sonho maior. Humildade e verdade são o quer essa grande Nação que se encontra, hoje, em mãos erradas.
Morani

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

PERGUNTAS CONTUNDENTES RESPOSTAS INCONGRUENTES [?]

ombudsman da TV Cultura

O Professor Idelber Avelar, indignado como eu e tantos outros, formulou essa série de indagações ao Excelentíssimo Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Gilmar Mendes. Mendes, para quem não sabe, passará, no programa Roda Viva de hoje, pelo crivo de inquisidores tão ferozes que só podem ser comparados aos da Santa Inquisição.

São jornalistas da envergadura duma Eliane Catanhêde, ou um Reinaldo Azevedo, notoriamente conhecidos por suas posições muito semelhantes à de Mendes e por tecerem elogios superlativos ao presidente do STF. Entre os inquisidores há ainda Marcio Chaer, por mera coincidência assessor de imprensa do próprio Ministro.

Não se faz necessário alto grau de esforço para imaginar a imparcialidade e credibilidade como se dará o Roda Viva dessa segunda-feira.

As indagações foram endereçadas ao ombudsman da TV Cultura Ernesto Rodrigues. Entre também no site da TV Cultura e questione, ou mande sua sugestão ao ombudsman: www.tvcultura.com.br

Prezado Jornalista Ernesto Rodrigues:

No texto em que Sr. comenta a indignação que tomou conta dos telespectadores da TV Cultura ante a escalação da bancada que entrevistará Gilmar Mendes nesta segunda-feira no Roda Viva, o Sr. afirma que nem um único email continha sugestões de perguntas a serem feitas ao entrevistado. Confesso que não entendi a frase acerca dos emails conterem 10380 palavras, talvez por deficiência minha na descifração de anacolutos. Confio que este email não repetirá o cabalístico número.

No espírito de corrigir o que certamente terá sido uma indesculpável desatenção dos missivistas, incluo aqui 25 perguntas que eu – e, tenho certeza, muita gente mais – gostaria que fossem feitas ao Presidente Gilmar Mendes.

1.O sr. sabe algo sobre o assassinato de Andréa Paula Pedroso Wonsoski, jornalista que denunciou o seu irmão, Chico Mendes, por compra de votos em Diamantino, no Mato Grosso?

2.Qual a natureza da sua participação na campanha eleitoral de Chico Mendes em 2000, quando o sr. era advogado-geral da União?


3.Qual a natureza da sua participação na campanha eleitoral de Chico Mendes em 2004, quando o sr. já era presidente ministro do Supremo Tribunal Federal?

4.Quantas vezes o sr. acompanhou ministros de Fernando Henrique Cardoso a Diamantino, para inauguração de obras?

5.O sr. tem relações com o Grupo Bertin, condenado em novembro de 2007 por formação de cartel? Qual a natureza dessa relação?

6.Quantos contratos sem licitação recebeu o Instituto Brasiliense de Direito Público, do qual o sr. é acionista, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso?

7.O sr. considera ética a sanção, em primeiro de abril de 2002, de lei que autorizava a prefeitura de Diamantino a reverter o dinheiro pago em tributos pela Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Diamantino, da qual o sr. é um dos donos, em descontos para os alunos?


8.O sr. tem alguma idéia do porquê das mais de 30 ações impetradas contra o seu irmão ao longo dos anos jamais terem chegado sequer à primeira instância?

9.O sr. tem algo a dizer acerca da afirmação de Daniel Dantas, de que só o preocupavam as primeiras instâncias da justiça, já que no STF ele teria “facilidades”?

10.O segundo habeas corpus que o sr. concedeu a Daniel Dantas foi posterior à apresentação de um vídeo que documentava uma tentativa de suborno a um policial federal. O sr. não considera uma ação continuada de flagrante de suborno uma obstrução de justiça que requer prisão preventiva?

11.Sendo negativa a resposta, para que serve o artigo 312 do Código de Processo Penal segundo a opinião do sr.?

12.Por que o sr. se empenhou no afastamento do Dr. Paulo Lacerda da ABIN?

13.Por que o sr. acusou a ABIN de grampeá-lo e até hoje não apresentou uma única prova? A presunção de inocência só vale em certos casos?

14.Qual a resposta do sr. à objeção de que o seu tratamento do caso Dantas contraria claramente a súmula 691 do próprio STF?

15.O sr. conhece alguma democracia no mundo em que a Suprema Corte legisle sobre o uso de algemas?

16.O sr. conhece alguma Suprema Corte do planeta que haja concedido à mesma pessoa dois habeas corpus em menos de 48 horas?

17.Por que o sr. disse que o deputado Raul Jungmann foi acusado “escandalosamente” antes de que qualquer documentação fosse apresentada?

18.O sr. afirmou que iria chamar Lula “às falas”. O sr. acredita que essa é uma forma adequada de se dirigir ao Presidente da República? O sr. conhece alguma democracia onde o Presidente da Suprema Corte chame o Presidente da República “às falas”?

19.O sr. tem alguma idéia de por que a Desembargadora Suzana Camargo, depois de fazer uma acusação gravíssima – e sem provas – ao Juiz Fausto de Sanctis, pediu que a "esquecessem"?

20.É verdade que o sr., quando era Advogado-Geral da União, depois de derrotado no Judiciário na questão da demarcação das terras indígenas, recomendou aos órgãos da administração que não cumprissem as decisões judiciais?

21.Quais são as suas relações com o site Consultor Jurídico? O sr. tem ciência das relações entre a empresa de consultoria Dublê, de propriedade de Márcio Chaer, com a BrT?

22.É correta a informação publicada pela Revista Época no dia 22/04/2002, na página 40, de que a chefia da então Advocacia Geral da União, ou seja, o sr., pagou R$ 32.400 ao Instituto Brasiliense de Direito Público - do qual o sr. mesmo é um dos proprietários - para que seus subordinados lá fizessem cursos? O sr. considera isso ético?

23.O sr. mantém a afirmação de que o sistema judiciário brasileiro é um “manicômio”?

24.Por que o sr. se opôs à investigação das contas de Paulo Maluf no exterior?

25.Já apareceu alguma prova do grampo que o sr. e o Senador Demóstenes denunciaram? Não há nenhum áudio, nada?

Se pelo menos duas ou três dessas perguntas forem feitas ao entrevistado nesta segunda-feira, caro jornalista, eu me juntarei a V. Sra. na avaliação de que a revolta que se viu na internet não é representativa do pensamento da maioria dos telespectadores do Roda Viva.

Atenciosamente, me despeço, desejando boa sorte à sua credibilidade,

Idelber Avelar
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas às 14:32

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

TRÊS JÓIAS DA LITERATURA ESPORTIVA, POLITICA & JUDICIÁRIA

Em 15/12/08

Hoje está um dia aprópriado a permanecer diante do monitor do meu pc. respondendo, ou melhor, contribuindo com os meus comentários: está chovendo, o tempo está fechado e o friozinho percorrendo o meu corpo. Ao fundo, a beleza incrível e sempre renovada das Duas Pedras - as principais montanhas rochosas de Nova Friburgo na cadeia da Serra dos Órgãos, cujos cumes estão coroados por nuvens carregadas de chuvas. Vamos lá então:

Não é à toa que o titular do blog Dissolvendo-No-Ar, senhor Hudson Luiz Vilas Boas, exerça a profissão de sociólogo. Para mim, ele se estende para mais além dos cânones da sociologia. É um exímio cronista, em todas as frentes. Aborda, com rara felicidade e desenvoltura, assuntos esportivos, os da política e aos do Poder Judiciário.

O comentário deste último - Poder Judiciário - foi postado por ele em seu blog, mas é de Renato Rovai, editor da revista Forum. De qualquer modo evidencia seu interesse pela decisão de se libertar a jovem Caroline Pivetta da Motta, que há 50 dias se encontra encarcerada por ter realizado manifestação de protesto - este é um país em que os protestos deveriam se avolumar - na Fundação Bienal de Artes de São Paulo. Ali é o espaço natural para protestos, e que o digam os trabalhos expostos: quase todos verdadeiros protestos contra os rígidos parâmetros da arte clássica. Enquanto isso, ninguém protesta - a imprensa, principalmente - contra a liberdade de um ladrão de casaca e de colarinho branco - Daniel Dantas, que nem me merece ser chamado Senhor. Enviarei o referido assunto aos meus amigos e parentes para que seja espalhado por outros navegadores da internet. Ótima a iniciativa do senhor Hudson.

Outro caso, para mim mais escabroso, é a proposta indecente, imoral, bandida e impublicável do presidente da Valle, executivo Agnelli - um jovem com a cabeça feita pelo poder dos capitalistas e a ele sujeita. Nem preciso dizer, mas direi que, uma vez aceita pelo Sr. Lula, para agradar a elite, jamais os trabalhadoras na ativa terão de volta suas prerrogativas trabalhistas! É sempre igual: houve um tremor na economia mundial e logo partem para medidas de exceção porque o abalo é uma "excepcionalidade momentânea". Pois sim! "O Brasil não será atingido por esses problemas", apregoa o presidente Lula. Tem razão: não será mesmo, porque já ESTÁ ATOLADO PELO PROBLEMA QUE ATINGE A TODOS OS PAÍSES DO MUNDO! Ledo engano inocente presidente Lula.Guarde os seus ouvidos, seja mouco uma vez em sua posição de presidente de um país de povo trabalhador e cumpridor de seus deveres. Eles não tem nada com o problema das montadoras, das construtoras e do sistema financeiro, o mais rico e o mais podre do mundo! Chega, que não suporto mais tocar no assunto escandaloso, vergonhoso e inaceitável.

O último: sobre a aposentadoria do Animal - Edmundo, do Vasco da Gama. Excelente jogador, driblador e goleador emérito, inteligente na arte futebolística, mas com distorções na Vida particular e, mesmo, dentro das quatro linhas. O senhor Hudson aborda o assunto como se cronista esportivo fosse, e se mostra profundo conhecedor do mundo da bola. É flamenguista como eu, graças a Deus! Tudo o que foi dito em seu comentário de 9 do corrente mês, tem o dedo do profundo estudioso da matéria, embora se alinhe mais aos problemas politicos e aos sociais. Parabéns!

Morani

JUSTIÇA PARA QUEM CARA PÁLIDA?

Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2008
Justiça para quem, cara pálida?
O editor da revista Fórum, Renato Rovai, publicou em seu blog [http://www.revistaforum.com.br] essa denúncia. Pediu ele, e peço eu, para divulgarmos através da internet esse verdadeiro descalabro da nossa Justiça.



Caroline presa e Dantas livre. Viva a justiça!

Por Renato Rovai

Caroline Pivetta da Motta, que completa 24 anos hoje, faz 50 dias está presa por ter realizado uma manifestação de protesto na Fundação Bienal de Artes de São Paulo. Ela e alguns colegas fizeram uma intervenção visual num espaço vazio, com paredes brancas. Picharam o local. Pode-se discutir se pichação é ou não arte. Neste caso, este blogueiro considera que sim, porque se tratava de um protesto visual. Muitos artistas consideravam absurdo a Bienal ter deixado um saguão absolutamente vazio.

O ministro da Cultura Juca Ferreira veio a São Paulo e apelou ao governador Serra para que intercedesse em favor da garota. Nada. Serra disse que a coisa não é bem assim e deu de ombros. Típica postura tucana. Parênteses: parabéns, ministro Juca. Sua postura honra a pasta que o senhor ocupa.

Até porque, enquanto Caroline sofre na cela, o pilantra-mor da República, Daniel Dantas, continua soltinho da Silva. Para ele, o Supremo trabalhou de madrugada para lhe dar habeas corpus.

Apelo para que outros blogues façam posts em favor da liberdade de Caroline.

E protestem pelo fato de Serra continuar fazendo de conta que não tem nada a ver com a história. Serra é co-responsável pela prisão de Caroline. Seu silêncio lhe condena. Seu silencia a condena.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas às 16:45 0 comentários
Terça-feira, 9 de Dezembro de 2008

AGNELLI, PRESIDENTE DA VALE E SUA PROPOSTA INDECENTE

Agnelli, presidente da Vale, quer suspensão de leis trabalhistas
14/12 - 09:48 - Agência Estado

O presidente da Vale, Roger Agnelli, defende medidas de exceção para enfrentar a crise econômica global. Agnelli tem discutido o assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem é um interlocutor privilegiado.
Ele sugeriu a Lula a flexibilização temporária das leis trabalhistas, "para ganhar tempo até que a situação melhore", e afirma que aceita abrir mão do próprio salário. Segundo ele, a proposta já foi apresentada também a alguns sindicatos.

Um dos executivos mais bem-sucedidos do País, Agnelli está no comando da Vale desde 2001. Segunda maior mineradora do mundo, a Vale tem faturamento superior a US$ 30 bilhões por ano, emprega mais de 60 mil pessoas e está presente em mais de 30 países. Observador privilegiado do cenário global, Agnelli fala, em entrevista ao Estado das dificuldades e dos planos da Vale para 2009, e brinca ao falar da própria sorte: "Eu pedi a Nossa Senhora, de quem sou devoto, e ela ajudou. Mas eu também corri muito atrás dos meus objetivos."

Segundo ele, a Vale está preparada para enfrentar a crise. "Na indústria mundial de mineração, a Vale é a empresa que tem o maior volume de projetos para desenvolver, tem os melhores ativos e o maior caixa do setor." E empresa, segundo ele, investiu muito nos últimos anos e deve continuar assim. Em 2009, a meta é investir US$ 14 bilhões.

Segundo o executivo, estamos vivendo uma situação de exceção e, para lidar com ela, precisamos tomar medidas de exceção. "Eu tenho conversado com o presidente Lula no sentido de flexibilizar um pouco as leis trabalhistas. Seria algo temporário, para ajudar a ganhar tempo enquanto essa fase difícil não passa", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Comentário meu: Temos um Presidente que teima em dizer primeiro que não há crise, depois que a crise não atingirá o Brasil e mais tarde que a crise atingirá o país, mas não de forma aguda, será breve e passageira. Até entendo que por conta do cargo que ocupa não possa tocar fogo no país e endossar como verídicas as análises mais catastróficas.

No entanto, podemos, não tenho certeza ainda, estar diante da maior crise do capitalismo desde a II ª Grande Guerra. Já escrevi sobre essas crises afirmando serem cíclicas e que, o sistema necessita delas tanto quanto vampiros necessitam de vitimas para sugar-lhes o sangue, e medidas no mínimo cautelares urgem. Bom, aí é que está o diabo. O governo na prática vive em enorme contradição, sua marca forte, dum lado aceita a crise formulando pacotes através de Medida Provisória, portanto sem debater com o Congresso, a fim de auxiliar entidades financeiras em problemas e uma após outra medida com intuito de socorrer montadoras – como se exatamente esses dois segmentos não tivessem lucrado gordo nos recentes tempos de bonança. Por outro lado, trata de negá-la ao manter intacta a autonomia do Banco Central que, por sua vez, insisti em nadar contra a corrente mundial e está impertubável na disposição de não mexer em nossa exorbitante taxa de juros, a maior entre os terráqueos.

Agora me aprece essa declaração do presidente da Vale, cavalheiro este, cujo o Presidente da República – segundo a grande imprensa, e, convenhamos, isso não deve ser levado muito a sério – tem entre seus interlocutores privilegiados.

Declarações como essa em tempos de crise me soariam ridículas, caso não fossem dum oportunismo grosseiro.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas às 10:57 0 comentários
SEXTA-FEIRA, 12 DE DEZEMBRO DE 2008

ANIMAL APOSENTADO

TERÇA-FEIRA, 9 DE DEZEMBRO DE 2008

Domingo passado o São Paulo – time preferido da arbitragem nacional – conquistou o inédito tri-campeonato seguido e chegou a marca, também inédita, de seis campeonatos brasileiros. Conhecemos enfim após 38 rodadas do campeonato mais disputado da história dos pontos corridos, adotados em 2003, as equipes classificadas para Libertadores do próximo ano. O vice-campeão Grêmio, que disputou com o São Paulo o titulo até a última rodada, o Cruzeiro, terceiro colocado, e o Palmeiras, que mesmo perdendo para o Botafogo em pleno Parque Antártica, foi beneficiado pelo Flamengo que, manteve-se fiel a tradição de levar piaba do Atlético Paranaense na Arena da Baixada. Pudemos também conhecer as duas equipes restantes a fazerem companhia a Portuguesa e Ipatinga na serie B do não que vem. Figueirense e Vasco da Gama.

O fraquíssimo time cruzmaltino sucumbiu à suas próprias limitações e a herança maldita deixada por anos de ditadura “mirandista” no “Clube da Colina”. Mas, é justamente em São Januário onde aconteceu o fato mais importante dessa última rodada de brasileiro, pelo menos até agora, a aposentadoria de Edmundo. Daqui a alguns anos ninguém mais se lembrará das equipes classificadas para a Libertadores, salvo alguma delas levantar o caneco continental, as equipes rebaixadas, o único time de massa rebaixado – o próprio Vasco da Gama, mais dia, menos dia retornará a divisão principal – , e o titulo são-paulino será apenas uma lembrança. No entanto todos aqueles que gostam de futebol e reconhecem um gênio da bola quando o vêem, sentirão saudades de Edmundo, o “Animal”.

Lembro-me bem do jogo de estréia dele contra o Corinthians no Pacaembu. Era a primeira rodada do “Brasileirão” de 1992, e também o retorno do meia corintiano Neto após meses de suspensão por agressão a um árbitro no “Paulista” do ano anterior. Edmundo, então com 20 anos, foi escalado pelo técnico – Nelsinho Rosa, se não me falha a memória – em substituição a Bismark, que se encontrava com a seleção brasileira pré-olímpica no Paraguai. O Vasco sapecou um verdadeiro “baile” em cima dos donos da casa (4X1), com dois gols de Bebeto e um show a parte do garoto estreante. Bismark, ídolo da torcida, voltaria ao meio-campo da equipe, mas Edmundo não sairia mais. Jogando no lugar de Sorato, formou com Bebeto a melhor dupla de ataque daquele campeonato. Seriam jogos memoráveis como uma goleada em cima do Galo mineiro em pleno Mineirão, uma vitória após inúmeros anos em cima do Palmeiras no Parque Antarctica e muitos outro shows dados pelo “Animal”. O Vasco cairia eliminado pelo (meu) Flamengo do maestro Júnior na fase semifinal, mas Edmundo já havia mostrado toda a sua capacidade de decisão, genialidade, dribles rápidos, passes certeiros, e, sobretudo, objetividade.

No mesmo ano era a estrela do Vasco na conquista do Carioca de forma invicta e em 1993 desembarcaria no Palmeiras, da época em que a Parmalat dava dinheiro como leite, ops, água. Lá ajudaria a equipe alviverde a sair dum jejum de dezoito anos e mais uma vez era estrela duma equipe campeã, aliás, muita mais que campeã, bi paulista e brasileira.

Em 1995 depois de muitos transtornos com torcida e imprensa toma a pior atitude de sua carreira profissional ao fechar contrato com o Flamengo. O sonhado melhor ataque do mundo – Sávio, Romário e Edmundo – mostrou-se pesadelo para torcida rubro-negra, além da aversão por parte dessa com o Animal, graças a clara identificação dele com os arqui-rivais cruzmaltinos. Vai em seguida para o Corinthians onde problemas semelhantes voltam a atormentá-lo. Retorna a São Januário no segundo semestre de 1996, mas, só no ano seguinte retoma o futebol de antes, ou melhor, aprimora o que já sabia.

Em 1997, após um campeonato Carioca razoável, Eurico Miranda resolve montar uma equipe forte para o Brasileiro. Forma um elenco recheado de jogadores experientes como o goleiro Carlos Germano, o zagueiraço Mauro Galvão, o meia Ramon Menezes e o atacante Evair – antigo companheiro de Edmundo no Palmeiras – e o mescla a jovens talentos, o lateral Felipe e os meias Juninho Pernambucano e Pedrinho. Mesmo o assim Edmundo consegue não só ser artilheiro da competição com 29 gols – quebrando o recorde de então – e sagrar-se campeão brasileiro outra vez, como fica no imaginário dos admiradores do esporte bretão como se o tivesse feito sozinho.

Algumas partidas de Edmundo são memoráveis, a sua estréia, a goleada em cima do Galo em 1992, ambas na primeira passagem pelo Vasco, o jogo contra o Inter pelo Brasileirão de 1993, a estréia na Libertadores contra o Grêmio em 1995, ambas na primeira passagem pelo Palmeiras. A semifinal do Brasileirão de 1997 contra o Mengo no Maracanã, essa inesquecível para Júnior Baiano, já na segunda passagem de Edmundo pelo Vasco. Outros são folclóricos, como o dia em que defendendo o Figueirense enfiou três gols no time do coração, atrapalhando os planos do árbitro da partida que havia negociado-a em prol do Vasco.

Vítima de seu temperamento tempestuoso, constantes entreveros com companheiros de profissão e de declarações francas, somados a imagem de boêmio e homem rude, nunca conseguiu que empresários o tornassem um grande garoto-propaganda. Está aí o motivo para Edmundo dificilmente receber o merecido reconhecimento por sua genialidade dentro das quatro linhas.

Também foi injustiçado no mundial de 1994, mesmo com a ótima fase que vivia e o lobby de Romário, não participara da conquista do tetra. Parreira achava o Baixinho dor de cabeça o suficiente. Já em 1998 estava entre os convocados , mas Zagallo era o único a não encontrar um lugar para o Animal entre os onze titulares. Em 2002 a fase não era tão boa e, mesmo que fosse, Edmundo não tinha o perfil que Scollari queria para a sua família (argh!!!). Em 2006 Edmundo já era um andarilho do futebol, e enfim, a imprensa, que nunca morreu de paixões por ele, o havia condenado a um ostracismo prematuro.

O raquítico futebol brasileiro da atualidade não consegue segurar nem os raros jogadores um décimo acima da média que revela, agora ficará privado, pelo implacável tempo, de ver um de seus últimos gênios em ação. Edmundo forma com Romário e Zidane a trinca de maiores jogadores que vi atuar. Com a aposentadoria do Animal quem perde somos todos nós, admiradores desse esporte no Brasil, constrangidos a só vermos perna de pau em nossos gramados.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas às 18:28 3 comentários
DOMINGO, 7 DE DEZEMBRO DE 2008

sábado, 6 de dezembro de 2008

COMPARTILHANDO SENTIMENTOS

COMPARTILHANDO SENTIMENTOS


Há muito não tinha a oportunidade de ler um comentário como o desse de 5 do corrente. Trata-se, sob o meu ponto de vista, de um autêntico libelo exacerbado – e com justíssima razão – da parte do titular do “Dissolvendo-no-ar”, meu amigo Hudson. Junto aos seus sentimentos de revolta os meus, tão comuns nesse negro período de crise mundial que as mentes inteligentes e superiores desse nosso Brasil teimam por blindar rigorosamente afirmando a superioridade desta Nação quando uma transição dolorosa se espalha pelo mundo qual vírus mortal.
Max Weber, desaparecido em 1920, de rosto aparentemente sereno, longo, bem talhado e emoldurado por barba bem penteada, olhos firmes de quem sabe de liderança política, burocracia e capitalismo Na certa ele perderia a expressão facial sólida ao se sentar para trocar idéias com os nossos economistas e não gostaria apreciar, mesmo numa poltrona confortável, a mazela que nos trouxe o capitalismo defendido por ele, que emprestava “carisma” a um Carlos Magno e a um Napoleão, ambos capazes como foram em mudar políticas pela excepcionalidade de suas lideranças. O mundo, então, era outro. Não havia a revolução industrial ainda, e os homens começavam uma nova escalada em todos os sentidos, após a Revolução Francesa; esta, sim, catalisadora a mudanças globais. Mas vamos aos nossos governantes, que a cada dia nos levam quase à loucura. São as grandes tragédias de um povo que descortinam a quem se acha focado em seus problemas as verdadeiras personalidades dos homens que se sentam no comando de uma Nação. Nesses desastres naturais, eles sobrevoam de helicóptero as regiões tocadas pelas perdas e pelas dores, e se vão para os seus redutos falar em política, em sucessão presidencial, em PAC, através de seu porta-voz, também interessado no Poder. Falo, sim, do atual presidente da nossa pobre República. O que se vê, é dantesco! Exigem-se medidas mais atuantes e mais céleres, mais pulso forte e menos verborréia, poucas caras fechadas e nada de discursos tonitruantes, que impressionam os leigos e os inocentes gratuitos. Quem ler o comentário “A “CRISE” E AS TRAGÉDIAS” do sociólogo Hudson Luiz Vilas Boas, ficará a par do que acontece nos bastidores governamentais, daqui e de fora, por certo se revoltará e se angustiará por todos os flagelados catarinenses. É realmente desgastante. E ficam para lá nossos irmãos catarinenses à mercê da solidariedade de todos os cidadãos de outros estados, e daqueles conterrâneos que escaparam à hecatombe. Mas não importa; a solidariedade fraterna, de fortes laços, dispensa, por ora, a fingida dor das autoridades, com leves exceções. O mundo ainda há de chorar por ter abraçado o capitalismo com seu egotismo cínico e frio.

E-MAIL SENADO EM VIGÍLIA

Em 3/12/08
Senhores Senadores:

Tenho 73 anos, sou cardiaco e renal crônico, somados a outras mazelas da idade, mas não deixo de acompanhar as vigílias levadas a efeito pelos senhores senadores que têm demonstrado sincero interesse no sério problema dos aposentados com mais de 1 salário-mínimo, que é o meu caso e de tantos outros idosos. E se cheguei a receber 7,3 mínimos é por que para isso contribuí e me garantiu a nossa Constituição de 1988 hoje esquecida cuspida e rasgada pelos governos atuais. Envergonha-me o fato de uma senadora da mesma bancada - senadora Ideli Salvati, de S.Catarina - ser contrária à dura luta de seu colega senador, Paulo Paim! Estamos cansados dessas desculpas de que a Previdencia está "quebrada" e que não podem nos dar os reajustes a que fazemos jus. A Previdência NÃO PERTENCE AO PRESIDENTE DA PREVIDENCIA, MUITO MENOS AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA OU DO MINISTRO DO PLANEJAMENTO.

Não! A Previdencia é nossa - dos trabalhadores e dos aposentados. Apenas deu-se ao governo federal o direito de gerir nossos recursos, não o de dilapidá-loa seu bel prazer.

Quero lembrar ao eminentes senadores, que lutam de fato pelos nossos direitos, que à época do Presidente Itamar Franco e do seu Ministro da Previdência,senhor Antonio Brito a Previdencia nos fez Justiça.
Eu sempre paguei por 7,3 salários, mas ao me aposentar passei a receber apenas 1 mínimo (e não havia, ainda, o famigerado FATOR PREVIDENCIÁRIO). Na certa se lembram do famoso "BURACO NEGRO", pois sim??

Pois a Previdencia enviou-nos cartas avisando-nos a que comparecêssemos
aos escritórios do INSS local. Fui. Havia,para mim uma correção de 1 para
7,3 mínimos e um recebimento de atrasados na ordem de Cr$ 29.000.000,00!
Justiça feita! Quebrou a Previdencia? E olhem que foram milhares de aposentados na mesma situação. E estavam todos lá na Séde do INSS, Rio! Não! Não quebrou,apesar desses acertos e atrasados. Por favor, citem esse fato quando subirem a tribuna do Senado para que fique claro para a Nação brasileira por inteiro, e que não nos venham mais com balelas. Como sobra dinheiro para socorrer bancos? Só o BB - que não precisa - teve no último semestre lucros de 1bi e 900 mil!!!

Por que o governo não injeta recursos na Previdencia tão delapidada pelo próprio. E por que não cobra o atual governo aos inadiplentes com JUROS E CORREÇÃO
como quando nos cobram se formos inadiplentes? Dois pesos e duas
medidas ou interesses escusos? Obrigado pela atenção e continuem nessa
luta apesar dos pesados sacrificios. Nós estamos vendo os senadores
que participam dessa vigília! Vamos dar o troco de que falou o senador
Mario Couto em seu discurso desta madrugada! ABRAÇOS.
Mario Augusto de Moraes Machado

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

COMENTÁRIO INSERIDO BLOG DISSOLVENDO-NO-AR

DOMINGO, 30 DE NOVEMBRO DE 2008
Tribunal popular quer o Estado no banco dos réus
Por Camila Souza Ramos, na Revista Fórum

Os governos federal e do estado de São Paulo foram convidados a participar do Tribunal Popular, iniciativa organizada por 60 movimentos sociais e entidades da sociedade civil em defesa dos direitos humanos. A convocação foi protocolada na manhã de quarta-feira, 26, no Palácio dos Bandeirantes e na representação da Presidência da República em São Paulo.

O Tribunal não tem relação com o poder Judiciário, mas a intenção é colocar, no banco dos réus, o Estado, tanto no nível federal como estadual. A acusação diz respeito a uma série de atentados aos direitos humanos praticados sob responsabilidade estatalcontra comunidades carentes da cidade e do campo, a população negra e indígena.

As cartas destinadas ao governador José Serra e ao presidente Luís Inácio Lula da Silva foram entregues por uma comitiva de participantes. O documento convida os poderes públicos a indicarem um representante para defender o Estado perante o julgamento do Tribunal, na Sessão de Instrução sobre Execuções Sumárias.

Para Waldemar Rossi, membro da Pastoral Operária Metropolitana de São Paulo, a participação do Estado é fundamental para legitimar o processo. “É bom que eles saibam, que estejam presentes e que possam, legítima e democraticamente, se defender”, afirma. Para garantir o direito de defesa, a comitiva se comprometeu a enviar um dossiê para os governos sobre todos os casos colocados em pauta.

A expectativa dos membros do Tribunal Popular é que o evento ganhe repercussão internacional. Para Rossi, terão de ser feitos grandes esforços de divulgação porque “a mídia vai fazer de tudo para esconder o acontecimento”. Isso porque, na visão dos ativistas, os veículos de comunicação divulgam esses fatos ou com “espalhafato, para criar condições emotivas”, ou para defender os crimes praticados pelos representantes do sistema político. O Tribunal serviria, assim, para ajudar os cidadãos a entender as “causas estruturais do problema”.

No palácio dos Bandeirantes, o grupo garantiu a entrega da carta a uma assessora do secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira Silva. No gabinete regional da Presidência da República, o grupo não conseguiu entregar pessoalmente a carta à assessora especial do gabinete, Rosemary Nóvoa de Noronha, e apenas protocolaram o documento. Eles esperam conseguir um encontro pessoal.

Estavam presentes na comitiva o membro da Pastoral Operária Metropolitana de São Paulo, Waldemar Rossi, Railda Alves da Associação Amparar de familiares de vítimas de violência do Estado, e Carlos Botazzo, do Coletivo Contra Tortura. Junto ao convite foi entregue também a programação do julgamento do Estado, que se estenderá de 4 de dezembro a 6 de dezembro.

Iniciativa

A iniciativa do Tribunal surgiu neste ano no debate entre movimentos brasileiros que lutam pela garantia dos direitos do cidadão frente à violência do Estado contra movimentos sociais, comunidades carentes, populações carcerárias, entre outros. A estratégia foi unir forças para montar um tribunal para julgar o Estado sobre essas ações.

O Tribunal julgará quatro casos de violência estatal: no sistema prisional, no caso do sistema carcerário da Bahia; contra as comunidades urbanas carentes, no caso do Complexo do Alemão no Rio de Janeiro; contra a população jovem e negra, no caso das execuções sumárias em maio de 2006 em São Paulo; e contra os movimentos sociais, a luta sindical, pela terra e pelo meio ambiente.


Tribunal popular
Faculdade de Direito da USP
Largo São Francisco
Dia 5 de dezembro, às 10h.
Conheça a programação no www.tribunalpopular.org
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas às 19:54 0 comentários

COMENTÁRIO BLOG DO MORANI

O JULGAMENTO DO ESTADO PELO
TRIBUNAL POPULAR DA FACULDADE
DE DIREITO DO LARGO DE S.FRANCISCO


Eis aí, a meu ver, uma iniciativa totalmente isenta de suspeição e que já se fazia necessária no decurso dos mais recentes capítulos da nossa História sócio-político repressiva.
A truculência dos regimes não tem paralelo em outros momentos ditatoriais, mesmo os do tempo da Polícia Especial – os famosos militares de quepes vermelhos – que reprimiam todo e qualquer movimento sem pena de derramamento de sangue humano sem quaisquer constrangimentos, pois que a imprensa sofria censura implacável na Era getulista.
Porém, se faz urgente levantar os crimes praticados recentemente sobre quaisquer segmentos de nossa sociedade; contra os cidadãos dos morros, das periferias e, mesmo, das penitenciárias, pois essa população está sob a guarda e a proteção da Justiça pagando por seus crimes ou deslizes trancafiados. O Estado nos julga sem dó nem piedade. Vemos exemplos de injustiças sobre cidadãos de bem e encobrimento de crimes contra a economia por cidadãos nada éticos, fora os crimes políticos tão nossos conhecidos; aliás, na “política é difícil distinguir os homens capazes dos homens capazes de tudo” (Fonte: Wikipédia). E esses, capazes de tudo, passam incólumes por terem fórum privilegiado, ou seja: impunidade.
O Estado não pode e não deve ser considerado isento de culpabilidade. Talvez haja mais nele que em um cidadão comum. Aplaudo a iniciativa crendo nesses jovens valores da Faculdade de Direito da USP do famoso largo de S.Francisco em pleno centro paulistano. Que se leve o Estado e suas ações à barra dos tribunais populares como foram levados os lordes da corte francesa aos tribunais populares da França revolucionária, e que essa iniciativa tome ares de internacionalidade não se restringindo apenas ao âmbito doméstico.
Morani